Júri absolve três acusados de matar indígena

Evilene Paixão

Uma semana de intensa mobilização de lideranças da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e dois dias de julgamento da morte do indígena Aldo da Silva Mota, 52 anos, da etnia Macuxi, não tiveram o resultado esperado para os povos indígenas. Por maioria, o Conselho de Sentença da Justiça Federal de Roraima absolveu, na noite de sexta-feira, 18, o ex-vereador Francisco das Chagas Oliveira da Silva, conhecido como Chico Tripa, acusado de ser o mandante do assassinato, e os dois vaqueiros Elisel Samuel Martin e Robson Belo Gomes, acusados de serem os executores.

O julgamento terminou perto de meia-noite de sexta-feira. O Tribunal do Júri foi formado por duas mulheres, cinco homens e presidido pelo juiz federal Helder Girão Barreto, que ao final teve 14 testemunhas. O Ministério Público Federal (MPF/RR) argumentava a acusação e a Defensoria Pública da União (DPU) a favor dos vaqueiros. Chico Tripa contratou um advogado particular.

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) afirmou que a família de Aldo Mota vai recorrer da decisão, uma vez que faz parte do processo, mas não foi ouvida. Conforme Júlio José, que coordenou as mobilizações contra a impunidade, a família não se sentiu defendida pelo MPF, o qual inclusive pediu a absolvição do acusado de ser o mandante.

http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=129549

Enviada por Paulo Daniel Moraes.

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