Documental de carácter histórico que aborda la temática territorial Mapuche en Chile, su lucha por la autodeterminación y su resistencia a la represión e invasión de los estados chileno y argentino. En base a testimonios de autoridades tradicionales, líderes así como de historiadores e investigadores se van entregando antecedentes que buscan narrar el tema de la perdida territorial Mapuche o del llamado “conflicto Mapuche”.
Day: 25 de agosto de 2013
A língua que somos, por José Ribamar Bessa Freire
Paca, tatu, cotia sim. Esses e outros bichos desconhecidos na Europa foram encontrados no litoral brasileiro e na Amazônia pelos portugueses, que tomaram emprestado das línguas indígenas os nomes de animais, peixes, plantas, práticas culinárias, tecnologias tradicionais e formas de fazer as coisas.
Mas, por outro lado, os portugas trouxeram um mundo de coisas novas que não existiam aqui: enxada, machado de ferro, papel, catecismo, bíblia, pecado, cupidez, padre, soldado, pólvora, canhão e até animais como vaca, cavalo, cachorro, galinha. Com as coisas, trouxeram os nomes das coisas.
A língua portuguesa e as línguas indígenas, através de seus falantes, ficaram se esfregando e se roçando uma nas outras, num intenso troca-troca. Esse atrito, que a sociolinguística chama de línguas em contato, configurou o português regional e marcou os idiomas indígenas, um dos quais serviu de base para o Nheengatu, a língua que durante séculos organizou a comunicação entre todos.
Essas questões foram discutidas segunda-feira passada na Universidade Federal do Amazonas numa palestra sobre a História das Línguas na Amazônia organizada pelo Programa de Pós-Graduação em História e ministrada por este locutor que vos fala. (mais…)
SP – Terminal Grajaú: Humilhação Coletiva
Trabalhadores da região do Grajaú que dependem do transporte público falam da batalha diária que é ir e voltar do trabalho. A maioria reclama que a eliminação das linhas que faziam o percurso direto até regiões mais centrais prejudicou ainda mais esse deslocamento. A obrigação de ter de parar no Terminal Grajaú para fazer baldeação (integração) aumentou cerca de 30, 40 minutos cada viagem.
BA – Buerarema: sábado de conflitos na cidade termina com depredação de bens públicos, casas de indígenas incendiadas e uso de bombas de efeito moral

A Polícia Civil confirma a destruição na cidade de inúmeros estabelecimentos comerciais que fornecessem materiais ou alimentos aos indígenas, ou que fosse gerenciados por parentes deles. A população também invadiu e ateou fogo nas casas habitadas pelos tupinambás desde a manhã deste sábado
Por Louise Lobato. em Correio
O município de Buerarema, no Sul da Bahia, viveu um sábado de conflitos. Palco de disputa entre produtores rurais e indígenas da etnia tupinambá, o clima de violência na cidade, ocupada atualmente por tropas da Força Nacional, aumentou consideravelmente hoje (24), e resultou na depredação de diversos bens públicos e privados, no incêndio de 15 residências e no uso de gás lacrimogênio e bombas de efeito moral com o objetivo de conter os atos de vandalismo. (mais…)
Violência contra a mulher: o perigo em casa

Por Patrícia Benvenuti, em Brasil de Fato
Para muitas mulheres, o lar não representa segurança nem conforto. Significa, em vez disso, medo e a possibilidade de violências. Uma das questões mais graves para as mulheres, a violência doméstica foi tema de uma pesquisa inédita realizada este ano.
De acordo com o estudo “Percepção da Sociedade sobre Violência e Assassinatos de Mulheres”, feito pelo Data Popular e pelo Instituto Patrícia Galvão, sete em cada dez entrevistados consideram que as brasileiras sofrem mais violência dentro de casa do que em espaços públicos.
A pesquisa, que ouviu 1,5 mil homens e mulheres em cem municípios, revelou que 54% dos entrevistados conhecem uma mulher que foi agredida pelo companheiro e 56% conhecem um homem que já agrediu a parceira. (mais…)
O que você precisa saber sobre os médicos cubanos
Membro do núcleo de estudos cubanos da Universidade de Brasília, o jornalista Hélio Doyle, que conhece como poucos a realidade do país, expõe argumentos técnicos sobre a vinda de profissionais de saúde; ele diz, por exemplo, que eles já atuaram em regiões remotas do País no passado, sem que houvesse qualquer gritaria; como Cuba é um país socialista, a contratação é feita diretamente junto ao Estado, que tem a preocupação de preservar baixos índices de desigualdade; dos 78 mil doutores cubanos, que têm uma das melhores relações médico/paciente do mundo, 30 mil atuam no exterior, e o índice de deserção é baixíssimo
247 – Profundo conhecedor da realidade de Cuba e membro do núcleo de estudos cubanos da Universidade de Brasília, o jornalista Hélio Doyle produziu diversas análises técnicas, e sem ranço ideológico, sobre a importação de 4 mil profissionais pelo governo brasileiro. Os textos foram cedidos ao 247 e permitem uma maior compreensão sobre um tema que tem gerado tanto debate. Leia abaixo seus artigos:
O QUE NÃO SE DIZ SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS
A grande imprensa brasileira, que nos últimos anos exacerbou, por incompetência e ideologia, a superficialidade que sempre a caracterizou, tem sido coerente ao tratar da vinda de quatro mil médicos cubanos: limita-se a noticiar o fato e reproduzir as críticas das associações corporativas de médicos e dos políticos oposicionistas. Mantém-se fiel à superficialidade que é sua marca, acrescida de forte conteúdo ideológico conservador e de direita. (mais…)
MG – Célia Xacriabá fala sobre território e representação política
Os Xacriabá vivem em São João das Missões, Norte de Minas, e constituem 70% da população do município de 13 mil habitantes. Em 2004, eles conseguiram eleger o primeiro prefeito indígena, José Nunes, que governou por oito anos. Ano passado, outro Xacriabá foi eleito, Marcelo Pereira. Atualmente, os Xacriabá aguardam a homologação de mais uma parte de suas terras. Neste vídeo, a jovem Célia Xacriabá fala sobre a importância do território para seu povo e também sobre a representação política d@s indígenas.
Apyka’i: Jagunços da usina proibem acesso à água e ao cemitério e ameaçam de morte comunidade que teve suas barracas e pertences queimados
Informativo da Aty Guasu para o MPF e a Polícia Federal
A comunidade Guarani e Kaiowá da Apyka’i que perderam todas as suas barracas e seus pertences pessoais recomeçam a sofrer nova ameaça de morte coletiva pelo grupo de segurança particular de Usina São Fernando.
A liderança da comunidade Guarani e Kaiowá relata que no dia 23 de agosto de 2013 por volta da 19h, um grupo de segurança particular da Usina de Álcool passou a anunciar a ameaça de morte à comunidade Guarani e Kaiowá. Diante da dor e sofrimento causados pela queimada de barracas, um grupo de segurança particular apareceu no local das barracas queimadas, chamou a liderança e anuncia a ameaça de morte.
Um do grupo de segurança armada falou-me assim: “não pode passar por de lá para pegar água, e nem pode mais visitar os cemitérios”. “Se vocês passar novamente para lá, nós vamos matar vocês todos os índios; aviso bem vocês, vocês tem ir embora daqui”, falou para mim a segurança da Usina.
Além de perderem tudo, as comunidades Guarani e Kaiowá recomeçam sofrer a ameaça de morte. As comunidades narram que ali no acampamento já foram assassinados dois indígenas pelos pistoleiros da Usina, 4 foram atropelados, são 6 indígenas assassinados no acampamento de Apyka’i.
Frente ao anúncio de ameaça de morte coletiva de segurança particular, pedimos mais uma vez às autoridades federais para investigar os criminosos e proteger essas famílias Guarani e Kaiowá do acampamento do Apyka’i.
Atenciosamente,
Tekoha Apyka’i, 24 de agosto de 2013
Aty Guasu contra genocídio