Agência Estado, em Estado de Minas
No depoimento, o oficial da reserva contou ter integrado um grupo de operações especiais subordinado ao DOI-Codi. Ele afirmou ter participado de sessões em que presos políticos eram submetidos a choques elétricos, espancamentos afogamentos e outros suplícios.
Jacarandá disse que entrou na repressão aos grupos políticos de contestação ao regime militar “por aventura”. Acrescentou considerar que participou de “uma guerra” a “um movimento contra-revolucionário”.
Convocado para falar sobre a morte do jornalista Mário Alves em janeiro de 1970, sob tortura no Doi-Codi, Jacarandá, inicialmente, falou em excessos. Posteriormente, admitiu que “o excesso é a tortura e a tortura é o excesso”. Ele negou ter participado da morte de Alves, que era dirigente do clandestino PCBR.
O depoente citou os oficiais da reserva Duleme Garcez (tenente e à época comandante do Pelotão de Investigações Criminais), Luiz Mário Correia Lima (tenente) e Roberto Duque Estrada (tenente) como companheiros de atuação no Doi-Codi. Os três também foram convocados pelas comissões, mas enviaram petição, por meio de advogado, argumentando que já respondem pelos fatos investigados no Ministério Público Federal e na Justiça Federal.
Os membros das comissões disseram que os ausentes serão chamados para nova sessão. Se faltarem, poderão ser trazidos com auxílio de força policial.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.