Cristina Indio do Brasil* – Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os dois anos do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona Oeste do Rio, que resultou na morte de 12 alunos e feriu dez, foram lembrados ontem (7), em uma missa na Igreja Nossa Senhora de Fátima João de Deus, no mesmo bairro. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, teve um encontro com os pais, antes da missa, celebrada pelo coordenador da Pastoral das Favelas, Monsenhor Luiz Antônio
A presidente da Associação Anjos de Realengo, Adriana Maria Macedo, mãe da aluna Luiza Paula, uma das vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, disse que a missa é um conforto para os corações dos pais. “Pra gente é muito gratificante saber como estas crianças foram amadas. As pessoas não esqueceram nenhum minuto do que aconteceu”, comentou.
Após a celebração as famílias saíram em caminhada até a escola. Lá, artistas do grafite fizeram desenhos de crianças no muro simbolizando a reconstrução de uma escola que precisa de segurança. “Acho que as escolas têm que ter segurança. O que mais me deixa indignada é que depois de tudo o que aconteceu, nada mudou. As escolas continuam sem segurança. Pra mim errou antes, durante e depois. Depois, por que ninguém fez nada. Antes, por que chegou ao ponto que chegou. Eu tive que perder minha filha dentro da escola. Hoje eu transformei meu luto em luta. O que eu mais quero é ver que as autoridades tomaram providências, porque até hoje nada foi feito”, disse Adriana. (mais…)