MG – Justiça mantém ex-diretor do Iter atrás das grades

Ivonei Abade Brito
Preso em Montes Claros, Ivonei Abade Brito era diretor do Iter
Desembargador Reinaldo Portanova nega habeas corpus aos acusados de montar esquema de grilagem de terras púbicas
Amália Goulart – Do Hoje em Dia

O Ministério Público Estadual pediu à Justiça de 1ª Instância que mantenha os nove presos na ‘Operação Grilo’ na cadeia. Os envolvidos são acusados de montar um esquema de grilagem de terras públicas ou pertencentes a pequenos agricultores. Os detidos tiveram a prisão temporária decretada no último dia 21. Ela vale por cinco dias. O MP pediu a prorrogação por tempo indeterminado.

A operação, realizada pelo Ministério Público Estadual (MP) em conjunto com a Polícia Federal, culminou na exoneração do secretário estadual de Regularização Fundiária Manoel Costa (PDT), apontado nas investigações como comandante da quadrilha.

Entre os detidos na última terça-feira (20) está o ex-diretor-geral do Instituto de Terras (Iter), autarquia subordinada à pasta de Regularização Fundiária, Ivonei Abade Brito. O desembargador Reinaldo Portanova, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou habeas corpus impetrado pela defesa de Ivonei para que seja posto em liberdade. No despacho, o desembargador alegou que “o paciente tem poderio econômico, forte influência política e amplo acesso ao órgão investigado, mantendo, mesmo exonerado do cargo de chefia, contatos na administração pública e no Iter-MG.” Para o magistrado, o acusado poderia atrapalhar as investigações, se for solto. (mais…)

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MG – Moção de Apoio às ações da PF, MPE e MPF em defesa das comunidades do Alto Rio Pardo

Nós, Movimentos sociais, movimento sindical e sociedade civil organizada, vimos através dessa manifestar nosso apoio à ação da Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal na ação de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens dos envolvidos no processo de grilagem de terras públicas no Alto Rio Pardo.

Desde a década de 70 nossas terras estão sendo roubadas por empresas de eucalipto, fazendeiros e políticos, que invadiram terras devolutas, ou seja, do estado, terras do povo brasileiro, que deveria ser utilizada para realizar a reforma agrária e estimular o estimular o desenvolvimento regional. E o que ocorre na região é o contrário, ao invés de distribuir as terras, concentrou na mão de latifundiários, expulsando agricultores e posseiro, que há décadas estão na região.

Para isso os grileiros utilizam de papéis falsos e usam da força contra as famílias.

Com a chegada da mineração o processo vem se repetindo, grileiros estão vendendo as terras da população paras as empresas mineradoras a preços muito elevados. Essas mesmas empresas que vem utilizando de má fé com os atingidos, pressionando as comunidades para que assinem autorizações de pesquisa, informam endereço inexistente aos atingidos, violando um dos direitos dos atingidos que é o acesso a informação e participação no decorrer do empreendimento. (mais…)

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