Heitor Scalambrini Costa*
Há 23 anos, a cidade de Itacuruba localizada no meio da caatinga pernambucana foi inundada pelas águas do Rio São Francisco para a construção da barragem de Itaparica. Os moradores foram transferidos para a nova Itacuruba, uma espécie de cidade cenográfica a cerca de 481 km de Recife, com uma população de pouco mais de 4 mil habitantes, vivendo quase que exclusivamente dos empregos que a Prefeitura Municipal oferece. Na área rural plantam para sobreviver feijão, cebola, tomate e melancia.
A Itacuruba de hoje se encontra situada no Sertão do Moxotó de Pernambuco, no sub-médio São Francisco na micro-região de Itaparica. Com 8° 48′ de latitude sul, 38° 41′ longitude oeste, e altitude 316 m; a cidade possui uma área de 437 km², tendo seus limites geográficos ao Norte com a cidade de Belém do São Francisco; ao Sul com a cidade de Rodelas na Bahia; ao Leste com a cidade de Floresta; e a Oeste novamente com a cidade de Belém do São Francisco. Pertence ao semi-árido pernambucano, com uma temperatura média anual de 27°C, cujo acesso é realizado pelas rodovias BR 232, BR110, PE 360, BR 316 e PE 422.
Minha visita a Itacuruba se deu em função da proposta de instalação de uma usina nuclear naquela região, e o interesse em conhecer o local, seu povo, sua gente, e o que pensam de tal empreendimento. Nesta oportunidade o que também me chamou a atenção foi a promessa de a cidade abrigar um centro de pesquisas astronômicas. (mais…)