Belo Monte: Indígenas voltam a exigir presença de ministro após conversa com assessor

União em Belo Monte. Foto - Lunae Parracho (REUTERS)
União em Belo Monte. Foto – Lunae Parracho (REUTERS)

Xingu Vivo – Após reunião de meia hora com um representante da Secretaria Geral da Presidência da República na tarde desta quinta, 30, indígenas que ocupam Belo Monte reafirmaram a exigência de que o ministro Gilberto Carvalho compareça ao canteiro de obras, ocupado desde segunda-feira por cerca de 170 pessoas.

Segundo relato de Valdenir Munduruku, o Coordenador de Movimentos do Campo e Território da Secretaria Geral, Nilton Tubino, que chegou ao local por volta das cinco da tarde de hoje, apresentou a proposta de que uma pequena comissão de indígenas da ocupação fosse à Brasília reunir-se com o ministro, no dia 4 de junho.

A proposta não foi aceita, e os ocupantes reforçaram o convite para que Carvalho fosse ao canteiro. “Nós dissemos ao funcionário do governo: nós vamos permanecer acampados, firmes, e pedimos que o ministro venha pessoalmente. Nossa conversa será com todos, e aqui”, afirma Valdenir. (mais…)

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Sérgio Terena, delegado da UEMS, fala sobre assassinato de Oziel Gabriel, ontem, na TI Buriti, Mato Grosso do Sul

Delegado eleito na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) no  IICongresso da ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes Livre, que começou ontem na Universidade Federal de Juiz de Fora, Sérgio Terena denuncia o assassinato de Oziel Gabriel, numa ação da Polícia Federal e Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A ação, determinada por um juiz local, determinava a retirada dos Terena da Terra Indígena Buriti, para “devolvê-la” ao político ruralista Ricardo Bacha, do PSDB.

Compartilhado por Gleice Oliveira.

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Com quanto sangue indígena se pavimenta um progresso? #Sangueindigena

cruzes indígenas

Por Gilson Moura Henrique Junior, em Na Transversal do Tempo

Com quantos mortos se faz um desenvolvimento?

Com quanto sangue indígena se pavimenta um progresso?

São perguntas pouco racionais é verdade, pouco científicas, pouco “maduras” , são perguntas que não ostentam a “práxis” e o pragmatismo dos maduros apoiadores de uma locomotiva cruel que ignora o que resta de humano no coração de quem já foi companheiro.

Hoje morreu mais um índio, Oziel, 35 anos, Terena.

Hoje morreu mais um pouco da gente, das gentes.

Hoje morreu mais um pouco de uma geração que olhava para quem resistiu à ditadura com respeito, com esperança, com um amor companheiro, aquele amor fraterno que quem luta todo dia sabe que existe, sabe que ali a gente pode contar. (mais…)

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Manifesto urgente dos movimentos sociais, de entidades e organismos de defesa dos direitos humanos de Mato Grosso do Sul perante a repressão e mortes na Terra indígena Buriti

Prisão aos assassinosGoverno do Estado, Poder Judiciário, Estado Brasileiro e Governo Federal, responsáveis de repressão, violência e morte de indígenas em Mato Grosso do Sul

Em  22 de maio de 2013 os movimentos sociais de Mato Grosso do Sul emitiram um manifesto de solidariedade com os indígenas Terena da Terra Indígena Buriti, município de Sidrolandia/MS, 80 km de Campo Grande, alertando o seguinte:

“Qualquer desenlace da situação que fira ainda mais os direitos humanos da população Terena; das crianças, dos idosos, da juventude, dos homens e das mulheres que participam da ação, será de exclusiva responsabilidade das autoridades federais e estaduais que têm na Constituição Brasileira o amparo e o império da única força capaz de trazer solução e paz para os povos indígenas de Mato Grosso do Sul. E, a única solução, e a única paz que querem os povos indígenas são aquelas que hão de vir do cumprimento da própria Constituição que exige o reconhecimento e a demarcação dos territórios indígenas”.

Oito dias depois, a repressão, violência e morte chegaram na área para os indígenas, com a atuação da Policia Federal e Policia Militar de Mato Grosso do Sul que acabou com o assassinato de Oziel Gabriel, e com uma centena de feridos, dentre eles, crianças, mulheres, e idosos.

Condenamos e repudiamos energicamente os fatos acontecidos na Terra Indígena Buriti e responsabilizamos pelos mesmos ao Governo do Estado de MS, inimigo declarado dos povos indígenas; ao Poder Judiciário, que com facilidade dita as ordens de despejos contra os indígenas e com a mesma facilidade libertou este ano a um fazendeiro assassino confesso que declarou o crime e entregou sua arma na Delegacia;  ao Estado brasileiro e ao Governo Federal, por não cumprir o mandato constitucional de demarcação das terras indígenas no Estado, que esta com 20 anos de atraso.

Exigimos a imediata libertação dos 18 indígenas que estão presos na Policia Federal. (mais…)

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