Para especialistas, Leblon ainda pode esconder mais tesouros arqueológicos

Por Thamine Leta | Agência O Globo

RIO – Após a descoberta de objetos dos séculos XVIII e XIX num terreno na esquina das ruas General Urquiza com Humberto de Campos, arqueólogos e historiadores acreditam que novas escavações podem revelar ainda mais da história do Leblon. Apesar da escassez de terrenos disponíveis para pesquisas de escavações, a Praça Antero de Quental, onde será construída uma estação do metrô, é uma das próximas apostas do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).

– O Leblon nunca teve escavações arqueológicas desta maneira. A partir dos achados na General Urquiza, podemos dizer que é uma área fértil. Então, se procurarmos em outros locais, devemos encontrar mais vestígios arqueológicos, como na Praça Antero de Quental e no 23 BPM, áreas sem ocupação no bairro – explica a arqueóloga Jackeline de Macedo, que trabalha desde fevereiro no terreno da General Urquiza.

As escavações começaram a pedido do Iphan e da prefeitura, após processo de licenciamento para a construção de um prédio no local. Como a General Urquiza fica próxima à Rua Dias Ferreira, que seria o caminho do Quilombo do Leblon, a pesquisa foi solicitada antes do início das obras.

– Toda aquela região tinha muitas chácaras. Provavelmente ainda tem objetos e ferramentas perdidas por lá – acredita o historiador Antonio Edmilson Rodrigues.

Segundo a arqueóloga do Iphan, Rosana Najjar, o órgão vai recomendar ao governo que sejam realizadas pesquisas antes das escavações do metrô na Praça Antero de Quental. O Metrô informou que arqueólogos contratados pela concessionária Rio Barra, responsável pela construção, acompanharão todas as etapas das obras na Zona Sul.

E não é só no Leblon que esses tesouros são procurados. De acordo com a superintendente do Iphan no Rio, Cristina Lodi, o estado possui 87 projetos arqueológicos.

– Estamos num momento muito rico por conta dos investimentos em obras que o Rio recebe, com escavações na Zona Portuária, no Arco Metropolitano e em Itaboraí, por exemplo.

Como noticiou a coluna Gente Boa, do GLOBO, escavações num terreno na esquina das ruas General Urquiza com Humberto de Campos revelaram aproximadamente 500 fragmentos de objetos dos séculos XVIII e XIX. Entre os achados estão pedaços de louças, ferramentas, ossos de animais e azulejos, além de parte de uma edificação provavelmente do século XVIII.

As arqueólogas Jackeline de Macedo e Ana Cristina Sampaio trabalham desde fevereiro na área, onde até o ano passado funcionava uma lavanderia. A pesquisa começou a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e da prefeitura, no processo de licenciamento para a construção de um prédio no local. Como o Leblon é Área de Preservação do Ambiente Cultural e a General Urquiza fica próxima à Rua Dias Ferreira – que, segundo historiadores, seria o caminho do Quilombo do Leblon – a pesquisa foi solicitada antes do início das obras no terreno.

http://br.noticias.yahoo.com/especialistas-leblon-ainda-pode-esconder-tesouros-arqueol%C3%B3gicos-020600477.html

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