Cisternas de plástico derretem ao sol, por Roberto Malvezzi (Gogó)

As imagens, divulgadas pela ASACOM (Assessoria de Comunicação da ASA), são impressionantes. As cisternas de plástico, que o governo garantiu duração de 15 anos, não resistiram três meses sob o sol e as chuvas do sertão, particularmente em Cedro, Ceará.

O dinheiro público (Cinco mil reais cada), os resíduos, a decepção das famílias, tudo faz parte do lixo despejado pelo governo federal no semiárido. Quem será responsabilizado?

Antes se diziam que no Brasil não há memória. Mas, hoje, cada celular é uma câmara fotográfica e a rede de internet põe no mundo o que se quer. Portanto, a vigilância será permanente.

É verdade que o governo recuou e comprometeu-se a refazer o contrato com a ASA para continuar a convivência com o semiárido da sociedade civil. Recuou também de 300 mil cisternas de plástico para 60 mil. Mesmo assim, diante do que salta aos olhos, ainda vai despejar 60 mil peças de lixo plástico na cabeça dos nordestinos.

Merecemos mais respeito.

Enviada por Vania Regina Carvalho.

http://www.terranovaonline.net/2012/03/cisternas-de-plastico-derretem-ao-sol.html

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Dia 14 de Março: Grita, povo! Não queremos Belo Monte!

Antônia Melo e a nossa suave canção de guerra contra a barragem de Belo Monte.

A próxima quarta-feira, 14/03, será um dia de mobilizações pelo mundo todo contra o modelo energético baseado na construção de grandes usinas hidrelétricas — que, por definição, não são compatíveis com a democracia e o respeito aos direitos das populações e do meio ambiente.

Acompanhe, divulgue, investigue, entenda, ecoe, crie, grite… manifeste-se!

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Audiência discutirá violação de Direitos Humanos de Quilombo

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizará, na próxima terça-feira (6/3/12), audiência pública para debater as possíveis violações de direitos humanos da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, ameaçada de perder o território que habitaram por aproximadamente 40 anos. Requerida pelo deputado Paulo Lamac (PT), a reunião será realizada às 14 horas no Auditório da Assembleia.

As 11 famílias da comunidade quilombola residiam em terreno localizado no bairro Santa Efigênia/Paraíso, em Belo Horizonte. A partir de  março de 2011, a Defesa Civil de Belo Horizonte passou a emitir notificações de risco indicando a necessidade de a comunidade desocupar o terreno. Em outubro, uma nova notificação de risco condenou o imóvel-sede e residências da comunidade. Como alternativa, a Prefeitura de Belo Horizonte fez acordo com a comunidade, que se instalou provisoriamente na Granja de Freitas. Inicialmente, o acordo teria a duração de 60 dias, mas o prazo foi prorrogado porque as famílias não tinham para onde ir.

Com processo de regularização fundiária no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), aberto em novembro de 2007, os quilombolas aguardam até hoje o resultado da ação judicial e temem perder definitivamente o território e seus referenciais de socialização. Atualmente, o título do terreno pertence à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais. (mais…)

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CE – Abaixo-assinado “Não às Eólicas na Beira Mar”

Nós, abaixo assinados, moradores das comunidades tradicionais dos povos do mar, amigos e visitantes das praias do Município do Trairi, local onde existe projeto de instalação de parques eólicos em andamento, somos a favor deste tipo de energia “limpa”. Porém, somos contra sua implantação em locais onde possam prejudicar a vida das pessoas nas comunidades e ao meio-ambiente. Neste caso se enquadram nossas concentrações urbanas, dunas e praias.

Acreditamos que, nestes locais, eles possam provocar danos irreparáveis ao nosso modo de vida, ao nosso patrimônio cultural, à nossa liberdade de ir e vir, ao direito de expansão territorial, à alteração da paisagem e destruição de nossas dunas (nossa forte identidade geográfica), à diminuição da qualidade e quantidade de água potável, colocando em risco o futuro das próximas gerações.

Sob o ponto de vista sócio-econômico, como somos um destino turístico do tipo exótico e natural em ascensão, muito nos preocupa uma futura desqualificação, com o consequente empobrecimento geral da comunidade. Por isso pedimos seu apoio, assinando AQUI.

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Los indignados del mundo, por una democracia radical, participativa, directa y comunitaria: Boaventura de Souza Santos

“Tenemos que seguir formulando políticas y para eso hay que tener formas de organización y movimiento”, señala el sociólogo portugués en entrevista con Desinformémonos

Entrevista de Jaime Quintana e Isabel Sanginés Franco (Foto)

El movimiento Ocupa y los indignados

Los sociólogos son muy buenos para ver el pasado y muy malos para prever el futuro, así que no sé lo que va a pasar, pero lo que los ocupas y los indignados manifiestan es que esta institucionalidad está podrida, piden democracia verdadera y democracia real. Estamos vislumbrando lo que yo llamo una sociología de las emergencias, de nuevos movimientos que apuntan a otras formas de democracia más robustas y que puedan evitar lo que yo llamo el fascismo social.

Estoy seguro de que tendremos que mantener junto con estas formas más radicales la democracia representativa, pero nunca sola. Democracias participativas junto con democracias directas y democracias comunitarias. (mais…)

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“Só saio daqui debaixo de pau”, diz seu Sebastião, não indenizado por Belo Monte

Agricultor desaparecido retorna a Altamira e conta que fugiu de homens armados

Sebastião estava colhendo cacau quando cerca de 20 tratores entraram na plantação, já derrubando as árvores. Ao se aproximar, percebeu que havia diversos homens armados à frente dos tratores.

O agricultor Sebastião Pereira, que desde segunda-feira, 27, estava desaparecido, voltou hoje (dia 2 de março) à casa da família em Altamira. Ele passa bem. A propriedade de seu Sebastião, um dos vários produtores de cacau da Volta Grande do Xingu na região de Altamira, foi desapropriada pela Norte Energia em 2011 e incorporada à área do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte conhecido como Sitio Pimental. Apesar de ter destruído sua casa assim que foi decretada a desapropriação, a empresa ainda não pagou o valor da indenização à família. (mais…)

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Comunidade indígena no interior do Amazonas recebe luz elétrica

José Roberto e sua família: modernidade e mudança de vida com o Luz (Euzivaldo Queiroz)

Primeira comunidade indígena de Autazes a receber energia de programa federal colhe frutos desse fornecimento

Elaíza Farias

“Antes, eles se reuniam debaixo da árvore. Com a luz, puderam sentar nas cadeiras, dentro de uma sala de aula”, diz o indígena Adamilson Ferreira, 49, tuxaua da aldeia Cuia, da etnia mura, no Município de Autazes, referindo-se aos 119 alunos do Programa de Educação Jovens e Adultos (PEJA). (mais…)

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‘Ministra fraca leva Código a um desastre’. Entrevista com José Eli da Veiga

A tramitação do Código Florestal com um ministro de Meio Ambiente fraco é um desastre. A avaliação é do professor do Instituto de Relações Institucionais da USP, José Eli da Veiga.

A entrevista é de Pablo Pereira e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 04-03-2012.

Acompanhando o processo no Congresso da nova legislação ambiental do País, em análise na Câmara, ele acredita que a presidente Dilma Rousseff está mal assessorada no assunto, diz que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, é “fraca” politicamente e acrescenta que o Planalto pode acabar aprovando uma lei que, segundo ele, vai causar prejuízos ambientais, econômicos e institucionais ao País.

Para Veiga, o texto contém avanços em relação ao que foi aprovado no ano passado, mas precisa de mais discussão. Eis a entrevista. (mais…)

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Código Florestal deve anistiar 75% das multas milionárias

A aprovação do novo Código Florestal, prevista para esta semana, deve levar à suspensão de três em cada quatro multas acima de R$ 1 milhão impostas pelo Ibama por desmatamento ilegal.

A reportagem é de Lúcio Vaz e João Carlos Magalhães e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 05-03-2012.

A Folha obteve a lista sigilosa e atualizada das 150 maiores multas do tipo expedidas pelo órgão ambiental e separou as 139 que superam R$ 1 milhão. Dessas, 103 (ou pouco menos que 75%) serão suspensas se mantido na Câmara o texto do código aprovado no Senado. Depois, ele segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Pelo texto, serão perdoadas todas as multas aplicadas até 22 de julho de 2008, desde que seus responsáveis se cadastrem num programa de regularização ambiental. As punições aplicadas depois disso continuarão a valer.

Para conseguir o perdão, o produtor terá três alternativas: recompor a reserva legal (metade da área pode ser com espécies exóticas), permitir a regeneração natural ou comprar área de vegetação nativa de mesmo tamanho e bioma do terreno desmatado. (mais…)

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