Gino Strada, um herói discreto para as vítimas da guerra, que pensa a Medicina como “um direito humano”

Gino Strada realizou 30 mil cirurgias em zonas de conflito como Sudão, Camboja e Afeganistão, a maioria em pessoas desesperadas, apanhadas no fogo cruzado da guerra. Foto: Matteo Masolini / Wikimedia Commons
Gino Strada realizou 30 mil cirurgias em zonas de conflito como Sudão, Camboja e Afeganistão, a maioria em pessoas desesperadas, apanhadas no fogo cruzado da guerra. Foto: Matteo Masolini / Wikimedia Commons

Cirurgião realizou 30 mil operações em zonas de conflito como Sudão, Camboja e Afeganistão, a maioria em pessoas apanhadas no fogo cruzado da guerra

Por The Observer, em Carta Capital

Três anos atrás, o fotógrafo Giles Duley entrou no hospital Salam Centre, no Sudão, e ficou impressionado com o que viu. Não se parecia com qualquer hospital que ele já tivesse visto, muito menos em um país tão desesperado e caótico quanto o Sudão.

O local realizava cirurgias cardíacas de primeira classe e gratuitas, era tranquilo, ordenado e imaculadamente limpo. “Eu quero dizer absolutamente imaculado”, ressalta Duley. “Nunca tinha visto nada parecido.” Em seu centro havia um lindo jardim. E lá, em um corredor, ele encontrou o único aspecto desalinhado de toda a operação: o homem que criou tudo aquilo, um italiano barbado e de cabelos despenteados, chamado Gino Strada, encostado a uma parede e fumando muito.

No ateliê no leste de Londres onde Duley o estava fotografando para a Observer na semana passada, Strada continuava com os cabelos desalinhados e fumando: “Mas eu posso passar dez horas na sala de cirurgia sem pensar em um cigarro”, disse ele, saindo para dar uma tragada rápida entre a entrevista e a sessão de fotos. “Eu nem penso nisso enquanto não terminar.” (mais…)

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Cabral: Além dos seis helicópteros, Jatinhos à disposição com autonomia para voos internacionais

Jatinhos têm poltronas giratórias e é capaz de projetar imagens e som. A autonomia é para voos internacionais. Foto:  Reprodução
Jatinhos têm poltronas giratórias e é capaz de projetar imagens e som. Foto: Reprodução

Contrato de aluguel de serviço de táxi aéreo foi assinado por cerca de 3,5 milhões por 1 ano

Por Constança Rezende, em O Dia 

Rio – Além de seus atuais seis helicópteros, o governador Sérgio Cabral tem à disposição jatinhos onde cabem até nove passageiros, com poltronas giratórias, equipamento para projeção de imagens e som e capacidade de voar por sete horas e meia, sem parar, até para viagens internacionais.

O contrato de aluguel do serviço foi assinado por R$ 3.456.000, em 8 de outubro de 2012, e é válido por um ano. A assessoria do governo afirma que o aluguel é mais econômico que a aquisição de aeronaves.

Na justificativa do contrato, firmado com a Lider Taxi Aéreo S/A – Air Brasil em licitação sem concorrentes, Cabral aponta a necessidade de se deslocar, rapidamente, para acompanhar reuniões e outras demandas decorrentes dos grandes eventos no Rio (Copa das Confederações, do Mundo e Olimpíadas), até para o exterior. (mais…)

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CFM entra com ação na Justiça pedindo suspensão do Programa Mais Médicos

Danilo Macedo, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após anunciar a saída de câmaras e comissões técnicas do governo, o Conselho Federal de Medicina (CFMs) informou que também entrou com uma ação civil pública contra a União, representada pelos ministérios da Saúde e da Educação, para suspender o Programa Mais Médicos. Segundo o conselho, a ação foi proposta na noite de sexta-feira (19), tem 20 páginas e traz argumentos sobre três pontos específicos do anúncio do governo. A entidade garantiu que outras ações serão apresentadas na Justiça nos próximos dias.

A ação civil proposta pelo CFM pede que os conselhos regionais de Medicina (CRM) não sejam obrigados a fazer o registro dos médicos estrangeiros que aderirem ao programa sem comprovar documentalmente a revalidação dos diplomas emitidos por universidades do exterior e o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) até que a questão seja analisada pelo Judiciário. O CFM também argumenta, na ação, que o Mais Médicos fará com que haja duas categorias de profissionais da área no país: uma que poderá exercer a medicina livremente em todo o território nacional e outra composta pelos inscritos no programa, que terão o seu exercício profissional limitado a certa região.

“A ação não é contra a presença de médicos estrangeiros em território brasileiro, mas pelo cumprimento da exigência legal de que demonstrem efetivamente sua capacidade técnica para o exercício da profissão médica, nos termos do arcabouço legislativo já existente”, informou a entidade. (mais…)

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Comissões da Verdade têm procurado esclarecer violações a paraibanos na Ditadura Militar

joão pedro teixeira
João Pedro Teixeira e sua família

Beleza: a Universidade Federal de Campina Grande tirou o nome do militar interventor Guillardo Martins Alves de seu Auditório, substituindo-o pelo de um estudante assassinado pela ditadura. Agora, é o Auditório João Roberto Borges de Souza. TP.

Por Severino Lopes, em PBAgora

Entre os anos de 1964 e 1974, período da Ditadura Militar, até 2013, muita coisa mudou. O mundo passou por transformações políticas sociais e econômicas; a ciência fez descobertas inacreditáveis; a tecnologia evoluiu com o advento do celular e internet e o sonho do brasileiro pela conquista plena da liberdade e da democracia deu passos importantes. Entretanto, entre o passado e o presente, uma imensa lacuna permanece aberta.

O abismo ainda é profundo as novas gerações desconhecem os horrores de um período em que a liberdade do brasileiro era cerceada. Torturas, mortes e medo marcaram a época. Os abusos, atrocidades, torturas e mortes ocorridos no período da Ditadura Militar ainda estão obscuros. Para esclarecer essas violações do período mais difícil da história do Brasil é que Comissões da Verdade têm sido instadas em todo o Brasil. Na Paraíba, a Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória da Paraíba, tem feito um mergulho na história, resgatando elementos escondidos pelo regime ditatorial. (mais…)

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Relator de la ONU acoge denuncias de indígenas contra gobierno panameño

Manifestación de rechazo al proyecto Barrto Blanco. Imagen: Salva la Selva
Manifestación de rechazo al proyecto Barrto Blanco. Imagen: Salva la Selva

Prensa Latina, 21 de julio, 2013.- El relator especial para los Derechos de los Pueblos Indígenas de las Naciones Unidas, James Anaya, acogió ayer numerosas denuncias de representantes de la comarca Ngäbe Buglé contra el gobierno de Panamá.

La cacica general Silvia Carrera y líderes de 12 organizaciones incluidas la Coordinadora indígena, el congreso tradicional y el Movimiento 10 de abril se reunieron con Anaya en Cerro Venado, Chiriquí, donde le entregaron una larga lista de reclamos y peticiones para que el relator las tome en consideración.

Según Ricardo Miranda, un vocero indígena, los originarios denunciaron las represiones por parte del gobierno y los muertos ocasionados desde que el presidente Ricardo Martinelli asumió el gobierno en 2009. (mais…)

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Segundo Elio Gaspari, “A Base de Alcântara voltou para a agenda” [E os quilombolas de Alcântara…? Que seja piada!]

Por Elio Gáspari, na sua coluna na Folha

Está na agenda de negociações da doutora Dilma com o companheiro Obama o tema da participação americana na base de lançamento de foguetes de Alcântara. Até 2000 os Estados Unidos mostraram interesse em operar na privilegiada localização da base, pela sua proximidade da linha do Equador. A FAB não gostava da ideia de criação de áreas restritas em seu território. À época, o PT foi um feroz adversário da iniciativa. Eleito, Lula matou a conversa.

O projeto de Alcântara é de 1983, já consumiu R$ 400 milhões, matou 21 cientistas e não serviu para lançamento relevante. Atualmente, patina numa parceria com a Ucrânia. (O programa espacial americano foi à Lua e a Marte, mas só matou 24 pessoas e um macaco.)

Pode ser boa ideia, mas vale lembrar que nos anos 50, quando JK permitiu que os Estados Unidos montassem uma base de rastreamento de mísseis em Fernando de Noronha, a charanga nacionalista assegurava que a operação resguardaria a soberania nacional na ilha. (mais…)

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Até quando morrerão os funkeiros?

funk

Assassinato do MC Daleste expõe série de mortes suspeitas e obriga a questionar políticas que criminalizam ritmo cada vez mais popular

Por Gabriela Leite, Blog da Redação

A criminalização do funk fez, no último dia 6, mais uma vítima. Daniel Pellegrine, mais conhecido como MC Daleste, garoto de 20 anos extremamente popular nas periferias de São Paulo, levou um tiro durante um show que fazia em Campinas. Ele foi a sétima figura do funk assassinada desde 2010 no estado de São Paulo. Todos os crimes aconteceram em situações nebulosas — e todos continuam sem solução.

MC Daleste nasceu no bairro da Penha, em São Paulo, e ficou conhecido por cantar o funk ostentação — versão à paulista do ritmo, que aponta as supostas vantagens de “possuir” dinheiro, mulheres e roupas de grife. De origem pobre, o MC ganhou muito dinheiro com os shows que fazia — em média 55 por mês — e estava para lançar seu primeiro videoclipe, da música “São Paulo”. (mais…)

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Monocultivos de soja – pressão constante sobre a floresta no Baixo Amazonas

Queimada para se livrar da matéria orgânica do desmatamento
Queimada para se livrar da matéria orgânica do desmatamento

Por Vânia Carvalho, em Portal de Agroecologia da Amazônia

A ampliação de monocultivos de soja em Santarém e Belterra é visível e aterradora. Nos ramais que cortam a BR 163 espalham-se grandes extensões de novas terras desmatadas com plantios de grãos transgênicos para exportação com uso intensivo de insumos químicos e agrotóxicos.

As poucas grandes árvores poupadas testemunham que ali existia uma floresta.
estrada vazia

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Futebol para a elite brasileira

Hoje em Dia – Aos poucos, o futebol vai voltando às origens. No Mineirão privatizado, as partidas não serão vistas pela massa dos brasileiros, aqueles com renda de até três salários mínimos. Muito menos, dos paraguaios.

No jogo de quarta-feira, que decide o vencedor da Libertadores, foram reservados aos torcedores do Olimpia 1.685 ingressos. Cada um custa o equivalente a R$ 560, o dobro do que pagaram os atleticanos que foram à Assunção para ver o primeiro jogo da final.

Como explicar então as filas que se formaram, dias antes, em Belo Horizonte, pelos torcedores do Atlético, para comprar ingressos, mesmo ignorando quanto custariam? Não estavam ali, certamente, pessoas para quem o preço do ingresso não faz diferença, porque têm dinheiro de sobra. Talvez fossem trabalhadores que iam comprar ingressos para o patrão. Ou pequenos empreendedores esperando lucrar com a revenda no dia do jogo.

O futebol começou na Inglaterra como esporte da elite e não foi diferente, no Brasil. Não era um negócio. Os times eram amadores e não admitiam negros como jogadores. Mas não demorou muito para que isso mudasse. Primeiro, caindo no gosto das massas e depois se tornando uma importante atividade econômica. Mas as massas vão sendo afastadas dos estádios, exatamente quando o país é governado pelo PT, partido que se identifica com a esquerda e, por pressuposto, está mais voltado à população menos favorecida com a distribuição de nossas riquezas. (mais…)

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