Mortes de trabalhadores rurais na Amazônia não ficarão impunes, afirma ministro

Para evitar a repetição de crimes provocados por disputa de terra, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence anunciou a criação de dois escritórios, nos municípios amazonenses de Humaitá, na divisa com Rondônia, e Boca do Acre, próximo ao Acre, para acelerar o processo de titulação

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, promete que mortes de trabalhadores rurais não ficarão impunes
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, promete que mortes de trabalhadores rurais não ficarão impunes (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

As execuções de ambientalistas no Norte do país, ocorridas nas últimas semanas, serão investigadas e os autores punidos, afirma o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. “Se em casos anteriores pode não ter havido punição, isso não significa que agora nós vamos nos conformar [com a impunidade].” Para evitar a repetição de crimes provocados por disputa de terra, ele anunciou a criação de dois escritórios, nos municípios amazonenses de Humaitá, na divisa com Rondônia, e Boca do Acre, próximo ao Acre, para acelerar o processo de titulação.

Florence disse ainda que os R$ 530 milhões do Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para a desapropriação de terras para a reforma agrária não sofreram cortes e são parte do conjunto de ações que o governo tomará para aliviar a tensão no campo. Os recursos, já disponíveis no caixa do Tesouro Nacional, serão usados na aquisição de terras em diversas regiões do país, em especial no Nordeste. (mais…)

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Após execução de líder camponês, agricultores de assentamento fogem de ameaças no Amazonas

Família de camponês estuda pedir reparação da União pela falta de ação e segurança na área

Assentamento Florestal Curuquetê, em Lábrea (AM)
Assentamento Florestal Curuquetê, em Lábrea (AM), onde vivia o camponês Adelino Ramos, em fotografia tirada nesta sexta-feira (03)

As famílias do Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Curuquetê, cuja principal liderança era o camponês Adelino Ramos, conhecido como Dinho, assassinado no último dia 27, se dispersaram, com receio de serem perseguidas e ameaçadas.

Durante visita realizada nesta sexta-feira (03) no assentamento (a primeira desde o assassinato), localizado na região do município de Lábrea, no sul do Amazonas, agentes da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificaram no local apenas cinco famílias, segundo o advogado dos agricultores, Rafael Claros.

Segundo Claros, em entrevista ao portal acritica.com, as cinco famílias estão se sentindo desamparadas e com dificuldade de acesso a outras áreas. Conforme o advogado, no local viviam 20 famílias. (mais…)

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SOS Racismo condena intervenção policial no bairro 6 de Maio

A associação SOS Racismo condenou a intervenção policial efectuada este domingo no Bairro 6 de Maio, na Amadora, na qual 17 pessoas foram detidas, e pediu responsabilidades por “acto racista e violador” dos direitos humanos

A PSP efectuou este domingo 17 detenções no Bairro 6 de Maio, na sequência de desacatos durante os quais foram danificadas portas de prédios e de estabelecimentos comerciais, depois de terem sido apedrejados dois carros patrulha.

Foram então detidas seis pessoas e no momento em que foram encaminhados para a esquadra registaram-se vários episódios de desordem por parte de moradores no bairro. (mais…)

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Marcados para morrer vivem em alerta em quilombo do MA

Agricultores contam que dia-a-dia na roça também virou um tormento. Clima é tão tenso no quilombo, que muitos estão abandonando as terras

O quilombo Charco fica localizado no município de São João Batista, no norte do Maranhão. São 1.400 mil hectares ocupados por 71 famílias de quilombolas, descendentes de antigos escravos que viveram na região. No local, as pessoas vivem com medo. A lavradora Maria Ivanildes Campos mora com os três filhos num casebre de palha e teme ações de pistoleiros. “Eu tenho medo de morrer. Perder minha vida, porque minha vida é uma só”. (mais…)

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José Koopmans: uma homenagem através de trechos de homenagens

“(…) antes de tudo era uma pessoa afetiva, holandês que se tornou baiano e que lutou e denunciou a invasão da monocultura dos eucaliptos e a tristeza e sofrimento do povo pobre que é obrigado a lhes ”dar lugar”. Padre Zé ou simplesmente Zé permanecerá conosco para sempre! Com o povo da roça, com o povo da periferia, com os trabalhadores e trabalhadoras rurais, com os indígenas, a quem tanto amou!”  (Geralda Soares, de Araçuai)

Koopmans travesso – Jose Koopmans era o diabo encarnado/ O diabo que veio das oropa/ O danado, o travesso a burilar as falsas verdades da igreja/ O aventureiro, o maldito, a fervilhar as rezas do capital/ O  roqueiro, o caminhante, a  trilhar os caminhos negados pela ironia/ O simpático, o desdenhoso, a desconfiar dos índices sociais/ O inconformado, a invadir plenárias da injustiça e denunciar o medo./ José Koopmans era um José, Daqueles que o capitalismo tenta devorar e não conseguiu E por não conseguir, o chamam de fracassado e mentem ao seu respeito. Padre José, como era conhecido por uns, Era um camarada de luta, por vezes acreditou no partido/ Leu e releu poemas de Brecht, mas deixou de lado a crença no partido/ E viu que o partido já era, pois as lutas estavam nas ruas e no corpo/…/ Jose Koopmans era um José/ E como tantos José no Brasil, tinha esperança. (Por Sumário Santana – GrupoViola de Bolso de Eunápolis)

“(…) Nós o queremos como um companheiro; / Um compartilhador do amor…/ Um repartidor de ideias…/ Um semeador de resistências;/ Um formador de consciências/ E um construtor de utopias./ Não esqueçamos porém,/ Que no seu peregrinar também/ Ele silenciosamente nos via./ Nos via das alturas do altar/ E nas baixuras do lutar./ Nos via por trás da hierarquia/ Nos via, nos via, nos via…/ E sorria e sofria…” ((Trecho do poema “Fiquemos com as lembranças e com os compromissos”, de Ademar Bogo, do MST). (mais…)

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MG – Criação de parques condena 10 mil famílias à miséria

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Geraldo Valentim e as filhas: com a redução do plantio, ele vive do Bolsa Família e faz bicos
Construção de barragens expulsou milhares de pessoas de suas casas; o mesmo acontece com as unidades de conservação
Leida Reis – Repórter Especial

A terra, esteio de vida e meio de sobrevivência, vira uma prisão. Plantações, criação de animais, extração de flores e de pedras preciosas estão proibidas. A temida indenização nem chega nem deixa de rondar feito pesadelo. A criação de parques nacionais e estaduais não garantiu completamente a preservação ambiental, já que neles ainda há carvoarias, alguns produtores usando matas para soltar o gado e extrativismo ilegal. De outro lado, criou um problema social sem tamanho, com outras famílias indo à miséria pelas restrições nas atividades econômicas, migração para favelas  e desemprego.

Nem o Governo federal nem o de Minas têm solução para o problema. Não há dotação orçamentária específica para indenizar os produtores rurais e retirá-los dos parques. Os processos se arrastam durante anos também pela burocracia, já que muitos não possuem título de propriedade, herdaram as terras e não as regularizaram. Outros são posseiros ou vivem em áreas emprestadas e só receberão pelas casas, cujo valor é irrisório. (mais…)

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La RAN frente a: “Comisión Técnica Ciudadana por una Matriz Energética Sustentable para Chile”

Marcharemos hasta ser millones, y si no nos escuchan, no quedará más que decir que se vayan todos sin más remedio”

Según fue publicado por varios medios en estos días, se constituyó la “Comisión Técnica Ciudadana por una Matriz Energética Sustentable para Chile”, una alternativa a la Comisión de Expertos en materia eléctrica que implementó el Gobierno. El llamado fue liderado por el presidente del Senado, Guido Girardi, junto a los senadores Antonio Horvath, Carlos Cantero, entre otros legisladores y distintas organizaciones ambientalistas como el Consejo de Defensa de la Patagonia, Terram y Chile Sustentable. (radio.uchile.cl, 30 de mayo 2011). Frente a la creación de esta nueva comisión, como Red Ambiental damos a considerar lo siguiente:

Desde que se aprobó el proyecto HidroAysén, los ciudadanos han sido los protagonistas de las grandes manifestaciones, tanto en la capital como en las principales ciudades de Chile, y también en otros países. La juventud ha ocupado un lugar destacado en las más diversas ciudades; sólo en la ciudad de La Serena, en poco más de dos semanas se han realizado 7 manifestaciones en contra de dicho proyecto. En el norte de Chile, las convocatorias de las organizaciones de la Red Ambiental Norte (RAN), han liderado una diversidad de manifestaciones por HidroAysén junto a sus problemáticas locales, como la instalación de centrales termoeléctricas, megaproyectos mineros, y otras demandas. Aparte de La Serena/Coquimbo, hubo repetidas manifestaciones ciudadanas en Arica, Copiapó, Vallenar, Huasco, Salamanca, Ovalle, Illapel y Valparaíso, y para ninguna se ha necesitado un experto, un parlamentario o una ONG, y en donde han sido esta movilización implacable en el sumando contra la depredación ambiental y su impacto en las comunidades lo que ha permitido una toma de conciencia mayor de la ciudadanía en su conjunto en nuestros territorios. (mais…)

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