Casos recentes de homicídios de moradores de rua na região metropolitana de Goiânia têm oposto os governos federal e estadual, que apresentam razões distintas para as ocorrências.
Desde agosto de 2012, foram registradas 27 mortes de moradores de rua na região.
Os casos mobilizaram a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, que enviou no sábado (6) uma força-tarefa para acompanhar as investigações na capital goiana. A hipótese da pasta é que os crimes são praticados por grupos de extermínio.
Uma equipe comandada pelo secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Biel Rocha, esteve em Goiânia para acompanhar o trabalho da polícia local. Novas ações serão definidas, segundo a secretaria.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás, porém, afirmou em nota nesta segunda-feira (8) que já identificou os assassinos em 18 dos 27 casos de homicídio, e negou que eles estejam ligados a grupos de extermínio.
“O modus operandi [dos crimes], as armas utilizadas e as motivações dos casos esclarecidos não têm conexão entre si”, afirmou a secretaria. Para o governo estadual, os homicídios estão relacionados “a dívidas e disputas por drogas e desavença entre os próprios moradores de rua”.
A pasta disse ainda que a Polícia Militar está fazendo uma operação de desarmamento dos moradores de rua. Nessa operação, já foram encontradas armas, drogas –principalmente crack– e um carro roubado, afirmou a secretaria.
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Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.