Operação Mothokari 3 retira invasores da Terra Indígena Yanomami, em Roraima

Durante a ação, foram destruídos acampamentos, ferramentas e pistas de pouso clandestinas que davam suporte a atividades ilegais dentro da TI (Foto:Guilherme Gnipper)
Durante a ação, foram destruídos acampamentos, ferramentas e pistas de pouso clandestinas que davam suporte a atividades ilegais dentro da TI (Foto:Guilherme Gnipper)

Funai – A Funai, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye`kuana (FPEYY), em Roraima, realizou a Operação Mothokari 3 com a retirada de invasores e a coibição de ilícitos na Terra Indígena Yanomami (TIY). A ação, em parceria com Exército Brasileiro, ocorreu no período de 30 de julho a 8 de agosto de 2013, abrangendo as regiões do Apiaú, Uraricoera e Torita.

Na região do Uraricoera, foi destruída uma pista de pouso utilizada para dar suporte às atividades de garimpo ilegal. A Pista do Espadim, como é conhecida, não era homologada e estava em operação de forma irregular desde 2003. Para a destruição foram utilizados 72 kg de explosivos e mais de 20 servidores estiveram envolvidos na atividade. Ainda foram destruídas duas balsas e os insumos logísticos encontrados.

Equipes da Funai e de militares do Exército também atuaram nas regiões do Torita e do Apiaú. No Apiaú, os servidores se deslocaram em helicópteros do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BavEx) e destruíram quatro motores e três acampamentos de garimpeiros. Um invasor foi detido. Já na região do Torita, houve a explosão de uma pista de pouso clandestina utilizada para fomentar o garimpo na região de Alto Alegre e dois invasores foram detidos.

Garimpo ilegal na TIY 

De acordo com o Coordenador da Frente de Proteção, João Catalano, a Funai executa diversas operações para coibir os ilícitos dentro da terra indígena, principalmente no que tange à neutralização de pistas clandestinas que dão suporte ao garimpo ilegal. “Já avançamos bastante, conseguimos reduzir à metade o número de pistas de pouso ilegais. A intenção é dificultar ao máximo a logística destes invasores.” afirma Catalano.

A FPEYY e o Comando de Fronteira de Roraima estão intensificando os trabalhos de inteligência para identificar os pontos de exploração no interior da TIY. A perspectiva é localizar e inibir a atividade ilícita, prezando pela proteção e autonomia dos povos isolados e de recente contato.

Com informações da FPEYY.

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