O abraço do Pedro de Roma no Pedro do Araguaia

imagesEm QTMD

Se o papa Francisco e Pedro Casaldáliga se encontrassem no Brasil, isto “encheria de significado (ainda mais) a visita de Francisco. Seria uma espécie de reabilitação romana para Casaldáliga, outrora mal visto pela Cúria e pelo próprio Vaticano”, escreveu o jornalista José Manuel Vidal, em artigo publicado no sítio Religión Digital, antes da visita papal, em 16-07-2013. Ainda que o papa já tenha voltado ao Vaticano sem realizar o sonho de Vidal, o QTMD?, que compartilha deste sonho, segue sugestão de Ruben Siqueira e reproduz o belo texto que traz importantes reflexões. O artigo foi escrito originalmente em castelhano e a tradução é do Centro de Pesquisa e Apoio ao Trabalhador (Cepat). Talvez o fato de o sonho não ter se realizado faça deste texto ainda mais importante.

Eis o artigo de Vidal:

Como em tudo mais, a viagem de Francisco ao Brasil irá consagrar um novo estilo de peregrinação papal. Visitas simples, sóbrias, proféticas, sem ostentação e nem pompa, com total austeridade. Como em Lampedusa, mas com milhões de pessoas. Uma nova forma papal de viajar, na qual talvez caibam também as surpresas de última hora. E colocando-se a sonhar, eu sonho com uma muito especial: o encontro entre o Papa e Pedro Casaldáliga. O abraço de Francisco em Pedro, um simples sonho?

Sei como seria complicado realizar esse abraço. Se o Papa se aproxima de São Félix (mesmo discretamente) para visitar o bispo dos pobres e dos indígenas, prostrado numa cadeira de rodas, colocam-se problemas de segurança. Não é fácil cruzar a Amazônia em um helicóptero sem correr risco. Contudo, talvez possa fazer isto num pequeno teco-teco, sem avisar. Casaldáliga sempre está preparado, com o seu Parkinson intenso, mas com sua mente sadia e em forma. Disposto a rezar ao Pai, com o Papa, pelo Reino. E, inclusive, a oferecer um poema à “caminhada” de Francisco. (mais…)

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Informativo do Conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá: Ambulância da Secretaria Especial da Saúde Indígena – SESAI – de Iguatemi-MS se recusou a transportar e socorrer uma mulher gestante do tekoha Pyelito Kue/Mbarakay

Aty Guasu

Liderança Guarani e Kaiowa de tekoha Pyelito kue/Mbarakay-município de Iguatemi-MS comunica que ontem 29 de julho de 2013, a ambulância da Secretaria Especial da Saúde Indígena (SESAI) não entrou no acampamento Pyelito kue para socorrer uma paciente indígena gestante. No dia 29/07/2013, desde 7 horas de manhã, a mulher gestante (Michele) já se encontrava no momento de dar à luz um bebê.

A ambulância da SESAI de Iguatemi-MS foi acionada, mas não entrou no acampamento Pyelito kue. A equipe da SESAI aguardou a paciente gestante a 3 km do acampamento Pyelito Kue, isto é, a ambulância se negou a pegar mulher gestante no acampamento, assim ficou aguardando a paciente na estrada pública, 3 km do Pyelito kue.

Diante disso, um grupo de homens e mulheres indígenas transportou a mulher gestante até ambulância que estava a 3 km do acampamento PYELITO KUE. Antes mesmo de chegar à ambulância, por volta da 11 horas, o bebê Guarani Kaiowa da Michele nasceu no meio da trilha do tekoha Pyelito kue e a mulher passou mal e está em estado grave. O motivo é que equipe da SESAI não quer entrar no acampamento do Pyelito kue para transportar e socorrer a mulher gestante. A entrada já está autorizada pela justiça federal, mas a ambulância da SESAI não chegou ao acampamento Pyelito kue para socorrer a paciente gestante. (mais…)

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Acampados em frente à PBH, manifestantes fecham Afonso Pena e brigam por moradia

Acampados em frente à PBH, manifestantes fecham Afonso Pena e brigam por moradia
Acampados em frente à PBH, manifestantes fecham Afonso Pena e brigam por moradia

Amanda Paixão – Hoje em Dia*

Após ocuparem o saguão principal da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH),  manifestantes fecham a avenida Afonso Pena, no centro da cidade, nesta terça-feira (30). Desde a noite de segunda-feira (29), pelo menos dez barracas foram montadas na via e algumas pessoas, depois de passarem a madrugada no local, continuam acampadas em frente ao prédio da PBH, próximo à rua da Bahia, o que impede o fluxo de veículos neste trecho. Com isso, o trânsito é complicado em toda a região central, sendo que há reflexos até a Praça da Estação. Saiba mais.

A manifestação teve início na tarde de segunda, quando aproximadamente 50 pessoas ocuparam o hall do gabinete do prefeito Marcio Lacerda (PSB). A intenção do grupo, formado por moradores de ocupações urbanas, como “Dandara” e “Eliana Silva”, além de representantes do “Brigadas Populares” e do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e apoiadores, é pressionar Lacerda que, no último dia 10 de julho, havia fechado um acordo para se reunir com manifestantes. (mais…)

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SE – Suspensa a operação de despejo da Ocupação Novo Amanhecer

Foto: saite Terra Livre

Terra Livre – movimento popular do campo e da cidade

Após várias horas de tensão a operação de reintegração de posse que durou toda a manhã do dia de hoje (30/07) foi suspensa graças à resistência das famílias e o apoio de diversas organizações, da ação dos advogados e da defensoria pública, entidades e a repercussão negativa da ação.

A ação da Polícia era ilegal pois a liminar de reintegração de posse está suspensa e não há ordem judicial para o despejo. Apesar disso, trezentos policiais, um helicóptero e cavalaria chegaram a tentar invadir o terreno, jogando gás lacrimogênio na tentativa de intimidar as famílias que resistiram bravamente.

As 311 famílias da Ocupação Novo Amanhecer – 17 de março estão unidas e contam com o apoio da sociedade. O movimento Terra Livre junto com as organizações de luta irão resistir até a vitória.

Todo apoio à Ocupação Novo Amanhecer!

Pela nossa casa! Pela moradia! Pela Terra Livre lutaremos todo dia!

Advogado: Dr. Igor: 79-9983-5665
Informações: Anthony 79-9969-7580

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RO – Guajará-Mirim: MPF recomenda que Funai regulamente o atendimento aos indígenas

Em Rondoniagora

Indígenas de Guajará-Mirim reclamaram ao Ministério Público Federal (MPF) que o atendimento prestado pelos servidores da Funai em Guajará-Mirim é informal e apenas verbal. O MPF aponta que esta forma de atendimento é precária e contraria regras básicas do processo administrativo no âmbito da administração pública federal. Para melhorar esse serviço, o MPF recomendou que a Funai regulamente o atendimento ao público, de maneira que todo e qualquer indígena tenha seu pedido formalizado pelo servidor que o atender.

O MPF aponta que é prática comum de servidores da Funai de atenderem os indígenas apenas informalmente, repassando verbalmente informações de que eles têm ou não direito a determinada solicitação. Estas informações são prestadas sem fundamentação, documentação ou análise, e com base apenas na avaliação do servidor que faz o atendimento, sem espaço para reflexões ou consultas. Para o MPF, a falta de formalização dos atendimentos prestados aos cidadãos contraria princípios constitucionais e outras regras nacionais e internacionais.

O órgão aponta ainda que a Lei 9.784/1999 estabelece que os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação clara dos fatos e dos fundamentos jurídicos, sempre que impliquem negação, limitação ou afetem direitos ou interesses. Entretanto, a Funai não adota a prática de, ao receber o indígena ou prestar atendimentos nas aldeias, registrar por escrito as declarações prestadas e juntar documentação necessária para as providências administrativas a serem tomadas. Esta é uma prática que pode possibilitar escolha arbitrária de solicitações que serão ou não efetivamente atendidas. (mais…)

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UFPA realiza Seminário sobre Conhecimentos Tradicionais

Brenda Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA

Nos dias 8 e 9 de agosto professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós- graduação participam do Seminário “Os conhecimentos tradicionais e a pesquisa acadêmica”, que será realizado no auditório da Secretaria Geral (Sege), prédio da Reitoria da UFPA, Campus do Guamá. O evento é uma iniciativa do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural (NCADR) e do Programa de Pós-graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA).

O evento pretende reunir agentes governamentais, pesquisadores e lideranças de comunidades para compartilhar experiências, e informar demais pesquisadores que ainda não estão cientes das exigências legais e das implicações jurídicas do acesso ao conhecimento tradicional associado ou não ao patrimônio genético, com ou sem fins econômicos.

Debates – No seminário serão debatidos os rumos desse tipo de pesquisa científica – especialmente na região amazônica -, se ela cumpre seu papel social, ou se ainda reproduz as ideias e práticas de perceber os conhecimentos tradicionais somente como objeto de estudo da ciência, hierarquizando os diferentes tipos de conhecimentos. (mais…)

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Povos indígenas ocupam gerências de educação em Pernambuco

Por Renato Santana, de Brasília (DF), no Cimi

O sertão de Pernambuco amanheceu nesta terça-feira, 30, com o candeeiro do movimento indígena acesso. Cerca de 600 integrantes de 12 povos do estado ocuparam as Gerências Regionais de Educação dos municípios de Arcoverde e Floresta. As reivindicações são antigas e a paciência das comunidades acabou. Conforme as lideranças, as ocupações seguirão por tempo indeterminado. Mesmo com verbas liberadas há seis anos para a construção de escolas, no povo Tuxá os professores ensinam na casa de farinha da aldeia.

“A mobilização é contra o descaso do governo estadual, que não cumpriu com suas obrigações. Existem verbas para 15 escolas há seis anos e nenhuma delas foi erguida. Outras dezenas de escolas têm apenas os professores e professoras e nenhum funcionário administrativo”, afirma a liderança Francisca Kambiwá. As ocupações ocorreram de forma pacífica e os povos dançam o Toré nas gerências.

Em abril deste ano, o movimento indígena do estado realizou o Abril Indígena – Acampamento Terra Livre, em Recife (PE), puxado pela Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (Copipe). Os povos denunciaram o não cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Educação, vencido em 2010, firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria Estadual de Educação. As verbas para a construção das escolas foram liberadas pelo Ministério da Educação, via Plano de Ação Articulado (PAR), em 2007. (mais…)

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“Saberes locais e experiências transnacionais: interfaces do fazer antropológico”, entre 04 e 07 de agosto, em Fortaleza

1000852_691846680832569_821424661_nEntre os dias 04 a 07 de Agosto de 2013, Fortaleza sediará a IV Reunião Equatorial de Antropologia (REA) conjuntamente com a XIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste (ABANNE), cujo título é: “Saberes locais e experiências transnacionais: interfaces do fazer antropológico”. Trata-se da primeira vez que o evento será realizado nesta capital e contará com a presença de antropólogas e antropólogos de todas as regiões do Brasil, bem como outras e outros colegas de 18 nacionalidades.

A abertura será realizada no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), no dia 04 de Agosto, a partir das 19h. Contaremos com a presença da presidente da Associação Brasileira de Antropologia – Dra. Carmen Rial (UFSC), que proferirá conferência; inclui-se, também, a apresentação artística do Grupo de Dança Cabo Verdiana, formado por alunos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), bem como homenagearemos o querido prof. Dr. John Monteiro que nos deixou recentemente e que era um dos convidados mais esperados para a IV REA/XIII ABANNE. Ainda na abertura, teremos lançamento de livros e um coquetel que será servido a todos aqueles que se fizerem presentes. (mais…)

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