Governo afirma ser impossível educação gratuita para todos os chilenos

Camila Maciel, Jornalista da Adital

Em resposta a uma reivindicação fundamental dos estudantes chilenos, em protesto há três meses, o ministro de Educação, Felipe Bulnes, declarou, na última sexta-feira (19), que não pode haver educação superior gratuita para todos no país. Para Bulnes, os setores mais ricos devem pagar pela educação. O governo propõe 60% de educação superior gratuita com um sistema combinado de bolsas e empréstimos, similar ao que existe atualmente, o qual é rechaçado pelos estudantes.

A proposta dos estudantes, por sua vez, prevê a garantia de 70% do ensino superior gratuito para a população vulnerável. O “Acordo Social pela Educação”, um documento inicial que sintetiza as demandas dos atores sociais mobilizados pela educação, expressa a necessidade de “recuperar a educação como um direito social e humano universal (…), e que seja estruturado em um novo Sistema de Educação organizado e financiado pelo Estado em todos os seus níveis (…)”. (mais…)

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Sob chuva, mais de mil protestam contra Belo Monte em SP

Apesar da chuva que, desde a madrugada, acinzentou São Paulo no sábado, 20, cerca de mil manifestantes tomaram a Avenida Paulista a parti das 14:30 para protestar contra a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Quarto ato contra a usina a ser realizado na capital paulista, a manifestação deste sábado fez parte do Dia Nacional de Luta contra Belo Monte, convocado de forma descentralizada por ativistas e movimentos autônomos em cerca de 15 cidades.

De acordo com os organizadores do evento em São Paulo, a mobilização contra a usina, que se assemelhou a outros protestos pelo mundo, como os ocorridos na Espanha (dos “indignados”), foi um recado claro para o governo federal: a população brasileira não aceita a imposição de projetos de alto impacto social e ambiental, não aceita que decisões sejam tomadas à revelia dos interesses sociais e das legislações nacionais, e quer ter o direito de opinar sobre que tipo de desenvolvimento o pais precisa e deve adotar. (mais…)

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Povo Kapinawá retoma território no sertão de Pernambuco

Renato Santana*, de Brasília

Para assegurar o direito de posse de uma área localizada entre os municípios de Buique e Ibimirim, Pernambuco (PE), a 300 km de Recife, o povo Kapinawá retomou no início deste mês terras para pressionar a Fundação Nacional do Índio (Funai) a demarcar o Território Indígena (TI) não contemplado na delimitação anterior. Há dez anos em poder dos índios, a área recuperada fica dentro de uma fazenda, de propriedade não-indígena, que dá acesso às aldeias.

A Funai identificou e delimitou as terras Kapinawá antes da Constituinte de 1988. Desta forma, os processos de demarcação eram tocados de forma equivocada – amiúdes incompletos – dada a então inexistência dos vigentes direitos constitucionais indígenas a terra.

Nas terras vivem 600 famílias Kapinawá – cerca de 2.500 indígenas – em doze aldeias: Quridalho, Lagoa, Puiu, Maria Preta, Colorau, São João, Cajueiro, Caranaúba, Caldeirão, Baixa da Palmeira, Coqueiro e Batinga. Todas reconhecidas pela Funai desde 1999, além de atendidas pela saúde e educação diferenciadas – mesmo sem a área ser reconhecida oficialmente. (mais…)

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Professores e estudantes denunciam violência contra indígenas

Professores, pesquisadores, acadêmicos e lideranças indígenas do Brasil e de outros países da América Latina fizeram moção de repúdio a ação de fazendeiros contra a comunidade indígena de Pyelito Kue-mbarakay, em Iguatemi, Mato Grosso do Sul. Os participantes do IV Seminário Povos Indígenas e Sustentabilidade foram informados no dia 18 de agosto sobre a situação desesperadora pela qual passam mais de uma centena de indígenas que retornaram, há pouco mais de uma semana, ao seu território tradicional.

Os autores da moção denunciam que homens das fazendas, a cavalo e com cães cercaram o grupo que se encontra com fome, sem roupas e abrigo. Um grupo de crianças, mulheres e homens indígenas foram rendidos no dia 18 e liberados sob a condição de não retornarem ou seriam mortos.

Mais de 80 pessoas que assinaram a moção cobram ações imediatas da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Os manifestantes lembram que a função destes órgãos é “defender vidas e direitos humanos e não propriedades usurpadas”.

Enviado por Neppi Ucdb para a lista da superiorindigena.

 

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Temática indígena nas escolas

Livro para professores do ensino fundamental e médio aborda a questão indígena e suas representações nas escolas brasileiras. Lançamento será no dia 23/8, em Campinas (reprodução livro)

Por Mônica Pileggi

Agência FAPESP – A escola foi, desde o início, o elemento principal na conformação das imagens sobre os indígenas. Somente nos últimos anos é que houve a inclusão da pluralidade como um valor positivo e o consequente reconhecimento dos indígenas como parte importante da sociedade e cultura brasileira. É o que conclui o livro A temática indígena – subsídio para os professores, que será lançado no dia 23 de agosto, em Campinas.

De autoria do arqueólogo e professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pedro Paulo Funari e da pesquisadora da Universidade Complutense de Madrid (Espanha) Ana Piñón, o livro foi elaborado a partir de uma pesquisa de mestrado, seguido de doutorado, da coautora, além de outros estudos apoiados pela FAPESP.

A obra tem como público-alvo professores dos níveis fundamental e médio. “O livro tem uma apresentação teórica, histórica e cultural, assim como uma pesquisa empírica sobre a percepção dos alunos do ensino fundamental. Isso contribui para um diagnóstico de desafios, o que permite propostas de soluções no âmbito da escola e na formação dos professores”, disse Funari à Agência FAPESP.

De acordo com o autor, o livro surgiu da necessidade, tanto dos professores como dos alunos, de informações mais aprofundadas sobre os índios. (mais…)

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Acabar com racismo deve estar entre os Objetivos do Milênio

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Habitantes negras das aldeias do Rio Atrato, na Colômbia. Jesús Abad Colorado/IPS

por Thelma Mejía, da IPS

Tegucigalpa, Honduras, 22/8/2011 – O primeiro encontro mundial da comunidade afrodescendente terminou no dia 20, na cidade de La Ceiba, na costa atlântica de Honduras, com uma declaração propondo incluir a luta contra o racismo nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Na Declaração de La Ceiba, representantes dos povos afrodescendentes afirmam que chegou o momento de a Organização das Nações Unidas (ONU) incorporar não apenas um novo Objetivo aos oito já estabelecidos, como também criar um Índice de Desenvolvimento Humano com “perspectiva de raça e etnia”.

“As Nações Unidas deve adotar a perspectiva de raça e etnia nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para garantir a integração dos desafios das comunidades e populações afrodescendentes”, diz o texto. Também exorta para que “seja adotado um nono Objetivo do Milênio relacionado com a redução substancial de todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e outras formas conexas de intolerância”. A discriminação em todas as suas formas aprofunda as brechas entre suas condições de vida e as de outros grupos sociais, “tornando difícil o cumprimento dos Objetivos do Milênio” por particular situação de pobreza e estigma que enfrentam.

Ao exigir que a ONU declare em 2012 a Década dos Povos Afrodescendentes, os representantes pediram a criação de um Fundo de Desenvolvimento para esse setor da população, bem como estruturas e orçamentos claramente definidos. A mesma proposta foi estendida à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à União Europeia. (mais…)

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Mundo: Por qué importa la muerte de las lenguas indígenas

 

Por María Victoria Eraso*

 

22 de agosto, 2011.- No puedes recuperarlo con una búsqueda en Google. “Tú dices digo y yo digo diego”, dice el refrán. La diferencia es sutil. Y sin embargo, en todo el mundo, de la Amazonía al Ártico, los pueblos indígenas dicen las cosas de 4.000 maneras distintas.

Tristemente, ya nadie dice “digo” en eyak, una lengua del Golfo de Alaska, ya que la última persona que la hablaba con fluidez murió en 2008. Tampoco en bo, una lengua de las islas Andamán, tras la muerte de su última hablante, Boa Sr, en 2010. Casi 55.000 años de pensamientos e ideas, la memoria colectiva de un pueblo entero, murieron con ella.

La mayoría de lenguas indígenas están desapareciendo a un ritmo mucho mayor del que pueden ser registradas. Los lingüistas del Living Tongues Institute for Endangered Languages creen que, de media, desaparece una lengua cada dos semanas.

Para el año 2100 podrían haber desaparecido más de la mitad de las 7.000 lenguas que se hablan en el planeta, de las cuales la mayoría aún no han sido registradas. Su ritmo de desaparición es mayor incluso que el de la extinción de especies. (mais…)

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MST ocupa área grilada da Cutrale em Iaras e cobra criação de assentamento pelo Incra

Da Página do MST

Cerca de 400 integrantes do MST ocupam, desde as 6h desta segunda-feira (22/8), a Fazenda Santo Henrique, de 2,6 mil hectares, no município de Iaras, na região de Bauru.

A ocupação realizada no município de Iaras reivindica a arrecadação da área para fins de Reforma Agrária e denuncia a indevida e criminosa utilização da área pela empresa Cutrale.

A área utilizada pela Cutrale tem origem pública e, de acordo com a lei, deve ser destinada à Reforma Agrária.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem estudos que comprovam que a área é devoluta e disputa na Justiça a posse da Fazenda Santo Henrique. (mais…)

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Pelas costas: “Estadão” crava a espada em Dilma

por Rodrigo Vianna

A foto está na página A-7, na edição impressa do Estadão [de ontem, 21]. Dilma surge levemente arqueada, e a espada de um cadete parece trespassar o corpo da presidenta. Abaixo da foto, o título “Honras Militares” – e um texto anódino, sobre a participação de Dilma numa cerimônia militar.

Faço a descrição minuciosa da foto porque a princípio só contava com uma reprodução de má qualidade (tive que fotografar a página do jornal com uma máquina amadora). Mas um amigo acaba de me mandar a imagem por email – e essa está um pouco mais nítida. Estranhamente, não encontro a foto no site do Estadão. Talvez apareça naquela versão digital para assinantes…

O editor deve ter achado genial mostrar a presidenta como se estivese sendo golpeada pelas costas. É a chamada metáfora de imagem. Mas, expliquem-me: qual a metáfora nesse caso? O que a foto tinha a ver com a solenidade de que fala o jornal? Há, no meio militar, quem queira golpear Dilma pelas costas? O jornal sabe e não vai dizer? (mais…)

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Ecuador: Nueva política petrolera amenaza a pueblos amazónicos

Pozo petrolero en medio de la selva en Sucumbíos. (Foto: Luis Ángel Saavedra)

Gobierno impulsa concesiones sin tomar en cuenta a comunidades indígenas.

Por Luis Ángel Saavedra

Comunicaciones Aliadas, 22 de agosto, 2011.- Las decisiones que toma el presidente Rafael Correa en relación a los yacimientos de petróleo ubicados en territorio indígena demuestran cada vez más la poca voluntad del gobierno ecuatoriano para respetar los lineamientos constitucionales que protegen los derechos de los pueblos y de la naturaleza.

Las decisiones de Correa incluso han generado una agria polémica dentro del propio equipo de gobierno. Por un lado, funcionarios de los ministerios de Justicia y de Ambiente que adelantaban gestiones desde el año 2008 para cumplir con las medidas cautelares dictadas por la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) para la protección de los pueblos Tagaeri, Taromenane y Kichwa de Sarayaku, y funcionarios de la Presidencia y del Ministerio de Recursos No Renovables, que daban a conocer, a finales de junio, los nuevos planes de licitación petrolera, echando por tierra el trabajo adelantado por Justicia y Ambiente. (mais…)

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