Falta de demarcação das terras indígenas gera crimes e violência

Na aldeia dos Pitaguarys, em Pacatuba e Maracanaú, crianças e adolescentes participam de projetos de prevenção ao uso de drogas e álcool. O objetivo do grupo é aumentar a autoestima e repassar um pouco da história da etnia. Fotos: Waleska Santiago

A questão fundiária está intimamente ligada à violência e ao uso de drogas nas aldeias indígenas cearenses

“Constituem crimes contra os índios e a cultura indígena: propiciar, por qualquer meio, a aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais e/ou entre índios não integrados. Pena – detenção de seis meses a dois anos”. O trecho faz parte do artigo 58 do Estatuto do Índio, assegurado desde 19 de dezembro de 1973. Contudo, a legislação não é respeitada na maioria das aldeias indígenas do Ceará e, por conta disso, alguns povos, como os Jenipapos-Kanindés, de Aquiraz, e Pitaguarys, de Pacatuba e Maracanaú, foram obrigados a fechar o acesso de suas aldeias para evitar conflitos e crimes.

Segundo a advogada Aline Furtado, integrante da equipe do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza, que presta assessoria jurídica aos povos Tapebas, Pitaguarys e Jenipapos-Kanindés, a violência nas terras indígenas do Ceará é recorrente e tem relação forte com a questão fundiária, ainda longe de ser solucionada no Estado.

“A violência e o consumo de bebida alcoólica e outras drogas nas aldeias estão intimamente ligados à questão da terra. Os não-índios não respeitam a posse da terra pelos indígenas”, pontua a advogada. (mais…)

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Seminário “A Presença Indígena na Universidade”, entre 27 e 29 de agosto, na USP

Este seminário tem como objetivo discutir experiências em andamento de inclusão de índios na universidade pública (estadual e federal) em diferentes estados brasileiros. O foco será dado na diversidade dessas experiências e, portanto, na comparação entre elas. Pretende-se discutir e avaliar os desafios, impasses e resultados dos diferentes programas hoje existentes, que implicam políticas de seleção/vestibular, atividades de acompanhamento, avaliação de aproveitamento, critérios de identidade étnica, ensino a distância e presencial, formação acadêmica e cursos de extensão etc., tendo em vista tanto os cursos de graduação como os de pós-graduação, bem como os cursos de licenciatura indígena, voltados exclusivamente à formação de professores indígenas. (mais…)

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“Um Maranhão de cabeça, tronco e membros”, de Geraldo Kosinski

Enviado por Geraldo Kosinski para o Combate ao Racismo Ambiental, este slideshow de seu livro fotográfico sobre a cultura e a vida do povo do Maranhão é sem dúvida um trabalho belíssimo e extremamente amoroso de resgaste de diferentes “gentes” do estado. Vale ver e ouvir. Aliás, coerente com a ideia de revelar para o resto do Brasil as comunidades maranhenses, suas culturas e tradições, faltou identificar a parte vocal do vídeo, que completa de forma primorosa as fotos. TP.

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Não há maneira segura de usar o amianto, artigo de Fernanda Giannasi

“Campanhas em todo mundo, apoiadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), buscam o fim da chamada “catástrofe sanitária do século XX”, tal a gravidade do quadro epidêmico das doenças provocadas pelo amianto”, informa Fernanda Giannasi, engenheira, gerente do Programa Estadual do Amianto da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 18-08-2012.

Segundo ela, “Goiás é hoje o único Estado produtor do chamado amianto branco ou crisotila. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, o segundo exportador e o quarto utilizador”. E ela lembra que “alguns dos mais proeminentes políticos pró-amianto frequentaram recentemente o noticiário, como o ex-senador Demóstenes Torres, o deputado Carlos Leréia e o governador Marconi Perillo”. Eis o artigo.

O amianto é um mineral fibroso reconhecidamente cancerígeno para os seres humanos, segundo as mais importantes academias de ciência e entidades da área de saúde.

Uma vasta literatura médica dá sustentação à tese de que não há maneira segura de se trabalhar com ele ou utilizar produtos que o contenham, e que a melhor forma de se eliminar as doenças provocadas pela fibra mineral é o seu banimento.

Campanhas em todo mundo, apoiadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), buscam o fim da chamada “catástrofe sanitária do século XX”, tal a gravidade do quadro epidêmico das doenças provocadas pelo amianto. (mais…)

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ENFF/MST promove curso de teoria política para dirigentes e formadores de movimentos sociais no Brasil

Fonte: MST

A Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF está organizando a III Turma para o curso Teoria política para dirigentes formadores de movimentos sociais. A tarefa a que se propõe o curso é de potencializar ao máximo a formação de quadros para se avançar num projeto de unidade da classe trabalhadora do campo e cidade, fortalecendo os laços de solidariedade.

O curso tem por objetivo:

  • Contribuir com o processo de formação de militantes dos diversos movimentos sociais do Brasil criando a necessidade do estudo permanente, com o desenvolvimento da consciência política, na busca do conhecimento e capacidades para dar conta das tarefas e exigências políticas desse momento histórico, na perspectiva do avanço da luta de classes e da construção do socialismo.
  • Potencializar as relações e o intercâmbio entre a militância dos movimentos sociais do Brasil, bem como fortalecer a unidade política, ideológica e teórica destes movimentos sobre os processos de mudanças sociais no Brasil.
  • Fortalecer o intercâmbio de experiências no campo da formação e dos desafios orgânicos dos movimentos sociais. (mais…)

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Depois de massacre, empresa ameaça mineiros sul-africanos com demissões

Mulheres carregam cartazes contra o massacre realizado pela polícia

AFP – A empresa mineradora Lonmim pressionou neste domingo os mineiros em greve da mina sul-africana de Marikana a voltar ao trabalho na manhã de hoje, segunda-feira, sob o risco de “possíveis demissões”, após o massacre policial que deixou 34 mortos na quinta-feira nesta mina de platina.

“O ultimato final foi adiado até segunda-feira, dia 20, após os acontecimentos de quinta-feira”, disse Gillian Findlay, porta-voz da Lonmin em um e-mail enviado à AFP.  (mais…)

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