Audiência pública sobre educação superior indígena será dia 11 de novembro em Campo Grande

Ontem, dia 29, um grupo de acadêmicos indígenas que integram a coordenação do projeto Rede de Saberes, de Mato Grosso do Sul se reuniu com a assessoria do Deputado Estadual Pedro Kemp para discutir a organização de uma audiência pública, que terá como tema “Educação Superior Indígena no Mato Grosso do Sul”, que acontecerá no dia 11 de novembro, na Assembléia Legislativa de MS. A audiência será presidida pelo Deputado Pedro Kemp e contará com autoridades convidadas, entre as quais os reitores das universidades, lideranças indígenas, órgãos governamentais e não governamentais que atuam na questão indígena e acadêmicos índios.

Serão convidados para compor a mesa, representantes da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Fundação Nacional do Índio (Funai), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Secretaria de Estado de Educação (SED), Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Ministério Público Federal (MPF) e representantes dos acadêmicos indígenas. Pretendem convidar, ainda, acadêmicos indígenas de São Paulo e Mato Grosso. (mais…)

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“Haiti, país ocupado”, por Eduardo Galeano

Texto leído el martes 27 de setiembre, por el escritor uruguayo en la Biblioteca Nacional en el marco de la mesa-debate “Haití y la respuesta latinoamericana”, en la que participaron además Camille Chalmers y Jorge Coscia

Consulte usted cualquier enciclopedia. Pregunte cuál fue el primer país libre en América. Recibirá siempre la misma respuesta: los Estados Unidos. Pero los Estados Unidos declararon su independencia cuando eran una nación con seiscientos cincuenta mil esclavos, que siguieron siendo esclavos durante un siglo, y en su primera Constitución establecieron que un negro equivalía a las tres quintas partes de una persona.

Y si a cualquier enciclopedia pregunta usted cuál fue el primer país que abolió la esclavitud, recibirá siempre la misma respuesta: Inglaterra. Pero el primer país que abolió la esclavitud no fue Inglaterra sino Haití, que todavía sigue expiando el pecado de su dignidad.

Los negros esclavos de Haití habían derrotado al glorioso ejército de Napoleón Bonaparte y Europa nunca perdonó esa humillación. Haití pagó a Francia, durante un siglo y medio, una indemnización gigantesca, por ser culpable de su libertad, pero ni eso alcanzó. Aquella insolencia negra sigue doliendo a los blancos amos del mundo. (mais…)

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Brejo dos Crioulos, finalmente! “Decreto assinado por Dilma desapropria terras reivindicadas por quilombolas mineiros”

[Última atualização: 9:oo de 30/09/2011. Abaixo, o Decreto cf. publicado. TP.]

Carolina Pimentel, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff assinou hoje (29) decreto para desapropriar as terras reivindicadas pela comunidade quilombola Brejo dos Crioulos, no norte de Minas Gerais. A medida vai beneficiar mais de 500 famílias de remanescentes de escravos que vivem na região.

Desde terça-feira (27), representantes dos quilombolas estão em Brasília reivindicando a desapropriação, esperada há 12 anos. Alguns deles se acorrentaram ontem (28) a uma placa em frente ao Palácio do Planalto para pressionar o governo federal.

Hoje, eles foram recebidos pela presidenta e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, responsável pela articulação entre o governo e os movimentos sociais. (mais…)

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Valdelice Veron: ‘Meu partido político é o meu povo Kaiowá-Guarani’

Depoimento de Valdelice Veron, no Seminário Pró Tribunal Popular da Terra em MS, Campo Grande, 29/09/2011

Na plateia, o assombro das pessoas e o que está por chegar aos ouvidos foge dos limites da imaginação. Silencio espectral. A quietude contida na respiração. O seminário pró Tribunal popular da Terra no Mato Grosso do Sul atinge um dos seus momentos mais significativos. O auditório “A” da UCDB de Campo Grande, no dia 24 de setembro, foi o cenário de denúncias e proclamações. Uma mulher indígena, professora e filha de uma das tantas lideranças assassinadas no Estado, faz um comovente depoimento. A missão dela não é fácil. Relatar como atuaram os órgãos do governo e os pistoleiros juntos em 13 de janeiro de 2003 na ação que terminou com a morte de seu pai Marcos Verón, até então cacique kaiowa-Guarani da terra indígena Taquara, município de Juti/MS. Naquela data, mais uma vez, pistoleiros atropelam a comunidade em busca de despejo, de violência. Valdelice Verón vai além. Contextualiza a luta de seu povo, de sua comunidade, de sua família nuclear extensa. Descreve com realismo e emociona-se com a forma cruel que mataram seu pai. E ainda esboça momentos atuais do sofrimento do povo Kaiowá-Guarani e de outros povos indígenas no MS por conta da violência, da discriminação e negação de direitos.

“Quando minha mãe ia nascer”

Valdelice sentença que quando sua mãe ainda estava na barriga de sua avó, seus ascendentes já se escondiam, fugiam e se espalhavam pelos matos para evitar ser caçado pelos jagunços e funcionários do SPI (Serviço de Proteção ao Índio), órgão federal. Eram tempos de criação das oito reservas indígenas de Dourados. “Não perguntaram ao povo guarani se queria deixar suas terras tradicionais”. (mais…)

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ES – Ferrous: pescadores se reúnem para discutem prejuízos nesta sexta-feira

Flavia Bernardes

Os pescadores do litoral de Presidente Kennedy vão discutir a implantação do polo industrial Ferrous Resources, no município, nesta sexta-feira (30), no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). A reunião é uma solicitação dos pescadores ao presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, Sandro Locutor.

Segundo o deputado, participarão da reunião os pescadores, o presidente do Iema, Aladim Fernando Cerqueira, e um técnico responsável pela análise do processo de licenciamento do empreendimento.

A promessa, segundo o deputado, é que a reunião faça parte de um processo de busca por informações envolvendo prefeitura, Iema e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), para que seja realizada uma audiência pública. A proposta de audiência pública, entretanto, ainda terá que ser apreciada e aprovada pela Comissão de Meio Ambiente da Ales.

A solicitação de apoio aos pescadores devido à construção de um porto e três usinas de pelotização, com capacidade de 7,5 milhões de toneladas por ano, na região, foi feita pela Colônia de Pesca Z-14 a Casa. A preocupação dos pescadores é que a pesca artesanal seja extinta, já que o porto irá restringir a entrada de canoas nos rios e na área de alagado na região. (mais…)

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Cobranças públicas dirigidas à Zara são intensificadas

Na Assembleia Legislativa de SP, parlamentares, agentes públicos, dirigentes sindicais e membros de entidades civis atacaram superficialidade e exigiram ações que possam resultar em melhorias efetivas às vítimas de exploração

Por Maurício Hashizume

São Paulo (SP) – Depois do pedido público de desculpas no Congresso Nacional, executivos que representam a marca Zara, do grupo espanhol Inditex, foram pressionados para que sejam tomadas providências mais efetivas diante da exploração de trabalho escravo de estrangeiros em oficinas de costura que fabricavam peças de roupa da grife internacional.

Em reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na semana passada, parlamentares, representantes do poder público, dirigentes sindicais e membros de entidades que atuam junto aos imigrantes que vivem na maior cidade do país atacaram medidas superficiais e cobraram mudanças que possam resultar em reparações e melhorias efetivas às vítimas da exploração criminosa. (mais…)

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Brasil ‘protege árvores mas não pessoas’ na Amazônia, diz jornal britânico

Uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirma que o Brasil “protege as suas árvores, mas não as pessoas” na Amazônia. Para o jornal, “progresso em reduzir desmatamento é ofuscado por assassinatos brutais”.

A reportagem de página inteira assinada de Marabá, no Pará, aborda a prática recorrente de assassinatos de ambientalistas na região Norte do país, o mais recente, do ativista José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo.

Ambos “foram os mais recentes de uma série de ambientalistas assassinados pela causa na Amazônia brasileira”, afirma a reportagem. Após 15 anos de campanha contra madeireiros ilegais, produtores de carvão vegetal e pecuaristas, ambos foram mortos perto de casa em maio.

“Nos últimos anos, o governo brasileiro fez progresso significativo na contenção da destruição da maior floresta tropical do mundo, reduzindo a área de floresta perdida de 27 mil quilômetros quadrados em 2004 para apenas 6 mil quilômetros quadrados no ano passado”, nota a reportagem.

“Mas uma onda de assassinatos brutais sublinhou uma verdade desconfortável: as autoridades podem parar a derrubada das árvores até certo ponto, mas não o abate dos ambientalistas.” (mais…)

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BNDES assinou contrato para obra na Bolívia sem estudo ambiental

Chico Santos

Para cumprir com sua própria política interna, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não poderia emprestar dinheiro para a construção da rodovia Santo Ignácio de Moxos-Villa Tunari, na Bolívia, sem a garantia de que a obra não tem problemas ambientais.  Embora não tenha feito desembolso até agora, o banco estatal brasileiro assinou contrato para emprestar US$ 332 milhões (cerca de R$ 609 milhões pelo câmbio comercial de ontem) para a obra que está sendo executada pela construtora OAS.

O traçado da rodovia boliviana corta o território indígena do Parque Nacional Isiboro Sécure, conhecido como Tipnis.  A rejeição dos habitantes do parque à passagem da rodovia acabou resultando em violento confronto com forças policiais bolivianas.  O BNDES não quis informar se fez ou não as exigências que suas políticas recomendam antes de aprovar o empréstimo, alegando tratar-se de um assunto interno de outro país.

A política socioambiental do BNDES, uma das chamadas “políticas transversais” do banco, está assim definida no site da instituição: “Promover o desenvolvimento sustentável de forma pró-ativa em todos os empreendimentos apoiados, considerando a concepção integrada das dimensões econômica, social, ambiental e regional”. (mais…)

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Rio Madeira é desviado pela segunda vez por causa da construção da Usina Hidrelétrica Jirau

Sabrina Craide

A Empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela Usina Hidrelétrica Jirau, realizou ontem (28) o segundo desvio do Rio Madeira , que vai permitir que a água passe pelo vertedouro, estrutura que vai regular o nível do reservatório quando a usina estiver funcionando.  O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participou da solenidade que deu início ao desvio.

Em abril de 2009, o Rio Madeira já tinha sido desviado com barragens provisórias (ensecadeiras) para possibilitar a construção do vertedouro, no leito original.  Agora, para realizar o segundo desvio, as ensecadeiras foram removidas, permitindo o início da passagem de água por seus vãos.

A Energia Sustentável do Brasil deve apresentar na próxima semana o pedido para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a licença de operação ao empreendimento, que permite o início do funcionamento da usina. (mais…)

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