Afrodescendentes: grito unânime contra a exclusão

Havana (*Prensa Latina) A paradisíaca cidade hondurenha de La Ceiba, habitada por garífunas faz mais de dois séculos, foi testemunha da Primeira Cúpula Mundial de Afrodescendentes, concluída com a reivindicação unânime de pôr fim ao racismo e a exclusão. A reunião desenvolveu-se de 18 a 20 de agosto com a presença a mais de mil representantes de 70 países.

Dela saiu a exigência de pôr fim à discriminação racial e a demanda internacional de consertar os danos ancestrais provocados às comunidades de descendentes africanos.

Para o representante do Senegal, Mamadou Diouf, deve existir um reparo ético por tantos séculos de escravatura, e em segundo lugar conhece-se a magnitude e gravidade desse fenômeno, que trouxe um número indeterminado de africanos à América.

Defendeu a inclusão no sistema educativo da imagem completa da escravatura e da violência, e por fim, exigiu o reparo econômico, pois a seu julgamento a pobreza e a riqueza têm raízes históricas. (mais…)

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Indígenas recebem orientações sobre Lei Maria da Penha

Indígenas recebem orientações sobre Lei Maria da Penha
Indígenas recebem orientações sobre Lei Maria da Penha

Por meio de seminários, governo busca informar aos índios sobre a legislação e alertar do crescimento da violência contra a mulher

Até 2012, a Fundação Nacional do Índio (Funai) deverá promover 13 seminários sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Lei Maria da Penha. O trabalho tem por objetivo informar sobre todas as formas de violência que recaem sobre as mulheres e os modos de prevenção contra elas. A série de conferências, que já foi feita com as mulheres indígenas anteriormente, é direcionada neste momento para os homens e está pautada para o fortalecimento dos casais, considerando os direitos e as especificidades desses povos, levando-se em conta usos, costumes e tradições articulados com a Lei Maria da Penha. Já foram realizados seminários em Cuiabá (MT), com a participação de 30 homens; em Manaus (AM), com 35; e em Maceió (AL), com 30. (mais…)

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GO: Fome, descaso e tiros agravam esquema de escravidão

Por Bianca Pyl

A resposta que Paulo* recebeu quando tomou coragem para cobrar o salário atrasado foi uma saraivada de tiros. As balas não o atingiram e ele conseguiu fugir da carvoaria em que trabalhava. Saiu em busca de providências para dar um basta ao cotidiano de sofrimento que compartilhava com outros colegas migrantes de Minas Gerais que enfrentavam as mesmas condições desumanas de trabalho e de vida na região Norte de Goiás.

Após escapar do atentado, ele seguiu à pé da fazenda até o posto da Polícia Civil de Santa Terezinha de Goiás (GO). Deparou-se, porém, com a recusa dos policiais em registrar o episódio na forma de boletim de ocorrência. “Eles me disseram que só registrariam a queixa se eu tivesse com ele [autor dos disparos] lá. Como eu poderia estar com ele lá? Ele é poderoso na cidade. Dá medo”, relatou Paulo* à Repórter Brasil.

Mesmo assim, ele não desistiu. Determinado, dormiu na rodoviária e teve até que vender uma das poucas peças de roupa que ainda tinha para juntar os recursos necessários para chagar até uma unidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e relatar o ocorrido. Cumprida a missão, Paulo* foi brindado com o abrigo oferecido por uma entidade civil. (mais…)

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AM: Profissionais de saúde entram em greve e indígenas ficam sem atendimento

Funasa não repassa recursos para ong conveniada e esta deixa de pagar funcionários que atendem 30 mil indígenas

Elaíze Farias

Há dois meses sem receber seus salários, profissionais de saúde indígena que atendem comunidades indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus) entraram em greve nesta sexta-feira (26) por tempo indeterminado. Entre os funcionários estão enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliar indígena, médicos e odontólogos.

Com a paralisação, aproximadamente 30 mil indígenas das comunidades do município (onde 90% da população é indígena) estão desassistidos.

Segundo o assessor da Associação dos Trabalhadores de Enfermagem de São Gabriel da Cachoeira (Atesg), Cláudio Pontes, conveniada responsável pelo pagamento dos profissionais, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) não repassou os recursos necessário para o pagamento dos salários.

A Funasa continua como gestora da saúde indígena desde que o Ministério da Saúde decidiu prorrogar, em abril passado, esta atribuição. Havia uma promessa do governo federal de, ao criar a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), promover a transição para o novo órgão, o que acabou não acontecendo. (mais…)

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Povos indígenas se mobilizam para garantir assistência básica de saúde, em Alagoas

MPF/AL vai agendar reunião, em Brasília, e acompanhar uma comissão integrada por representantes de aldeias alagoanas

Sem médico nos postos das aldeias, sem atendimento nos postos municipais, sem transporte para levar os doentes mais graves aos hospitais mais próximos e com dificuldades para obter medicamentos, lideranças indígenas participaram na quinta-feira, em Arapiraca, de audiência pública, convocada pelo Ministério Público Federal, em busca de soluções emergenciais para garantir a assistência as suas comunidades.

A audiência prosseguiu ontem à tarde, na sede da Federação das Associações Comunitárias de Moradores de Arapiraca,  com a discussão sobre supostas irregularidades no fornecimento de medicamentos.

Após ouvir os relatos das lideranças Wassú-cocal, Xucuru-kariri, Karapotó, Geripankó, Karuazú e Katoquim; profissionais de saúde, gestores municipais e representantes do Ministério da Sáúde (DSEI), Conselho Distrital de saúde Indígena, Funasa e Funai, o procurador da República José Godoy, propôs o agendamento de reunião, em Brasília, nos Ministérios da Saúde e do Planejamento, para garantir a realização de concurso público e, de imediato, contratação temporária prevista na Lei 8745/93.

“Vamos agendar as reuniões, em Brasília, e acompanhar as lideranças indígenas, juntamente com o procurador do Trabalho, Gustavo Acioly. Se o Ministério da Saúde se mantiver irredutível, o Ministério Público não deixará de tomar as medidas necessárias e cabíveis à resolução da questão pelas vias judiciais”, adianta José Godoy. (mais…)

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PA: Agricultor assassinado vinha recebendo ameaças de morte desde o início do ano, diz CPT

Priscilla Mazenotti, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O agricultor Valdemar Oliveira Barbosa, morto a tiros em Marabá (Pará), na quinta-feira de manhã, estava recebendo ameaças de morte desde o início do ano. Em maio, ele chegou a registrar ocorrência na Polícia Civil do estado pedindo investigação. A informação é do advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) José Batista, que acompanha as investigações.

“Por enquanto, não vamos pedir intervenção da Polícia Federal [PF]. Como a Polícia Civil instaurou o inquérito e iniciou as investigações, vamos aguardar. Mas, caso não haja avanços, certamente vamos pedir à PF que entre no caso”, disse Batista à Agência Brasil.

Valdemar Oliveira Barbosa, conhecido como Piauí, foi morto a tiros na Avenida Belém-Brasília, no bairro São Félix, periferia de Marabá. Ele foi abordado enquanto andava de bicicleta por dois homens que estavam em uma moto. Os assassinos atiraram no rosto e no pescoço do agricultor. (mais…)

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MST desocupa terras da União invadidas pela Cutrale, mas continuará a luta

Da Página do MST

Os 400 trabalhadores Sem Terra, que ocupam área da União invadida pela Cutrale desde segunda-feira (22/8), começaram a sair ao meio-dia de ontem da fazenda, que fica no município de Iaras, no interior de São Paulo.

Os Sem Terra fizeram uma marcha no centro do município de Bauru e participaram de uma audiência pública na Câmara Municipal, às 14h, sobre a grilagem de terras e a necessidade da realização da Reforma Agrária na região.

“A ocupação da área cumpriu o objetivo de pautar o debate sobre o uso de terras públicas para fins privados e denunciar os crimes cometidos pela Cutrale “, afirma Judite Santos, da Coordenação Estadual do MST. (mais…)

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Vogue Itália é acusada de racismo ao descrever brincos como “de escrava”

Slave earrings - Vogue Itália (Reprodução
Slave earrings - Vogue Itália (Reprodução)

Vogue Itália publicou um editorial de moda em seu site que causou bastante alvoroço e ganhou repercussão nas redes sociais por conter alegadas alusões racistas.  Com o título “Slave Earrings” (Brincos de escrava) apresentada em sua seção Trend, o artigo, a respeito de brincos de argola, foram descritos como uma influência do vestuário das mulheres africanas levadas a força para o sul dos EUA durante o período escravista.

“Jóias sempre flertaram com formas circulares, especialmente para a fabricação de brincos. Os modelos mais clássicos são o modelo escravo e o crioulo feitos em aros de ouro. Se o nome traz à mente as tradições decorativas das mulheres de cor que foram trazidos para o sul Estados Unidos durante o tráfico de escravos, a última interpretação é pura liberdade. Pedras coloridas, pingentes simbólicas e múltiplas esferas. E a evolução continua”, disse a publicação. (mais…)

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Jornada de Lutas da Via Campesina arranca conquistas para a Reforma Agrária

Presidente do Incra, Celso Lacerda, secretária executiva do MDA, Márcia Quadrado, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho e o representante do MST João Paulo

Por Vinicius Mansur

Após uma semana de lutas, o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final nesta sexta-feira (28/8), com o retorno positivo do governo às reivindicações da organização.

Em um dia de intensas negociações dentro do Palácio do Planalto, os 4.000 acampados permaneceram, desde 10h, às portas do Ministério da Fazenda. No fim da tarde, a mobilização retornou ao acampamento. (mais…)

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Bolsa Verde começa a pagar R$ 300 por trimestre para 18,7 mil famílias

Não é a imagem de uma família de braços cruzados diante da floresta intocada o perfil traçado para os primeiros beneficiários do Programa Bolsa Verde, que começam a receber o benefício de R$ 300 por trimestre em setembro. A reportagem é de Marta Salomon e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 27-08-2011.

São contempladas famílias em situação de extrema pobreza, que recebam o Bolsa-Família e, sobretudo, façam uso sustentável da floresta, por meio da exploração do látex, das castanhas, de óleos vegetais, do açaí ou até da madeira, segundo critérios fixados por planos de manejo.

Anunciada no conjunto de medidas de combate à extrema pobreza, em junho, a Bolsa Verde atenderá, a partir do mês que vem, 18.772 famílias, de acordo com cadastramento feito pelo Ministério do Meio Ambiente, a que o Estado teve acesso. A maior parte das famílias (11.113) vive em assentamentos “diferenciados” de reforma agrária na Amazônia, dedicados ao extrativismo. Nessa primeira etapa, foram selecionados 74 assentamentos, concentrados no Estado do Pará. (mais…)

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