Ressuscita-me, por Justino de Souza Júnior

No Correio da Cidadania

Houve um tempo, não muito distante, em que cabelos brancos indicavam amadurecimento, razoável capacidade de discernimento, responsabilidade, respeito. A frase da canção de Nelson Gonçalves: “respeite ao menos meus cabelos brancos”, ilustra bem essa relação. De maneira que não é menos do que aterrorizador ver essa imagem, que traz um cartaz no qual se lamenta que a atual presidente do Brasil não tenha sido “enforcada” (como foi o destino de Herzog e de outros muitos) pelo regime militar e por sobre o qual sobressaem os cabelinhos brancos de um vovô ou de uma vovó, como dizia Marx, em “odor de santidade”.

A hedionda imagem expõe uma aberração absolutamente impublicável e um ódio sem medida que só pode brotar de uma alma necrosada, apodrecida. Só a insanidade e/ou a mais completa ignorância podem justificar tamanha falta de senso. Não terão sido suficientes as lições deixadas por terríveis experiências de violências, de tortura, escravidão e extermínio, de campos de concentração e dizimação de povos e comunidades inteiros que deixaram na história caudalosos rastros de sangue? (mais…)

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Rio do Futuro: cidade cidadã ou cidade global

Cândido Grzybowski,
Sociólogo, diretor do Ibase

A Prefeitura do Rio inicia a preparação do Plano Estratégico 2017-2020 da cidade do Rio, para ser apresentado em 01/03/2016. Trata-se de debater e construir a proposta de agenda para os próximos anos, mas com uma perspectiva que nos leve aos 500 anos, a serem comemorados em 2065. Apesar de ser anunciado como processo participativo de planejamento, aberto a diferentes espaços de consulta, debate e decisão, precisamos ficar muito alertas e cobrar. Afinal, a intervenção urbana promovida pelo prefeito Paes na nossa cidade, sob a justificativa em especial das Olimpíadas 2016, está deixando um legado de grandes transformações, sem nós, a cidadania, termos sido minimamente consultados. Pior do que os transtornos de todo tipo no cotidiano, com remoções de moradores, demolições e concessões obscuras para negócios privados são as transformações que tornam nossa cidade mais atrativa para negócios globais, mas de benefícios duvidosos no sentido de uma cidade mais cidadã. (mais…)

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Samuel Pinheiro Guimarães: A ofensiva conservadora e as crises

O diplomata brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães, faz uma análise da crise no Brasil, o avanço de setores conservadores e o papel do governo federal; bem como aponta as saídas e desafios das forças

Por Samuel Pinheiro Guimarães*
Especial para o Brasil de Fato  / MST

1.    A sociedade brasileira está diante de uma ofensiva conservadora que se aproveita de entrelaçadas crises na economia, na política, nas instituições do Estado, na imprensa e nos meios sociais para fazer avançar seus objetivos.  (mais…)

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Depois de incêndio criminoso, aldeia Pataxó sofre com ataques diários e crianças passando as noites em caixas d’água

Por Renato Santana, Assessoria de Comunicação – Cimi

“Os pais colocam as crianças dentro de caixas d’água e dormimos pelos cantos das casas feitas de pau a pique. Toda noite tem sido assim, depois que os ataques começaram”. A situação é contada por R, indígena Pataxó da aldeia Cahy, Terra Indígena Mexatibá, no extremo sul baiano. Desde o último dia 11, a comunidade composta por 72 famílias vem sendo, dia após dia, incendiada, atacada e os indígenas ameaçados, além de ofendidos racialmente. Nem mesmo a escola indígena foi poupada dos ataques. (mais…)

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Quem é quem nas discussões do Novo Código da Mineração 2014 já está disponível

Representantes da CNBB, MAM, WWF, INESC, IBASE e da CBJP participaram do lançamento da publicação “Quem é quem nas discussões do Novo Código da Mineração”, que aconteceu na tarde desta segunda-feira, na Comissão Brasileira de Justiça e Paz, em Brasília.

A publicação mostra como funciona a prática das empresas e seus interesses no financiamento das campanhas dos parlamentares, demonstrando a necessidade do debate amplo e democrático para além do “ negócio da mineração”, (mais…)

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“Agenda Brasil”: mais um engodo para salvar o governo petista!

Roberto Antonio Liebgott, Cimi Sul

As crises política, ética e econômica afundaram o segundo mandato da presidente Dilma. Está inviabilizado. Nada o salva, nem as guinadas para agradar o sistema financeiro e os setores da chamada produção.

Os governos do PT, nestes 13 anos de governança do Brasil, sempre transitaram sobre a areia movediça. Não se alicerçaram, como se imaginava, em políticas públicas que visassem efetivamente à transformação da realidade socioeconômica e política. Priorizaram, numa banda, o assistencialismo e na outra, o fortalecimento de setores que, via de regra, historicamente se alimentam da corrupção – uma elite que se fez e se manteve no poder pelas frestas do autoritarismo durante as ditaduras e pela democracia planejada por Maluf, José Sarney, Caiado, Calheiros e tantos outros que ainda gerenciam o sistema político brasileiro. (mais…)

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Ecuador: Protestas contra el gobierno son acalladas con violencia

Servindi, 18 de agosto, 2015.- La violencia registrada en Quito la semana pasada se trasladó el lunes al norte de la provincia de Loja, en la ciudad de Saraguro, solo que con mayor ferocidad, a la luz de información proveniente de la zona.

Según denunció la Confederación de Nacionalidades Indígenas del Ecuador (Conaie), en esta parte de la Amazonía ecuatoriana, donde justamente habita el pueblo indígena Saraguro, se detuvieron a unas 30 personas que eran parte de las protestas contra el gobierno del presidente Rafael Correa. (mais…)

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Cinco modalidades de rapto de mujeres: de la India al Sáhara, de Arabia a EE.UU.

Nazanín Armanian* – Servindi

18 de agosto, 2015.- Cada año decenas de miles de mujeres son raptadas por toda clase de individuos. Cientos de millones de mujeres son retenidas “legalmente” dentro de unas “fronteras” establecidas por unos gobiernos que recurren a su derecho de soberanía, a la tradición y la religión para robar su libertad. Una escandalosa y normalizada agresión a la dignidad de la mujer que ha neutralizado de tal modo nuestra capacidad de rebeldía, que sólo es noticia cuando cobra un formato inaudito. Veamos: (mais…)

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David Harvey vê a revolta curda e o pós-capitalismo

De Madri a Kobane, metrópoles são cada vez mais centrais para superar sistema, diz geógrafo — mas esquerda clássica prefere acalentar visão romântica sobre luta de classes

Entrevista a Sardar Saadi, na Roarmag  | Tradução Pedro Lucas Dulci – Outras Palavras

David Harvey é Professor de Antropologia e Geografia no Centro de Pós-Graduação da Universidade da Cidade de Nova York (CUNY). Ele estava na cidade de Diyarbakir, próxima ao Curdistão turco, para uma visita à região e também para participar de um painel na primeira Feira do Livro Amed com seu mais recente livro, Dezessete Contradições e o fim do capitalismo, traduzido em turco pela Sel Publishing. O colaborador da ROAR Sardar Saadi sentou-se com ele para uma entrevista. (mais…)

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