Eles foram aliciados na cidade de São João da Ponte para trabalhar em lavoura de café em Oliveira
Nesta quinta feira, 9, um grupo de 42 trabalhadores foi encontrado em situação degradante, durante operação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Militar, na zona rural de Oliveira, região central de Minas Gerais.
Os trabalhadores, inclusive um jovem de 15 anos de idade, foram aliciados em São João da Ponte, no dia 3 de junho, de onde saíram sem sequer saber o nome do empregador, “conduta que afronta a legislação do trabalho”, explica a procuradora Fernanda Brito, que participou da operação. Eles foram resgatados na lavoura de café da fazenda Capoeira Grande, de propriedade de Flávio Ribeiro Junqueira.
Os trabalhadores relataram para a equipe de fiscalização que recebiam apenas duas refeições por dia com arroz, feijão, uma verdura e uma carne. Segunda Fernanda Brito foram caracterizados o aliciamento e a condição degradante de trabalho: “Eles deveriam ter saído de São João da Ponte com suas carteiras assinadas e cientes de quem seria o empregador, da forma que foi feito é aliciamento. A condição degradante fica evidenciada por estarem trabalhando sem EPI; alojados em péssimas condições; homens, mulheres e crianças dividindo um banheiro, com apenas um sanitário e um chuveiro e muitos dormindo em colchões no chão”, explica a procuradora.
Durante a operação foi feito o resgate dos trabalhadores e o acerto rescisório. Cada um dos 42 trabalhadores recebeu a quantia de R$ 720,00, correspondente a 7 dias de trabalho, aviso prévio, 13º e férias proporcionais e puderam voltar para a cidade de origem.
http://www.ecodebate.com.br/2011/06/14/mg-operacao-flagra-42-trabalhadores-em-situacao-degradante-aliciados-para-trabalhar-em-lavoura-de-cafe/