Aprendizagem Situada na Comunidade Dandara, por Frei Gilvander Moreira*

Comunidade Dandara (Foto: Reprodução)

Jean Lave na Comunidade Dandara? Vejamos. A Dandara começou como ocupação, mas se tornou uma comunidade. Na madrugada do dia 9 de abril de 2009, plena quinta-feira da semana santa, cerca de 130 famílias sem-casa, organizadas pelo MST e pelas Brigadas Populares, com o apoio de uma Rede de Solidariedade, ocupou um terreno – 360 mil metros quadrados -, no bairro Céu Azul, na região da Nova Pampulha, em Belo Horizonte, MG. (mais…)

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Sem chuva no inverno, seca se agrava e falta água no semiárido do Nordeste até para construção de cisternas

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió

A falta de chuvas no inverno e nesse início da primavera tornou ainda mais crítica a seca no semiárido nordestino. Segundo dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil, são 1.171 municípios em situação de emergência por conta da prolongada estiagem na região. Em alguns casos, há regiões onde não cai chuva há mais de um ano.

Muitos municípios nordestinos estão enfrentando colapso no abastecimento de água, e cresce o número de comunidades nas zonas rurais que recebem carros-pipa. Por conta da falta de alimentos e água, muitos animais estão morrendo nos pastos, assim como produções inteiras foram perdidas nos últimos meses.

“A seca está cada vez pior. Até para para construir as cisternas temos que comprar água porque não tem onde pegar em hipótese alguma. Se a gente não comprar, para de construir. Nunca vi na isso na vida, é negócio impressionante”, contou o presidente da ASA (Articulação do Semiárido), organização que congrega mais de 700 instituições do sertão nordestino.

Apesar da estiagem ter “saído do noticiário”, os nordestinos não têm dúvida que a situação tem se agravado ao longo dos últimos meses. “O semiárido todo está nessa situação crítica. Já passei várias secas, mas como essa nunca vi. Se não chover em 15 dias, um mês o negócio será muito complicado. Até o mandacaru quer ficava de pé mesmo na seca já arriou. A água que ele guardou na chuva gastou já.” (mais…)

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Líder ruralista é preso sob suspeita de exploração sexual de adolescentes

Folhapress e Agência Estado

SÃO PAULO – O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Assuero Veronez foi preso nesta sexta-feira (2), em Rio Branco (Acre), sob suspeita de envolvimento com uma rede de exploração sexual de adolescentes.

O pecuarista Adalho Cordeiro de Araújo também foi preso. Os advogados dos suspeitos já ajuizaram pedido de habeas corpus. A reportagem tentou contato com advogados dos detidos, mas nenhum deles atendeu às ligações.

Veronez e Araújo foram levados pela manhã à Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco) em Rio Branco, após operação conjunta entre Polícia Civil e Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Federal no Acre.

Em seguida, foram transferidos para um presídio. A Polícia Civil afirmou que a investigação passou a correr sob sigilo e não forneceu detalhes sobre o caso. (mais…)

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Direitos de quilombolas em debate na segunda-feira

Da Redação – Agência Senado

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) deve debater na segunda-feira (5) os problemas enfrentados pelas comunidades quilombolas, formadas por descendentes de escravos. A iniciativa da reunião foi do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH.

Os quilombolas são um dos cinco itens prioritários apontados pela CDH ao Orçamento de 2013. De acordo com a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, há cerca de 3,5 mil comunidades quilombolas identificadas no país, das quais pouco mais de 1,7 mil estão certificadas (a Fundação Cultural Palmares é a responsável pela certificação). No entanto, informa a entidade, apenas 189 comunidades já obtiveram a titularidade — que dá a garantia legal — sobre as terras que ocupam.

Participam do debate a professora de Ciência Política, História e Sociologia  Lilian Cristina Bernardo Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais; o mestre em Direito César Augusto Baldi, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra); a ministra Luiza Helena Bairros, da Secretaria  Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade; o procurador Leandro Mitidieri; o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro Alexandro Reis; a diretora do filme Por um Fio, Iris Cary; e José Antonio Ventura, coordenador da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas. (mais…)

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Comitiva de senadores vai visitar índios Guarani-Kaiowá

Iara Farias Borges, Agência Senado

Comitiva de senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai visitar os índios Guarani-Kaiowá na região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, para conhecer a situação que enfrentam. A sugestão foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) durante audiência pública que discutiu, na última quinta-feira (1º), a ameaça de expulsão dos indígenas de suas terras tradicionais.

Apesar de a situação dos Guarani-Kaiowás ter mobilizado, recentemente, a opinião pública, observou Randolfe Rodrigues, esses indígenas vêm enfrentando problemas há muito tempo. Na avaliação do senador, é necessário acompanhamento mais aprofundado por parte do Senado e do governo, que exige articulação com todos os agentes envolvidos.

A convite do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Maria do Amaral Azevedo, poderá participar da diligência. Na avaliação de Suplicy, o governador do Mato Grosso do Sul também deve participar do diálogo para chegar a um entendimento que resolva o impasse. (mais…)

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Anunciado no Facebook, tênis da Adidas é considerado “racista”

No mês de junho, a fabricante de materiais esportivos Adidas anunciou em sua página do Facebook o lançamento de um novo tênis na linha outono-inverno 2012, segundo informou o jornal “Le Monde”. Desenhado pelo estilista Jeremy Scott Roundhouse, o calçado traz pulseiras de borracha simulando correntes, que muitos internautas viram como uma referência à escravidão.

Segundo a CNN, a empresa rapidamente removeu a postagem na página do Facebook, mas o assunto já havia rodado o globo gerando revolta entre internautas. (mais…)

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Irregularidades ambientais em cemitérios do Grande Rio colocam em risco saúde da população

Vitor Abdala* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – Resíduos de cadáveres jogados diretamente em lençóis freáticos, despejo de ossadas a céu aberto, covas rasas localizadas em um morro vizinho a residências e até um incinerador de ossos funcionando sem licença ambiental. Esses são alguns problemas encontrados pelas recentes vistorias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em cemitérios da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo o coordenador de Combate a Crimes Ambientais do Rio de Janeiro, José Maurício Padrone, a situação dos cemitérios da região é “terrível” e coloca em risco o meio ambiente e a saúde da população.

“Os cemitérios nunca haviam sido fiscalizados. Então, a gente começou a fiscalizar e verificou muitos erros nesses cemitérios. O descarte inadequado [dos corpos e resíduos] pode colocar em risco a saúde da população, porque o necrochorume [líquido que sai do corpo] pode contaminar o solo”, disse.

As autoridades ambientais começaram a fiscalizar os cemitérios fluminenses em julho deste ano, com vistorias em três unidades de Duque de Caxias: Nossa Senhora de Belém, Tanque do Anil e Xerém. No primeiro cemitério, por exemplo, uma área foi interditada porque estava sujeita a inundações. Na sala usada para a limpeza e preparação de corpos para o funeral, o material era descartado diretamente no ralo e, consequentemente, no sistema de águas pluviais. (mais…)

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Em defesa dos índios Guarani Kaiowá

altFrei Marcos Sassatelli*

No dia 19 do mês de outubro deste ano, cinco mil cruzes foram colocadas no gramado da Esplanada como protesto em defesa dos índios Guarani Kayowá. Na “Carta da Comunidade Guarani Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil”, os índios (um grupo de 170: 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) declaram, com firmeza e sem medo, que irão resistir até o fim à ordem de desocupação (processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro/12, da Justiça Federal), para defender seus direitos.

Afirmam que – pelas informações recebidas – sua Comunidade “logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS” e, corajosamente, denunciam: “fica evidente para nós que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay”.

Dizem ainda: “Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas”.

Manifestam, pois, sua decepção: “Queremos deixar evidente ao governo e à Justiça Federal que, por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira”. E perguntam: “A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós”. (mais…)

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Teresina a New York, por Roberto Malvezzi (Gogó)*

Rodoviária de Teresina, 19 horas, o termômetro crava 40º redondos. Os piauienses que transitam pela rodoviária parecem pouco se importar com o calor. A capital e a cidade de Picos, mais ao interior, estão entre as cidades mais quentes do Brasil.

Nova York arrasada, seis milhões de pessoas sem energia, estações de metrô inundadas, ratos  pelas calçadas, 82 pessoas mortas por onde a tempestade passou. Prejuízos na ordem de 50 bilhões de dólares. Sandy não ostentou nenhuma delicadeza. A capital do mundo sofreu como qualquer cidade de outros cantos do planeta. Claro, se fosse pobre, as mortes humanas seriam infinitamente maiores.

O prefeito da cidade não teve dúvidas: “fenômeno ocasionado pelas mudanças climáticas”. Nem o altíssimo nível tecnológico foi capaz de enfrentar as forças brutais da natureza. Para o prefeito “tudo que temos é velho, incapaz de enfrentar esses fenômenos”.

O mundo da ciência que acompanha as mudanças climáticas acha que elas já estão presentes, cada vez mais graves. Não porque não havia – ou não há – alternativas, mas simplesmente porque o mundo da política e da economia imediatistas está de costas para a realidade cruel que avança a olhos vistos. (mais…)

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