Uma série de episódios ocorridos nos últimos dois meses faz com que uma nova onda de desencanto do habitante do Rio de Janeiro com a atuação de sua PM contribua decisivamente para o atual momento de desgaste acentuado na popularidade de Cabral. Tudo começou com a excessiva resposta aos tumultos ocorridos nas manifestações de rua
Maurício Thuswohl – Carta Maior
Rio de Janeiro – A implementação da política de polícia pacificadora pelo Governo do Rio de Janeiro trouxe à população do estado a sensação de que o perfil de atuação da Polícia Militar havia melhorado como um todo. Antes identificada por sangrentos e quase diários conflitos armados nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, pelo total desrespeito aos direitos humanos dos moradores dessas comunidades e pela abordagem violenta e extorsiva a qualquer cidadão de baixa renda – usuário de drogas ou não –, a PM fluminense dava sinais, com a formação de uma nova leva de profissionais com nova mentalidade para atuar nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), de que poderia iniciar uma nova etapa em sua história centenária. Esse sempre foi um dos principais trunfos, talvez o principal, da gestão do governador Sérgio Cabral nesses seis anos e meio de governo. (mais…)