Sobreviventes do massacre de Haximu falam 20 anos depois

Sobreviventes do massacre de Haximu em que garimpeiros mataram 16 Yanomami seguram urnas contendo as cinzas de seus parentes. © C Zacquini/ Survival
Sobreviventes do massacre de Haximu em que garimpeiros mataram 16 Yanomami seguram urnas contendo as cinzas de seus parentes.
© C Zacquini/ Survival

Survival – Sobreviventes de um massacre terrível em que dezesseis Yanomami foram mortos pelas mãos de garimpeiros ilegais falaram vinte anos após o ataque, enquanto garimpeiros continuam a invadir a terra Yanomami.

O massacre da comunidade Haximu na Amazônia venezuelana foi realizado por 22 garimpeiros brasileiros em 1993. No violento ataque, os garimpeiros atiraram em mulheres, crianças e anciãos, e mataram um bebê com um facão.

Sobreviventes do massacre, Marisa e Leida Yanomami, disseram em uma rara entrevista: ‘Os garimpeiros mataram meus irmãos, irmãs e meu pai com terçados; alguns morreram com armas de fogo.… Nós não podemos falar muito porque é uma tristeza. Quando nós falamos sobre o massacre nós lembramos do nosso pai’.

Vinte anos depois, os territórios Yanomami no Brasil e na Venezuela continuam sendo invadidas por garimpeiros ilegais que poluem os rios com mercúrio, destroem a floresta e continuam a atacar os Yanomami apesar de uma operação das autoridades brasileiras para retirar os garimpeiros da terra Yanomami. (mais…)

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Acampamento José Bandeira, do MST/Pirapora, MG: 180 famílias Sem Terra que não aceitarão em hipótese alguma o despejo

Nota da CPT/MG – No Acampamento José Bandeira, do MST, no município de Pirapora, Norte de Minas Gerais, 180 famílias Sem Terra resistem há 8 anos. Estão ocupando a Fazenda Prata, área de 2.937 hectares, abandonada mais de um século. Os idosos da região dizem: “Somos testemunhas de que a Fazenda Prata nunca produziu nada, além de engordar boi e ser mansão para receber o general João Batista Figueiredo e gente poderosa.” O MST ocupou a Fazenda Prata, em 2003, porque acompanhava muitas famílias sem-terra e a fazenda estava totalmente abandonada. Uma sede com casas enormes, grã finas, inclusive uma enorme piscina abandonada, pista de pouso para pequenos aviões. (mais…)

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Protesto contra Sérgio Cabral reúne cerca de 300 pessoas no Rio

protesto_rio_marcos_arcoverde_ae_288Enquanto a manifestação acontecia em frente ao Palácio Guanabara, professores da rede estadual disseram ter sido agredidos pela Polícia Militar no mesmo local, depois de audiência com o vice-governador

Felipe Werneck e Clarissa Thomé – O Estado de S. Paulo

RIO – A expulsão por policiais de 30 professores do Palácio Guanabara, depois de audiência com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, foi o estopim para que mais um protesto com cerca de 300 pessoas na sede do governo fluminense terminasse em tumulto. Manifestantes do lado de fora derrubaram as grades do palácio ao verem os professores serem arrastados. PMs usaram spray de pimenta, balas de borracha e bombas e uma pessoa foi detida por jogar pedras nos policiais. O confronto se espalhou pelas ruas de Laranjeiras. (mais…)

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RJ: Professores em greve são expulsos do Palácio Guanabara e manifestantes enfrentam a PM

Jornal A Nova Democracia – Na noite de ontem, dia 12 de agosto, professores em greve ocuparam o Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, depois de uma reunião sem consenso com representantes do governo. A PM expulsou os profissionais da educação do local com golpes de cassetete e spray de pimenta. Do lado de fora, apoiadores do movimento, estudantes e trabalhadores, travaram uma dura batalha com as tropas de repressão do velho Estado.

Bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha foram disparados pela PM contra os manifestantes, que responderam com pedras, morteiros e rojões. Várias pessoas ficaram feridas, entre elas, um cinegrafista e um comandante da PM que, o tempo todo, provocava os manifestantes.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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O aborto e a má fé, por Eliane Brum

eliane-brum-2A falsa polêmica em torno da lei que protege as vítimas de violência sexual mostrou que o nível da campanha de 2014 poderá ser ainda mais baixo do que na disputa de 2010

Geledés/Época – Em 1º de agosto, a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou sem vetos a lei que obriga os hospitais a prestarem atendimento integral e multidisciplinar às vítimas de violência sexual. Nas semanas anteriores, a presidente foi pressionada e até ameaçada por religiosos para que não sancionasse o texto, aprovado na Câmara e no Senado. Dilma aprovou. Na semana passada, deputados da bancada religiosa do Congresso apresentaram vários projetos com o objetivo de anular a lei e católicos ligados ao grupo Pró-Vida e Pró-Família anunciaram uma vigília de protesto diante do Palácio do Planalto, segundo a Folha de S. Paulo.

A polêmica se apega ao direito de acesso das vítimas à pílula do dia seguinte (pílula anticoncepcional com uma dosagem maior de hormônios), que as impediria de engravidar do estuprador. Com isso, alguns representantes evangélicos e católicos dizem que, na prática, a lei estaria legalizando o aborto no Brasil. É preciso se espantar – e muito – antes que a má fé se naturalize, carregando com ela avanços históricos no campo dos direitos humanos. A entrada do tema do aborto como instrumento de chantagem na campanha presidencial de 2010 iniciou um ciclo de retrocessos que marcou o governo Dilma. E, como ficou claro na polêmica que envolveu a lei do atendimento às vítimas de violência sexual, tem potencial para levar o debate político para as catacumbas em 2014.  (mais…)

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“Não aceitaremos mais deste governo ataques aos nossos direitos”, diz carta aberta do movimento indígena

Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas na Bahia (Mupoiba)

Carta Aberta dos Povos Indígenas da Bahia

À Exmª. Srª. Dilma Rousseff, Presidenta da República Federativa do Brasil

C/C: Ao Ilmº. Vagner Freitas de Moraes, Presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores; À Exmª. Srª. Gleisi Hoffmann, Ministra Chefe da Casa Civil do Brasil; Ao Exmº. Srº. Paulo Maudos, Secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República; Ao Exmº. José Eduardo Cardoso, Ministro do Estado da Justiça; Ao Exmº. Srº. Alexandre Padilha, Ministro de Estado da Saúde; Ao Exmº. Srº. Aloísio Mercadante, Ministro de Estado da Educação; À Ilmª. Srª. Maria Augusta, Presidente da Fundação Nacional do Índio – FUNAI; Ao Exmº. Srº. Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal; Ao Exmº. Srº. Henrique Eduardo Alves, Presidente da Câmara dos Deputados, À Ilmª. Srª. Débora Duprat, 6ª. Câmara do Ministério Público Federal

Senhora Presidenta,

Ao cumprimentá-la cordialmente, aproveitamos o ensejo para expressar os nossos sinceros votos de estima e confiança. O Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígena da Bahia – MUPOIBA, em conformidade ao que estabelece o Estatuto Social desta organização, especialmente ao que tange a articulação e unificação da luta dos Povos e Organizações indígenas da Bahia, na promoção dos direitos indígenas, com abrangência nas 143 comunidades indígenas de toda Bahia das 22 etinias sedo elas Tupinambá, Pataxó, Pataxó Hãhãhãe,  Kiriri, Tuxá, Tumbalalá, Atikum, Pakararé, Kaimbé, Pankarú, Pakararú, Xukuru-Kariri, Kariri-Xóco-Fulni-ô, Truká, Funi-ô, Potiguara, Tapuia, Kambiwá, Kapinawá, Xacriabá, Payaya, Kantaruré e Tuxi, totalizando um contingente de mais 56.800 índios distribuídos em 33 municípios, vem à presença de Vossa Excelência, através de seu Coordenador, Caciques e Lideranças abaixo subscritos, expressar as nossas preocupações quanto a garantia dos nossos direitos Constitucionalmente garantidos pois hoje vivemos momentos de incertezas quanto a manutenção dos mesmo, pois apesar das comunidades indígenas do Estado da Bahia ter lutado para a construção deste Governo vemos claramente que o mesmo tem sido um dos principais atores nas investidas contra os nossos direitos tais afirmações são baseadas nas medidas tomadas por este governo a exemplos da Portaria 303 da AGU, solicitação de  parecer da Embrapa nas Demarcações das Terras Indígenas,  uma clara manobra para inviabilização da demarcação das Terras Indígenas, solicitação pela Ministra Gleisi Hoffman ao Ministro da Justiça para paralisação das demarcações nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, tais medidas mostram a verdadeira face deste governo com a questão indígena.

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VERGONHA! Governo federal quebra acordo com povo Munduruku e operação militar se movimenta em Jacareacanga

IMG_0048Por Renato Santana, de Brasília (DF) – CIMI

Aviões e tropas da Força Nacional estão em Jacareacanga, município ao sul do Pará, para garantir a entrada de 130 técnicos no território indígena Munduruku para estudos necessários às usinas hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá. De acordo com lideranças indígenas, as tropas empreendem exercícios de guerra, com voos rasantes e mobilidade das tropas em pontos estratégicos da cidade.

O envio dos técnicos e a operação da Força Nacional, porém, fazem parte de quebra de acordo do governo federal com os Munduruku. Após o povo deter três pesquisadores na terra indígena, no início de julho, o governo federal suspendeu os estudos das usinas até a regulamentação do direito à Consulta Prévia – Convenção 169. O que nunca ocorreu. (mais…)

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Ruralistas veem adesão ao governo e se rebelam contra Kátia Abreu

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), enfrenta uma rebelião no Congresso Nacional liderada por deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agricultura, a FPA, representação que faz o lobby dos ruralistas em Brasília

Caio Junqueira – Valor

A queixa é quanto ao adesismo de Kátia ao governo da presidente Dilma Rousseff. O que, na visão da FPA, tem prejudicado o avanço das reivindicações do setor no Legislativo e no Executivo. Diante disso, os parlamentares passaram a buscar apoio das federações estaduais de agricultura e a pensar em montar uma chapa de oposição a Kátia nas próximas eleições da CNA, em setembro de 2014.

As referências feitas ao governismo de Kátia são diversas. Algumas são consideradas simbólicas, como o fato de ela ter empregado Juliano Hoffmann, irmão da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Veterinário, ele é gerente de projetos no Instituto CNA, órgão responsável por elaborar estudos e pesquisas ligados ao agronegócio. Outro exemplo, seria a distribuição de calendários da CNA, pelo país, com uma foto dela ao lado de Dilma. (mais…)

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Cerca de 150 indígenas protestam às portas do Palácio do Planalto na manhã desta terça, 13

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CIMI

Cerca de 150 indígenas realizam protesto às portas do Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira, 13. Depois de tentativa de ocupação, impedida pelos seguranças, o movimento seguiu em protesto no espelho d’água. As seis faixas de uma das vias da Esplanada dos Ministérios foram bloqueadas antes. O objetivo do ato é protestar contra o PLP 227 e a PEC 215, com tramitações na Câmara Federal, além da Portaria 303 e a alteração no procedimento de demarcação de terras, medidas do Executivo. Os povos reivindicarão ainda a retomada das demarcações e homologações de terras paralisadas pelo governo federal. (mais…)

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