Coordenador do movimento diz que situação teve pequenos avanços. Incra deve pedir a reintegração de posse da sede do órgão, em Cuiabá.
Do G1 MT
Por volta das 7h da manhã dessa quinta-feira (29), os integrantes do Movimento Sem Terra (MST), voltaram a bloquear, pelo quarto dia consecutivo, um trecho da rodovia BR-163, próximo ao município de Cláudia, a 608 km de Cuiabá, no norte de Mato Grosso. A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na capital mato-grossense, também continua ocupada. De acordo com José Vieira, coordenador estadual do movimento, a negociação teve alguns avanços, mas nenhuma resposta concreta foi dada pelo órgão.
“Os avanços não foram em relação aos pontos principais. O Incra fez uma solicitação à Brasília, para a liberação de um recurso de parcelamento dos assentamentos, mas estamos esperando a resposta deles”, contou José. Ele se mantém com a posição tomada nos dias anteriores, quando é convicto ao dizer que a rodovia e o órgão não serão liberados sem que haja uma resposta favorável ao movimento. A assessoria do Incra confirma a versão de que uma solicitação foi feita, mas também esclarece que em breve deve pedir à Procuradoria Geral do Estado a reintegração de posse do prédio da entidade.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), informou que nessa última quarta-feira (28), o congestionamento chegou a cinco quilômetros em cada sentido da rodovia, no terceiro dia de bloqueio. Os agentes policias permanecem no local para acompanhar a manifestação. Os trabalhadores permitem apenas a passagem de ambulâncias e veículos oficiais.
O bloqueio teve início na última segunda-feira (26), segundo os manifestantes, por que o Incra não teria cumprido com um acordo feito anteriormente. A reforma agrária é um dos pontos reivindicados pelos trabalhadores, além de melhores condições nos assentamentos, construção de três escolas e licenciamento ambiental de terras nas cidades de Cláudia e Cáceres, que fica a 220 km de Cuiabá.