Habituado a contemplar a paisagem da floresta de eucalipto na região de Antônio Almeida e Uruçui, Sul do Piauí, há pelos menos cinco anos, o advogado e agropecuarista Magno Pires, percebeu que gradativamente a árvore de origem australiana, vem definhando e morrendo naquela região. “Os órgãos ambientais que licenciaram os projetos precisam urgentemente verificar “in loco” o que está acontecendo, assim como os bancos que financiaram o plantio”, apela Pires.
Segundo ele, aproximadamente dois mil hectares de plantio em Antônio Almeida e mais de mil em Uruçui estão sucumbindo sem que se tenha uma explicação. “Desmataram áreas imensas, tocaram fogo, mataram milhares de animais silvestre, conseguiram financiamentos em bancos oficiais como BNB, BNDES e Banco do Brasil, e quem vai saiu com o prejuízo irrecuperável será o meio ambiente”, afirma.
Pires também faz duras criticas aos bancos que, no seu entendimento não fazem uma fiscalização eficiente, sem falar que aprovam projetos de “empresários aventureiros como muitos que existem na região, gente que desvia dinheiro público e depois abandona os projetos”, garante.
Preocupado com o problema, o advogado alerta a Semar e ao IBAMA para que sejam mais rigorosos com a empresa Suzano Papel e Celulose, que vem plantando eucalipto nos municípios próximos a Teresina, com pretenção de ocupar 150 mil hectares com a árvore. “Somente nações subdesenvolvidas aceitam instalação de indústria de celulose devido ao alto grau de poluição”, informa e diz que a população piauiense precisa ficar atenta para os perigos que correm o Rio Parnaíba. “O rio já está quase morto, pelo desmatamento, assoreamento e esgotos, com a Suzano em operação, a situação deve se agravar muito mais”, teme.
Fonte: Piauí sempre verde
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http://territorioslivresdobaixoparnaiba.blogspot.com.br/2012/10/milhares-de-hectares-de-eucaliptos.html
Enviada por Mayron Régis.