Fazendeiros atacam acampamento do MST em Parauapebas

Manifestação na Rodovia

Na noite de ontem, dezenas de fazendeiros e pistoleiros, fortemente armados, atacaram o acampamento Frei Henri, do MST no município de Curionópolis. Muitos tiros de armas de fogo foram disparados na direção do acampamento e alguns barracos construídos no meio das roças nas proximidades do acampamento foram incendiados. A ação violenta dos fazendeiros e pistoleiros causou pânico entre as famílias no meio da noite.

O acampamento Frei Henri está localizado em terra pública federal na margem da rodovia que liga Curionópolis a Parauapebas. São 280 famílias que residem no local há 3 anos. A área onde as famílias se encontram estava ocupada ilegalmente por um fazendeiro de Parauapebas. No início da ocupação, o pecuarista ainda tentou regularizar o imóvel em nome de sua filha, mas, o programa Terra Legal negou o pedido devido ela já ser proprietária de outro imóvel em uma área de Assentamento no município.

No início da ocupação, a então juíza da Vara Agrária deferiu medida liminar em favor do fazendeiro autorizando o despejo das famílias. No entanto, tão logo o programa Terra Legal informou que o imóvel está em terra pública federal e que o mesmo não pode ser regularizado em nome da filha do fazendeiro, os advogados da CPT, que assessoram juridicamente as famílias ingressaram com pedido de revogação da liminar perante a Vara Agrária e perante o Tribunal de Justiça do Estado. Os pedidos não foram ainda decididos.

Devido à ação violenta dos fazendeiros e ameaça de ataque ao acampamento, as famílias interditaram, desde a noite de ontem, a rodovia que liga Curionópolis a Parauapebas.

Frente à situação o MST exige: que os policiais da Delegacia de Conflitos Agrários investigue a ação violenta dos fazendeiros e pistoleiros, apreendam as armas em poder do grupo criminoso e efetue a prisão dos responsáveis; Que o INCRA ingresse urgentemente com ação de retomada da terra pública federal e libere a área para que as famílias possam morar e produzir em paz; Que o Ministério Público Federal investigue o fazendeiro pela prática do crime de ocupação ilegal de terra pública.

Por fim, o MST alerta às autoridades, que fará a defesa das famílias ali residentes, não se responsabilizando pelo que poderá acontecer caso haja invasão do acampamento por parte de fazendeiros e pistoleiros.

Marabá, 10 de outubro de 2012

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Comissão Pastoral da Terra – CPT Marabá

FAZENDEIROS ATACAM ACAMPAMENTO DO MST EM PARAUAPEBAS

Compartilhada por Thiago Martins da Cruz.

Comments (2)

  1. estamos sofrendo ameaças, pelos fazendeiros, e pistoleiros, não podemos mas sairmos pras cidades, pois estão nós tocaiando, e perseguisões, nas estradas. e nem uma providencia, as autoridades toma, a respeito disso, isso e uma vergonha nossos companheiros ameaçados, de morte, por está defendendo a classe trabalhadora, que so querem plantar pelo menos pra sustentabilidade de suas familias, e por isso estes jagunso a mando de fazendeiros querem tirar suas vida, e qual a proteção que os sem terras tem, das autoridades? nem uma, isso e inadimissivel, só que na hora de votar nimguém pensa antes, e deixa se levar, por estes, lero lero, e ai este e o resultado, ESTE E O PAGAMENTO QUE RECEBEMOS, em votar sem pensar, agora e hora de nós consientizar, e ficarmos alerta, ALERTA, Sandra

  2. eu, vejo nesta justiça, que temos em nosso brasil, uma grande covardia, porque, o acampamento fica entre 2 cidades, bem proximas, e as autoridades, mesmo sendo abordada com pedidos de socorro pelas familias, que os procuraram, não quiseram nem saber, e ainda disseram não podemos fazer nada; ta certo isso? ali’estão querendo vencer todos sem terras pelo cansaço, pois ja faiz mais de més que as famílias que vivem ali não podem dormir a noite, e nem cuidar de seus canteiros, temendo ser morta por uma bala, dos pistóleiros e fazendeiros, que tem livre passagem pra receberem, e comprar, munições,em qualquer lugar, q bem entenderem, sou camponesa, e digo aluta não vai para, MST A LUTA E PRA VALER, VAMOS ATÉ O FIM. Sandra

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