Dia 02/11/2012, eu, frei Gilvander Luís Moreira, participei de uma Assembleia e “Café comunitário” nas Ocupações-comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy, no Barreiro, em Belo Horizonte, MG. Nessas comunidades estão cerca de 320 famílias, hoje, ameaçadas de despejo pela Prefeitura de Belo Horizonte (prefeito Márcio Lacerda, PSB+ PSDB), Governo do Estado de Minas e pelas Empresas Tramm Llta e Víctor Pneus Ltda.
Os terrenos onde estão as comunidades Camilo Torres, Irmã Dorothy e Eliana Silva (com cerca de 350 famílias, já com mais de 200 casinhas de alvenaria em construção) são terrenos públicos, que foram de forma irregular repassados para empresas para se criar o Distrito Industrial do Barreiro, em BH. Mas as empresas compraram os terrenos por preços irrisórios, sem licitação e com cláusula contratual que prescrevia a construção de empreendimentos industriais dentro de 12, 20 ou 24 meses, mas não cumpriram essa cláusula. Deixaram os terrenos abandonados e sob especulação imobiliária. Por lá já passaram, inclusive, Bradesco, Banco Rural, Marcos Valério.
A Defensoria Pública de MG e o Ministério Público já entraram no Judiciário com várias Ações Civis Públicas exigindo declarar a nulidade dos contratos, o resgate dos terrenos pelo Estado de MG e a destinação dos mesmos para uma grande Projeto de Habitação Popular. Por isso lutamos.
Belo Horizonte, MG, Brasil, 02/11/2012.
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Enviada por Sonia Mariza Guarani Kaiowá.