Quilombolas de Oriximiná contestam nota da Mineração Rio do Norte

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Comissão Pró-Índio – Em 3 de outubro, a associação dos quilombolas de Oriximiná (ARQMO) contestou por meio de carta as notas divulgadas pela Mineração Rio do Norte. Os quilombolas afirmam que:

– O diálogo com a MRN se iniciou após a denúncia dos quilombolas ao Ministério Público Federal (MPF) que funcionários da empresa já estavam realizando atividades em suas terras, sem uma conversa prévia com as comunidades;

– Em todas as conversas com a MRN a Arqmo tem colocado que nenhuma atividade, estudo ou consulta devem ser realizados antes da titulação das terras;

– As reuniões que têm sido realizadas não configuram processo de consulta ou negociação, já que o foco tem sido somente informar as atividades da MRN e não garantir uma participação efetiva nas decisões;

– Em nenhum momento, nem as comunidades nem a Arqmo deram autorização ou anuência para a realização de pesquisa ou extração de minérios em sua área.

Em 2012, os quilombolas foram surpreendidos pela equipe da mineradora (cerca de 60 funcionários) realizando sondagens, abertura de ramais e resgate de fauna dentro de suas terras com equipamentos como tratores, caminhões e sondas-compressoras.

A Mineração Rio do Norte é a maior produtora de bauxita do Brasil – matéria prima do alumínio – e opera na região de Oriximiná desde 1979. A MRN é composta por oito empresas acionistas: Vale do Rio Doce, BHP Billiton, Rio Tinto Alcan, Companhia Brasileira de Alumínio, Alcoa Alumínio, Alcoa World Alumina, Hydro e Alcoa Awa Brasil Participações.

Confira a carta completa aqui.

Apoie a campanha pela paralisação imediata das atividades da mineradora aqui.

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