A Funai, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye´kuana (FPEYY), em Roraima, realizou operação de vigilância na Terra Indígena Yanomami (TIY), de 25 a 28 de outubro. A ação desativou um garimpo ilegal no rio Couto Magalhães, em região próxima de área habitada por índios isolados. Foram encaminhados à Polícia Federal oito garimpeiros e destruídos três acampamentos, incluindo cinco motores utilizados por eles. “Calculamos um prejuízo de 500 mil reais para o garimpo ilegal”, afirmou João Catalano, coordenador da FPEYY e da operação.
Segundo Catalano, a ação foi planejada diante de solicitação dos próprios Yanomami, que sabiam da presença garimpeira na região e estavam inconformados com a atividade ilegal. Cerca de 30 indígenas também participaram da operação, que, para localizar o local exato do garimpo, levou três horas de viagem de barco pelo rio e mais duas horas de caminhada pela mata.
Para garantir a segurança na terra Yanomami, a Funai tem investido na instalação de Bases de Proteção Etnoambiental, que visam impedir o acesso de estranhos pelos rios que circundam a região. Duas bases já foram instaladas e uma terceira está em construção. “Avaliamos que a instalação das bases têm surtido efeito, já que conseguimos impedir o retorno de garimpeiros a áreas onde já houve apreensões”, avalia Catalano.
Dentre as ações de vigilância, a Funai realiza o monitoramento aéreo da terra, a fim de localizar atividade ilegais e garantir a segurança dos isolados. As ações da Funai contam com o apoio dos indígenas e cerca de 40 deles devem ser capacitados, ainda este ano, para auxiliar as atividades nas bases de proteção.
Esta foi a nona operação de desmonte de garimpos ilegais realizada pela Funai na terra indígena Yanomami, em 2012. Em outras ações, a Funai contou com a parceria de órgãos governamentais tais como Ibama e Polícia Federal.
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