MPF e Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio querem apurar as responsabilidades sobre a desocupação truculenta do terreno pelo Batalhão de Choque
Por: Maurício Thuswohl, da Rede Brasil Atual
Rio de Janeiro – O acordo que determinou a saída hoje (22) dos indígenas que ocupavam o terreno do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, não colocou um ponto final na novela da Aldeia Maracanã. A truculenta invasão pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar para retirar as pessoas que ainda estavam no terreno, realizada mesmo após os índios já terem aceitado o acordo e em um momento no qual a maioria já se encontrava do lado de fora, mereceu críticas dos mais variados setores e poderá ter desdobramentos em nível federal.
“Na negociação entabulada pela Defensora Pública da União, já havíamos conseguido a retirada de mulheres, crianças e idosos, além de boa parcela dos adultos. Eles só pediram mais dez minutos. As pessoas já estavam decididas a sair, não havia necessidade da invasão, foi uma precipitação da polícia. Boa parcela já havia saído, não havia necessidade dessa truculência”, diz Daniel Macedo, defensor público que acompanha há meses as negociações entre o governo e os moradores da Aldeia Maracanã. (mais…)