Lideranças indígenas participam, a partir de amanhã, de debates em busca de apoio aos povos

Na ocasião, será discutido o contexto de surgimento do Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas (PDPI), apresentação dos resultados e desafios do programa

O evento é realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
O evento é realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)

D24AM

Manaus – Cerca de 50 lideranças indígenas de todos os Estados da Amazônia Brasileira participam, entre os dias 29 e 31 de outubro, do Seminário “PDPI e outros arranjos de apoio a projetos indígenas: novos olhares e novas perspectivas”.

O evento é realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e apoiado pela Agencia de Cooperação Técnica Alemã (GIZ).

O objetivo do Seminário é o de construir recomendações para novos mecanismos de apoio aos povos indígenas a partir de experiências como o Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas (PDPI), do Ministério do Meio Ambiente.

As reflexões serão realizadas a partir de debates e trabalhos em grupo com representantes de organizações indígenas, membros do Governo Federal e entidades parceiras não governamentais, possibilitando, assim, a construção de diretrizes, metas e possíveis cenários de acesso a novos mecanismos de apoio financeiro aos povos indígenas.

Na ocasião, será discutido o contexto de surgimento do PDPI, apresentação dos resultados e desafios do programa, contribuições do programa para a construção de políticas públicas e  para o fortalecimento institucional das organizações indígenas.

Também entra na discussão o fortalecimento do movimento indígena e da incidência deste em políticas públicas na área de gestão e monitoramento ambiental, valorização cultural e o tema de gênero.

Segundo o Coordenador Geral da Coiab, Marcos Apurinã, o PDPI foi uma experiência importante para os povos indígenas porque foi resultado da mobilização e articulação de várias entidades indígenas e entidades de apoio de Cooperação Financeira e Internacional como a GIZ- Agencia de Cooperação Técnica Alemã e o KFW – Banco Alemão para o Desenvolvimento.

Este arranjo interinstitucional envolvendo o Governo Brasileiro, por meio do Ministério do Meio Ambiente e da Cooperação técnica e financeira internacional do Governo da Alemanha, possibilitou o fortalecimento das comunidades e organizações indígenas com projetos de sustentabilidade.

“Queremos que os projetos executados e trabalhos pelos povos indígenas sejam exemplos e referência de políticas públicas para os trabalhos com nossos povos”, diz Marcos Apurinã.

Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas – PDPI

O PDPI é fruto de um longo processo de discussão conjunta entre o Governo brasileiro, o Movimento Indígena organizado, seus parceiros e instituições financiadoras internacionais, estimulado pela avaliação de pouca participação indígena em linhas de financiamento de projetos já existentes.

Sua origem está conectada ao processo de apoio à proteção de florestas tropicais brasileiras pelo Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7).

O programa é fruto de acordo realizado em 1991 entre representantes do governo brasileiro, União Européia, Banco Mundial e G-7 (grupo que reúne os 7 países mais ricos do mundo: Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França, Itália e Japão), que viria a fortalecer-se pela pressão exercida pelos movimentos sociais e ambientalistas na época da conferência internacional Eco-92, realizada no Rio de Janeiro.

Parte importante das atividades do PPG7 está voltada para as populações locais – inclusive indígenas – visando um programa conjunto de sustentabilidade econômica, social e ambiental que garanta a preservação das florestas tropicais.

http://www.d24am.com/amazonia/povos/liderancas-indigenas-participam-de-debates-em-busca-de-apoio-aos-povos/72170

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