‘Tropas israelenses estão prontas para expandir ofensiva a Gaza, diz primeiro-ministro’

Cinturão militar cerca Faixa de Gaza; força-tarefa trabalha para convocar 75 mil oficiais da reserva

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (18/11) que as forças armadas de seu país estão prontas para um “significativo avanço” rumo a Gaza.

“Nós estamos fixando um preço alto para o Hamas e outras organizações terroristas, e nossas forças de defesa estão preparadas para uma grande expansão da operação [Pilar Defensivo]”, disse o premiê durante uma transmissão em cadeia nacional.

Desde a última sexta-feira (16/11) o Exército de Israel trabalha em uma força-tarefa para convocar 75 mil oficiais da reserva. Ao redor da Faixa de Gaza, correspondentes das principais agências de notícias alegam que há um cinturão militar pronto para uma invasão terrestre.

Em caráter emergencial, chanceleres da Liga Árabe se reuniram no Cairo, Egito, para debater formas de encerrar a cada vez mais intensa troca de agressões. O secretário-geral do bloco, Nabil al Araby, pediu neste sábado que  todas as iniciativas para encerrar conflitos com Israel sejam revistas.

No início da reunião extraordinária, ele destacou que “os crimes cometidos contra Gaza não podem ficar impunes porque são crimes de guerra” e considerou que os últimos atos de violência são “outros capítulos da ocupação israelense”. Al Araby também concordou em viajar a Gaza, chefiando uma delegação diplomática.

Estados Unidos, tradicional aliado israelense, pediu empenho diplomático e “pacificação”, mas reiterou o argumento de que Israel “tem o direito de se defender”. Em um comunicado da Casa Branca, o governo de Barack Obama alegou que seu objetivo é o mesmo que o de Benjamin Netanyahu: “encerrar os ataques com foguetes”.

Segundo o vice-primeiro-ministro de Israel, Eli Yishai, os objetivos da operação não são apenas prevenir o lançamento de mais foguetes do lado palestino. Neste sábado (17/11), ele disse a jornalistas que seu país pretende “mandar Gaza de volta para a Idade Média” para que seu povo “tenha tranquilidade por ao menos 40 anos”.

Este já é o quinto dia da operação Pilar Defensivo, que eclodiu na última quarta-feira (14/11) com a morte do até então líder militar do Hamas, Ahmed Jabari. Após intensos bombardeios israelenses na região ao longo da noite deste sábado, o número de palestinos mortos atingiu a marca de 50. Só na madrugada deste domingo, foram cinco os mortos e 14 os feridos.Do lado israelense, são três as vítimas fatais até o momento.

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