Militantes da Rede contra Violência, que luta em defesa dos direitos humanos no Rio de Janeiro, têm recebido constantes ameaças de morte. Eles acreditam que a ação parte de policiais militares
A Rede vem denunciando arbitrariedades cometidas em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo os integrantes, este trabalho provocou um aumentou do número de intimidações, que se intensificaram ainda mais desde o final de agosto.
Por meio de telefonemas, pessoas afirmando serem policiais dizem que foram “derrubadas” e que agora está chegando a hora “de derrubar”. O mesmo tipo de ligação tem se repetido.
Outro episódio de intimidação ocorreu na madrugada de 30 de agosto, na saída do Instituto Medico Legal. Na ocasião, integrantes da Rede acompanhavam jovens agredidos e presos irregularmente por policiais da UPP do Morro da Coroa, região central do Rio de Janeiro.
Os militantes afirmam que foram abordados por policias militares de forma violenta. Contam que um dos PMs chegou a empunhar um fuzil de dentro da viatura em direção a eles. No dia seguinte, novamente por meio de um telefonema, um homem descreveu a situação vivida na noite anterior e fez mais ameaças de morte.
Em nota, a Rede repudia esta investida contra seus militantes. Afirma ser “inadmissível que situações como essas se reproduzam com tanta frequência”. Os militantes pedem segurança e exigem das autoridades públicas a garantia do “direito básico de liberdade de expressão”.
Os integrantes da Rede contra Violência no Rio de Janeiro garantem que as ameaças de morte não vão fazer com que eles deixem de denunciar os “bastidores da cidade maravilhosa e pacificada”.
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