Os cinco homenageados foram Dom José Maria Pires, 93 anos, arcebispo da Paraíba, onde se destacou na defesa dos mais pobres, e que falou em nome de todos os agraciados, prestando homenagem a Dom Helder Câmara, patrono da comenda. Felício Pontes Júnior, do MPF no Pará, que dedicou a comenda “aos procuradores da República que atuam na Amazônia na defesa dos invisíveis”, como os quilombolas, os índios, os ribeirinhos, os apanhadores de açaí, e as quebradoras de babaçu. Manoel da Conceição Santos, preso e torturado durante a ditadura militar, que atualmente atua na organização de cooperativas, procurando incentivar a economia solidária. João Batista Herkenhoff, um dos fundadores da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória e militante dos direitos humanos desde o período da ditadura. E Dom Paulo Evaristo Arns, que coordenou o projeto Brasil: Nunca Mais, sobre a repressão promovida pela ditadura militar, e em 1972 criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo. Foi o único que não pode comparecer. Abaixo, a matéria da Agência Senado. TP.
Dois arcebispos, um juiz aposentado, um sindicalista e um procurador da República foram os homenageados deste ano com a Comenda Dom Helder Câmara de Direitos Humanos. Eles receberam a distinção na manhã desta terça-feira, no Plenário do Senado Federal, em sessão especial presidida pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).
Estiveram presentes quatro dos cinco agraciados: Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba; Felício Pontes Júnior, procurador da República no Pará; Manoel Conceição Santos, líder sindical; e João Baptista Herkenhoff, professor e juiz aposentado.
Também reverenciado com a comenda, o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, que tem 91 anos, foi representado pelo padre José Augusto Brasil. (mais…)