Lideranças sofrem ameaça de morte em decorrência da luta contra Belo Monte

Indígenas, ribeirinhos, camponeses, trabalhadores rurais e integrantes de movimentos sociais denunciam que estão sofrendo ameaças de morte por conta de sua atuação diante da luta contra Belo Monte. As intimidações têm sido realizadas, inclusive contra comunidades, mas de maneira mais veemente contra as lideranças indígenas que encabeçam o movimento contra a construção da hidrelétrica, prevista para ser instalada na região da Volta Grande do Xingu, no Pará.

Com as ameaças recebidas, as lideranças estão encurraladas e nem mesmo podem sair de suas aldeias e comunidades. “Estou preso em minha própria aldeia”, fala um indígena. As investidas são decorrentes de uma situação conflituosa já existente na região, especialmente no que diz respeito aos povos indígenas e suas terras tradicionais. Situação que tem se agravado após a concessão da licença de instalação de Belo Monte pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 1º de junho.

Na área, vivem agricultores familiares, pescadores, extrativistas, comunidades tradicionais e povos indígenas, que há algum tempo já enfrentam uma situação fundiária delicada, na qual há ocupações não legalizadas, terras indígenas não demarcadas e/ou invadidas. As lideranças acreditam, contudo, que o conflito tende a se acirrar com a demarcação e desintrusão de terras indígenas, colocada como uma das condicionantes para a construção da hidrelétrica. (mais…)

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PA – Corpos de vítimas permanecem na floresta desde final de abril

Enquanto se discute como diminuir a violência agrária na Amazônia, os corpos de dois trabalhadores rurais assassinados em um assentamento em Pacajá (PA) estão no meio da floresta desde o final de abril esperando serem recolhidos. Confira reportagem da Folha de São Paulo, em 04-06-2011.

A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos já pediu duas vezes à Polícia Civil do Estado para buscar os cadáveres e investigar os crimes, mas recebeu a resposta de que o local é de difícil acesso e seria necessário um helicóptero para resgatá-los.

No dia 2 de junho, procurado pela Folha, o governo de Simão Jatene (PSDB) disse que a cúpula da Secretaria Estadual da Segurança Pública desconhecia a situação e que foi avisado dela pela reportagem.

Mas as mortes tinham sido comunicadas pelo governo federal em uma reunião no dia 13 de maio e também por ofício na primeira semanha de junho. (mais…)

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Vamos olhar os números

Zé Claudio e sua maior castanheira, a Majestade. FOTO: FELIPE MILANEZ

Por Denis Russo Burgierman

Não é hora para emocionalismos, sejamos pragmáticos. Vamos olhar os números.

Uma castanheira-do-pará é uma árvore gigantesca, de 50 metros de altura, que pode viver mais de 1.000 anos. Todo ano, a castanheira dá frutos, que têm uma casca dura como a de um coco. Dentro da casca há até 24 castanhas-do-pará, um produto apreciadíssimo no mundo inteiro, rico em selênio e em ômega-3, portanto extremamente eficaz para combater ao mesmo tempo os dois grandes vilões da saúde contemporânea: câncer e doença cardíaca. Na média, uma castanheira não muito grande dá cerca de 30 frutos por ano, o que equivale a quase 500 castanhas. É o suficiente para produzir 1,5 litro de óleo de castanhas, o que rende uns 200 ou 300 reais para um pequeno produtor, por árvore (castanheiras realmente grandes e saudáveis chegam a produzir até 20 litros). Supondo que alguém tenha 30 castanheiras nas sua terras, são pelo menos uns R$ 6 mil por ano em óleo, talvez R$ 10 mil, por toda a eternidade até o tataraneto do tataraneto do tataraneto.

Mas os tempos são de prosperidade no Brasil e os chineses precisam de ferro para construir réplicas da Torre Eiffel. Há inúmeras mineradoras arrancando ferro de dentro da terra, de maneira agressiva. Em boa parte do país, esse ferro, assim que sai do chão, é queimado em fornos a carvão. Na Amazônia, portanto, há uma grande demanda por carvão. (mais…)

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Contaminação por chumbo em cidade baiana será tema de audiência pública

A Comissão de Seguridade Social e Família vai realizar audiência pública sobre a contaminação por chumbo na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. A reunião, aprovada nesta quarta-feira, será em conjunto com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

O autor do requerimento, deputado Roberto de Lucena, do PV paulista, explicou que a Companhia Brasileira de Chumbo explorou a região por mais de 30 anos e, depois de encerrar as atividades, deixou material abandonado no local.

“A população começou a usar esse material, inadvertidamente, na construção de muros, no reboco de casas. Isso começou a provocar uma série de problemas na saúde da população: hemorragias nas mulheres, impotência sexual nos homens, fetos com problemas cerebrais ou mutilados.”  (mais…)

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Bolivia: Armados con arcos y flechas, indígenas benianos defenderán su territorio

Las 74 comunidades Indígenas que habitan el Territorio Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), anunciaron que defenderán su territorio armados con arcos y flechas para evitar la construcción de la carretera Cochabamba-Beni; y responsabilizaron de lo que pueda suceder al Gobierno de Evo Morales.

El representante de la sub central TIPNIS, Pastor Iva Cayuba, manifestó que “no vamos a permitir que destrocen nuestro territorio y lo vamos a defender; lamentamos que nuestro máximo representante indígena, al que le hemos dado el voto, hoy nos haga esto, no reconozca nuestros derechos y se encapriche con un proyecto que los habitantes lo hemos rechazado”. (mais…)

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Cinco suspeitos no envolvimento do assassinato de camponês são detidos em Rondônia

Os homens foram presos nesta quarta-feira, mas a polícia de Rondônia dá informações desencontradas sobre a ação

Cinco suspeitos no envolvimento do assassinato de Adelino Ramos, líder camponês, foram detidos nesta quarta-feira.  A informação foi noticiada em jornais de Rondônia.

As informações sobre a prisão dos cinco suspeitos, contudo, são desencontradas.  O delegado de Extrema, Talles Beiruth, responsável pelas investigações do assassinato de Ramos, disse ao portal acritica.com que os homens foram presos em Vista Alegre do Abunã, onde Adelino Ramos foi executado, mas não por meio de sua diligência. (mais…)

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Índios temem conflitos por terras na área de Belo Monte

A violência que tem atingido o Estado do Pará nas últimas semanas começa a se aproximar das aldeias indígenas do complexo do Xingu, região onde será construída a usina hidrelétrica de Belo Monte.  A crescente pressão sobre as aldeias é feita por grileiros de terras e fazendeiros da região.  As terras indígenas Juruna do Km 17, Apyterewa, Arara da Volta Grande do Xingu e Paquiçamba, todas localizadas na área de influência da hidrelétrica de Belo Monte, são os principais alvos dos possíveis conflitos.As informações foram relatadas ao Valor pelo presidente da Associação dos Índios Moradores de Altamira (Aima) e líder do Conselho Indígena do município paraense, Luiz Xiporia.  “Há um clima de tensão muito forte em toda a região, os índios que vivem no entorno de Belo Monte passaram a ser constantemente ameaçados de morte”, conta Xiporia, que pertence à aldeia Apyterewa.  “Nós precisamos dialogar e agir.  Se nada for feito, poderá haver uma catástrofe na região”, diz ele.

Líder da área indígena Juruna do Km 17, Sheyla Yakarepi acusa os governos local e estadual de não dialogarem sobre o problema.  “Todos sabem que há ameaças de morte rondando as aldeias, mas ninguém parece disposto a encarar esse problema de frente”, afirma. (mais…)

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Índios ocupam usina hidrelétrica do Nortão em protesto

Sessenta índios das etnias Arara e Cinta-Larga ocupam a Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos, localizada em Aripuanã.  Eles impedem a saída de dirigentes da empresa para cobrar a cessão de 2 ônibus e a construção de moradias, que foram prometidas no Plano Básico de Meio Ambiente (PBA) para compensar os danos causados pela obra a cerca de 1 mil indígenas da região.  Os itens foram acordados durante o processo de negociação para construção do empreendimento, mas ainda não foram cumpridos.

Por volta das 18h desta quarta-feira (8), os índios ocuparam a entrada da usina.  Com o apoio da Polícia Militar, cerca de 50 servidores foram liberados em 2 ônibus.  Mas alguns representantes da empresa ficaram.  Uma reunião foi marcada para às 8h de hoje para entrega da lista de reivindicações.  O chefe de serviços de monitoramento territorial e ambiental da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Juína, Valdenilton Evangelista, diz que o processo será acompanhado e até a noite de ontem, a ocupação ocorria pacífica. (mais…)

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“RACISMO AMBIENTAL – Uma vitória da advocacia popular”

Pela assessoria jurídica do Movimento Sem Terra (MST), no Ceará, fomos informados da absolvição de uma pequena comunidade de trabalhadores rurais na localidade de Boqueirão, município de Sobral.

Para o advogado da Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP-CE), Claudio Silva, “a absolvição dessa liderança representa uma grande vitória para a luta da comunidade Boqueirão. Simboliza também uma vitória dos movimentos sociais do campo e advocacia popular”.

Ainda segundo o advogado a vitória jurídica ocorre numa situação de tensão, as famílias posseiras resistiram firmes às ameaças da herdeira do imóvel onde residem as famílias.“Impetramos um interdito e uma usucapião. O MP não recorreu, e a decisão já transitou em julgado.” disse Silva.

http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=18&noticiaID=48682

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Ator e diretor Wolf Maya é condenado por injúria racial

André Caramante / Folha SP

O diretor e ator Walfredo Campos Maya Júnior, conhecido como Wolf Maya, da TV Globo, foi condenado a dois anos e dois meses de prisão pelo crime de injúria com conotação racial contra um técnico de iluminação que trabalhou em uma de suas peças.

A condenação, em primeira instância, foi definida pelo juiz Abelardo de Azevedo Silveira, da 2ª Vara Criminal de Campinas (93 km de SP). A defesa já recorreu. Maya sempre negou a acusação.

De acordo com a sentença, Maya foi condenado por ter ofendido Denivaldo Pereira da Silva ao chamá-lo de “preto fedorento que saiu do esgoto com mal de Parkinson”. O juiz substituiu a pena de prisão pelo pagamento de indenização no valor de 20 salários mínimos (R$ 10,9 mil ao todo) mais um período de trabalho comunitário a ser definido pela Vara de Execuções Penais. (mais…)

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