União – Campo, Cidade e Floresta – Em 2012, teve grande repercussão a carta de 170 índios Guarani-Kaiowá acampados, frente ao despejo que estava para ser realizado no território que ocupavam e reivindicavam. A situação era tão grave que os indígenas mencionavam em sua carta para o governo e a justiça federal decretasse sua morte coletiva e os enterrassem todos ali, uma vez que não havia alternativa.
Apesar da carta ter sido interpretada erroneamente como “suicídio coletivo”, isso gerou uma onda de comoção nacional e internacional. Usuários das redes sociais mudavam seus nomes para “Guarani-Kaiowá”, compartilhavam informações e o tema “Guarani-Kaiowá” se popularizou entre a população. Cedo soube-se que o conflito que havia no Mato Grosso do Sul é o conflito indígena mais grave do mundo.
No entanto, os conflitos continuaram. Índios Guarani-Kaiowá continuam sendo assassinados ou sofrendo violência de todas as formas no campo. Seus poucos territórios são ameaçados pelo avanço do latifúndio de cana-de-açucar, soja e gado. As florestas das quais obtinham seu sustento estão cada vez mais devastadas e sofrem os efeitos dos agrotóxicos sendo lançados sobre suas cabeças.
Para conhecermos melhor a realidade do povo Guarani-Kaiowá e a situação da violência contra os povos indígenas no Brasil, o SinTUFABC gostaria de chamar todos os interessados, apoiadores e simpatizantes a participar dessa atividade. Contaremos com a presença do Cacique Ládio Veron, liderança Guarani-Kaiowá, que falará a respeito da luta de seu povo no Mato Grosso do Sul. Também teremos a presença de um integrante do Tribunal Popular que discorrerá a respeito da questão agrária no Brasil.
Na Universidade Federal do ABC, campus São Bernardo, Bloco Beta, Auditório A003, quinta-feira, dia 08/08, 17h00.