Da reunião do Quilombo de Rio dos Macacos em Brasília só há uma foto, até o momento

O vice-presidente de consultoria da Advocacia-Geral da União (AGU), Luiz Fernando Albuquerque, coordena reunião com quilombolas

Ainda não foram divulgadas informações sobre a reunião dos Quilombolas de Rio dos Macacos, Bahia, com representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Instituto de Colonização Nacional e Reforma Agrária (Incra) e Marinha, em Brasília.

Até o momento, a Agência Brasil se limitou a liberar a foto acima, na qual o grupo é mostrado, sob a coordenação de Luiz Fernando Albuquerque, da Advocacia-Geral da União (AGU).

http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2012-08-30/agu-se-reune-com-quilombolas

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Índios encerram protesto e decidem liberar rodovias de MT após acordo

Os indígenas cobram a revogação da portaria 303.  Bloqueio já dura quatro dias e causa prejuízos aos motoristas.

índios liberam parcialmente a passagem de veículos pelas duas rodovias. (Foto: Reprodução / TVCA)

Do G1 MT

Índios de 8 etnias decidiram encerrar a manifestação que bloqueava as rodovias BR-174 e BR-364 em Mato Grosso, desde a última segunda-feira (27), após anúncio do Governo Federal de que uma nova reunião será marcada entre os indígenas e a Advocacia Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça e a Fundação Nacional do Índio (Funai), nesta sexta-feira (30), em Brasília. Dessa forma, as rodovias devem começar a ser liberadas.

De acordo com o coordenador regional da Funai de Cuiabá, Benedito César de Araújo, a reunião irá reabrir as negociações relacionadas a Portaria 303 da AGU que estabelece novas regras para a exploração de terras indígenas e revisão de demarcações. A portaria estava prevista para entrar em vigor em setembro deste ano e regulamentaria a atuação dos advogados públicos e procuradores em processos judiciais envolvendo a demarcação e o uso de terras indígenas.

De acordo com Araújo,  a liberação é definitiva, mas os manifestantes ainda estão sendo comunicados sobre a decisão. Ainda conforme o coordenador da Funai, o desbloqueio será lento devido à quantidade de caminhões que interditam as pistas em cerca de 60 km. (mais…)

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Em Belo Horizonte, ocupação Dandara desafia especulação imobiliária há três anos

Reconhecida internacionalmente por denunciar a especulação imobiliária na capital mineira, comunidade tem como uma de suas principais estratégias de resistência a busca constante por uma rede de apoiadores externos. Em 2009, a construtora Modelo, proprietária do terreno, acumulava uma dívida de mais de R$ 2 milhões em IPTU não recolhidos.

Lívia Bacelete

Belo Horizonte – “A Dandara não joga para perder. Vamos conquistando as coisas, que para muita gente é dificuldade, mas para nós é um jeito de lutar, conquistar e nunca desistir”. O depoimento de Geílsa Rocha Lima revela o espírito do povo dandarense, forma como se autodenominam os moradores da ocupação Dandara. Geílsa vive na área desde o início da ocupação, em 2009, e garante que sem dificuldade não há luta. (mais…)

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Colegas: longa vencedor do Festival de Gramado enfrenta preconceito para estrear no circuito comercial em novembro

Filme com protagonistas portadores da síndrome de Down deve ser exibido em 120 salas brasileiras

Gatacine/Divulgação
Stallone, Aninha e Márcio, personagens centrais de Colegas, partem em direção ao sonho de ver o mar, casar e voar

 

Ailton Magioli – EM Cultura

Cartaz de 120 salas brasileiras a partir de 9 de novembro, Colegas, de Marcelo Galvão, tem tudo para conquistar público. Afinal, além de detentor dos Kikitos de melhor filme e do prêmio especial do júri para os protagonistas, do 40º Festival de Cinema de Gramado, o longa-metragem, que narra as aventuras de três jovens personagens, portadores da síndrome de Down, deverá gerar o esperado boca a boca, porque, na avaliação do diretor, é um “filme família”, com potencial de gerar bilheteria.

“Nossa expectativa é que ele bombe na bilheteria”, afirma, animado, Marcelo Galvão, lembrando que até então   Colegas foi aplaudido – de pé – em todas as projeções, que vão do extinto Festival de Paulínia (SP), no ano passado, até Gramado, no início do mês. Quinto longa-metragem do diretor carioca de 38 anos, radicado em São Paulo, aos poucos Colegas supera o preconceito enfrentado desde que o roteiro, do próprio diretor, ficou pronto há sete anos. Só para a captação, ainda em andamento, para o lançamento, foram cerca de cinco anos. Enfim, é o cinema desbravando o potencial de inclusão social que tem. (mais…)

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Conselho de Comunicação do RS em debate, participe!

Cristina P. Rodrigues, Somos andando

Ainda dá tempo pra participar de um importante momento da política estadual gaúcha. O governo do estado decidiu, por demanda popular, criar o Conselho Estadual de Comunicação, que por si só já representa um enorme passo rumo a uma democracia mais consolidada, já que vai permitir que todos os setores da sociedade participem do debate em torno da mídia. Um debate que, convenhamos, interessa a todo cidadão e toda cidadã. Afinal, só existe democracia de verdade se a imprensa é democrática, coisa que no Brasil nunca foi.

Mas o governo radicalizou o espírito democrático e colocou o texto do Projeto de Lei do Conselho em consulta pública. Ele só vai ser enviado para a Assembleia depois que a população opinar, já com as modificações propostas.

Dá pra participar até 10 de setembro opinando sobre o texto em si ou sobre a composição do Conselho. E nada de complicação, é só clicar no banner ali do lado e entrar onde diz Consulta Pública Conselho de Comunicação. Ali o texto do PL vai aparecer na íntegra. Vale ler com atenção, pra depois clicar em Participar e enviar a proposta.

http://somosandando.wordpress.com/2012/08/30/conselho-de-comunicacao-do-rs-em-debate-participe/

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O debate que falta sobre o Código Florestal

Cândido Grzybowski (*)

No debate sobre o novo Código Florestal, os dilemas sobre que Brasil o mundo precisa e o que estamos dispostos a construir como nação numa perspectiva de sustentabilidade e justiça social, com democracia, ficam em segundo plano. O debate está restrito aos limites dados pelo agronegócio, entre o que seus promotores acham aceitável para continuar se expandindo e o que a sociedade é capaz de suportar, sem nada mudar no rumo já traçado. Na verdade, como questão pública e política, a mudança legal do Código Florestal é determinada por uma velha agenda desenvolvimentista, hegemonizada pelos grandes interesses e forças econômicas envolvidas na cadeia agroindustrial, um dos pilares do Brasil potência emergente. Tudo que se fará não será no sentido de uma mudança de rumo, mas de flexibilização de regras e condutas para continuar destruindo.

Por que? Por que a destruição ambiental não figura como questão neste debate? Por que é tão difícil discutir nossa responsabilidade no uso do imenso patrimônio natural que herdamos como país? Afinal, a biodiversidade – e floresta é um grande celeiro de biodiversidade – é um dos bens comuns mais centrais para a existência da vida, da humanidade. Os sistemas naturais de reprodução de todas as formas de vida no planeta Terra passam pela biodiversidade das florestas. O ciclo da água, este bem comum sem o qual nenhuma vida existe, depende das florestas. Floresta é vida! (mais…)

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‘Tempo de reportagem’

Bruno Mateus – Ragga

O escritor Fernando Morais assina o prefácio de Tempo de reportagem e, recorrendo a Gay Talese, diz que Audálio Dantas é “um jornalista do tempo em que se praticava a arte de sujar os sapatos”. Em dias nos quais longas entrevistas são feitas sem que o jornalista veja a cara do entrevistado ou, como diz Morais ainda no prefácio, se ele é gordo ou magro, essa compilação de 13 reportagens é um objeto valioso não só para jornalistas e estudantes de jornalismo, mas também para quem gosta de mergulhar nas histórias.

As trajetórias do eterno repórter Audálio e do jornalismo brasileiro das últimas seis décadas estão intimamente ligadas – foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo quando do assassinato covarde de Vladimir Herzog pelas mãos da ditadura e também foi o primeiro presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), além de ter passado por grandes jornais e revistas do país. Em 1981, recebeu um prêmio da ONU em reconhecimento por sua atuação em defesa dos direitos humanos.

O texto de Audálio tem força descritiva sem se distanciar da informação. As reportagens nos levam a distintos lugares e pessoas: um desfile militar no Chile, o triste caso de mortalidade infantil por inanição em Pernambuco e um comprador de peixe do interior de Minas. E ainda nos apresenta Quarto de despejo – a rotina de uma favela paulistana contada pelo diário da moradora Carolina Maria de Jesus, que teve seus escritos publicados no mundo inteiro. Segundo o próprio, essa é sua reportagem mais importante. (mais…)

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MP denuncia nove agentes penitenciários por torturar presos em Varginha

A violência contra os detentos, segundo o MP, teria acontecido entre os anos de 2009 e 2011. Eles eram agredidos com chutes, socos e tapas em todas as partes do corpo

João Henrique do Vale

Nove agentes penitenciários foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por torturar presos da unidade prisional de Varginha, na Região Sul do Estado. A violência contra os detentos aconteceu entre os anos de 2009 e 2011. Eles eram agredidos com chutes, socos e tapas em todas as partes do corpo. A condenação foi pedida pela Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos da cidade.

O primeiro caso de violência contra os presos foi registrado em novembro de 2009. Os agentes penitenciários F.B.F e F.P.V.O. castigaram brutalmente detentos que se desentenderam enquanto assistiam à televisão dentro de uma cela. Com chutes, socos e tapas, as vítimas foram submetidas em que o MP chamou de “intenso sofrimento físico”.

Dois anos depois, os mesmos agressores se envolveram em mais uma tortura, segundo o MP. Desta vez, contaram com a ajuda de outros sete agentes penitenciários. O alvo foi um preso recém encarcerado no presídio de Varginha. De acordo com o inquérito policial, ele recebeu diversos chutes, tapas e socos nas costas na nuca e na barriga. As agressões geraram lesões no corpo do detento. (mais…)

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Por que a construção de Belo Monte é ilegal? Felicio Pontes – Procurador da República

A construção da hidrelétrica de Belo Monte é questionada desde os anos 70 porque é uma grave agressão a um dos ecossistemas mais ricos do planeta, porque é economicamente inviável e principalmente porque fere os direitos dos índios da região assegurados pela Constituição Brasileira e acordos internacionais como o da OIT.

Compartilhada por Lúcia Carneiro.

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A tarefa de proteger o anonimato na rede

Entrevista com Karen Reilly

Ao fechar a porta de sua casa e se conectar a um computador, alguém pode ter a fantasia de estar na esfera do privado. No entanto, não é necessário entrar nas redes sociais fornecendo o usuário e os dados próprios para que alguém, com suficiente poder e interesse, conheça cada um dos passos que damos na rede. Cada vez que navegamos ou baixamos uma informação devemos indicar para onde enviar, ou seja, fornecer um remetente virtual, e esses dados podem se cruzar com indivíduos reais. Caso utilizem estes recursos para nos vender um carro ou um celular, isso pode até não ser tão preocupante, mas quando a vigilância virtual é aplicada contra jornalistas, militantes sociais ou opositores a uma ditadura, a questão pode ser de vida ou morte. Por isso, há vários grupos de ativistas virtuais que lutam para proteger o anonimato na rede.

É aí que entra o projeto Tor, que apresenta a si mesmo como uma rede de túneis virtuais, ou seja, uma rede que permite diferentes usuários chegar a seus destinos virtuais utilizando computadores oferecidos por outros. Desta maneira, por exemplo, se um jornalista cobrindo uma guerra civil teme ser observado, utiliza meios intermediários e fragmentados para acessar certa informação ou baixar artigos e fotos. Assim, consegue que os sistemas de controle não saibam quem realmente é o destinatário ou a fonte de informação. (mais…)

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