A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota de pesar pelo “brutal assassinato, com características de execução” do policial militar aposentado e pequeno produtor rural Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, que teria sido atacado por indígenas em Douradina (MS). O fato ocorreu no início da noite de sexta-feira (12), no sítio que fica na divisa com a aldeia indígena.
[No entanto,] Informações da Polícia Civil da região dão conta de que houve confusão na propriedade e que o produtor teria agredido um indígena a coronhadas, o que levou os outros membros da tribo a revidar com golpes de flechas e facão. O ex-PM foi levado para um hospital em Dourados, mas morreu antes de receber socorro médico.
Em nota, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (PST-TO), denuncia que a situação de conflito no campo é fomentada “pela atuação incompetente e desastrosa da Fundação Nacional do Índio (Funai)”. Ela argumenta que há tempos a CNA vem “alertando governo e sociedade sobre as consequências imprevisíveis deste cenário de absoluta insegurança jurídica, que tem vitimado brasileiros índios e não índios”.
A CNA apelou ao governo federal que determine a imediata suspensão dos processos de demarcação de terras indígenas em andamento. “É prudente e necessário que os órgãos de governo aguardem a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os embargos declaratórios propostos pela Procuradoria Geral da República, em relação às 19 condicionantes estabelecidas pelo tribunal para demarcação de terras indígenas, no julgamento do caso Raposa Serra do Sol”, diz a nota. A senadora diz na nota que aguarda “manifestação das instituições de direitos humanos, com a presteza que lhes é peculiar em casos de morte de índios ou de trabalhadores sem terra”.
Se a CNA lamenta, eu aplaudo.