Segundo o MPF, os crimes foram descobertos em maio do ano passado após uma operação realizada pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e policiais militares. A equipe encontrou os trabalhadores num local de baldeamento e queima de madeira.
Conforme o relatório de fiscalização, os trabalhadores não tinha acesso a água potável, local adequado para refeição, precárias condições de alojamento e sem segurança de trabalho. Segundo a denúncia, A água que utilizavam para beber e tomar banho era retirada de uma lagoa. Não havia banheiros. Quaisquer despesas que realizassem, como a compra de mantimentos, por exemplo, eram descontadas do salário.
Os trabalhadores também não eram registrados e, se desejassem sair da fazenda, tinham seus salários retidos pelo empregador. O local de trabalho era de difícil acesso, não havendo transporte regular no local, o que configuraria, segundo os fiscais, “cerceamento da liberdade dos trabalhadores”. Para o MPF, todas essas condições retratam os crimes descritos nos artigos 149, 203, e 207, do Código Penal, cujas penas, somadas, podem ir de quatro a 13 anos de prisão.
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/09/13/interna_gerais,250347/fazendeiro-e-denunciado-por-manter-trabalhadores-em-situacao-semelhante-a-escravidao.shtml