Aldeia Maracanã: FIST convida para a audiência de instrução e julgamento do caso da índia Cícera

No dia 13 de março de 2013 (amanhã), às 14 horas, será julgado, na 17ª Vara Criminal, na Avenida Erasmo Braga, nº 115, sala 624, Lâmina 02 – Fórum, no Centro do Rio de Janeiro, Rodrigo da Silva Borges, segurança do Colégio Pedro II, 25 anos, casado, funcionário da empresa Confederal Rio Vigilância, do Senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), contratada pela própria escola. Rodrigo será julgado por estupro de vulnerável, crime hediondo. Ele foi preso em flagrante por estuprar uma índia e ameaçá-la de morte caso o denunciasse, no próprio local, dentro do Colégio Pedro II, em São Cristóvão, onde ele trabalhava. O crime ocorreu no final de um evento em comemoração de fim de ano, de vários movimentos sociais e sindicatos, na noite de sábado,  no dia 22 de dezembro.

O segurança Rodrigo da Silva Borges foi levado por policiais militares do 4º BPM à 6ª Delegacia Policial, Cidade Nova, Centro do Rio. Ali, ele confessou o crime ao Delegado Adjunto da 6ª DP, Dr. Othon Alves Filho, que o prendeu, autuou em flagrante de estupro de vulnerável, CRIME HEDIONDO, e a vítima foi encaminhada ao exame de corpo delito, ao Hospital Municipal Souza Aguiar e ao Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM).

Conforme alguns relatos, soubemos que a Confederal Rio Vigilância, empresa do Senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), também dono da Manchester Serviços Ltda –  clique aqui – tentou abafar o caso, ainda no Colégio, logo após o estupro. O Senador Eunício é presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, e no site de sua empresa de segurança garante aos seus clientes: “A seleção do pessoal obedece aos mais rigorosos controles e padrões, GARANTINDO A IDONEIDADE E O EQUILÍBRIO DOS VIGILANTES que são treinados em Centros de Formação de Vigilantes”. 

Uma empresa ética, “que garante a idoneidade e o equilíbrio dos vigilantes” não deveria tentar abafar, esconder o estupro, mas elucidar o caso e resolvê-lo apropriadamente, com o rigor e ética necessários, que é o que esperamos da Justiça deste País, neste caso de crime hediondo, que é o estupro de vulnerável. O Dr. André de Paula, advogado da FIST, será o assistente de acusação do julgamento até o final do processo.

Paralelo ao processo acima, a FIST está processando a Confederal Rio Vigilância, empresa do Senador Eunício de Oliveira,  e a União. A empresa do senador, por ter tentado abafar o caso e aprovar em seus quadros um indivíduo sem a menor qualificação para ser segurança, um criminoso, que devia estar bem distante de qualquer colégio. E pelo crime ter ocorrido dentro das dependências do colégio Pedro II, colégio público, a FIST processa também a União, por colocar em risco a vida das pessoas que lá frequentam, inclusive funcionárias e alunas.

Enviada por Mônica Lima.

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