Quem não reagiu também está morto, por Marcelo Semer

Em Justificando

Na semana que passou, Osasco, na grande São Paulo, amanheceu com a notícia de uma grande chacina. Dezoito pessoas foram mortas a sangue frio.

As investigações da polícia civil se iniciaram apontando para uma possível vingança de policiais militares a um latrocínio ocorrido na semana anterior. O modus operandi das execuções, a separação de vítimas por antecedentes criminais, as armas privativas, detalhes de calçados flagrados nas câmaras ajudam a engrossar a hipótese, que levou inúmeros PMs a serem ouvidos nos dias que se seguiram ao massacre. Guardas municipais também foram chamados pela polícia. (mais…)

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Você é guiado pelo amor às suas próprias ideias ou pelo ódio ao outro?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Se você faz um comentário crítico sobre uma política de um grupo A, o torcedor do grupo B posta que você é “gênio da raça”. No momento seguinte, ao fazer um comentário ácido sobre uma bandeira de B, o mesmo tercedor diz que você é o “maior débil mental da face da Terra”. Se você goza de C, o cara de B volta a dizer que você é rei. Para, depois, sugerir que seja “processado” e “morto” quando fala novamente de B, quando B dá margem para isso. (mais…)

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Deputado do PSDB-RN quer limitar debate político dentro da sala de aula

Rogério Miranda propõe que professores que promoverem “assédio ideológico” devem ser presos

Por Tâmara Teixeira, em O Tempo

Uma das atividades preferidas dos alunos do professor de geografia Giovanni Pinto é a que simula um júri para tratar política e temas polêmicos em sala de aula, como a discussão sobre maioridade penal. Curiosos para participar dos debates sobre temas importantes para o país, os jovens enchem o educador de perguntas sobre corrupção e economia. Os debates na sala do docente e em dezenas de milhares de outras escolas Brasil afora – tão comuns, principalmente, nesse momento de crise –, podem, no entanto, virar caso de polícia. (mais…)

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Urânio contamina água na Bahia

Há 15 anos extração em única mina explorada na América Latina é feita pela Indústrias Nucleares do Brasil, estatal federal que sempre negava problema

Por André Borges e Dida Sampaio, no Estadão

CAETITÉ E LAGOA REAL (BA) – Uma tampa de ferro cobre a boca do poço, no sítio de Osvaldo Antônio de Jesus. A proteção enferrujada tem um furo no meio. Abaixo dela, um reservatório com 90 metros de profundidade está cheio d’água. Osvaldo ergue a tampa e aponta o líquido, um bem precioso para quem vive por esses cantos de Lagoa Real, no sertão da Bahia. Por cerca de um ano, foi esse o poço que garantiu boa parte do consumo diário de sua família. Há poucas semanas, porém, nenhuma gota pôde mais ser retirada dali. Sua água está contaminada por urânio. (mais…)

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Após denúncia, água contaminada por urânio é vetada

Ministra do Meio Ambiente mandou suspender consumo: presença de metal em poço na Bahia foi revelada por reportagem do ‘Estado’

Por André Borges, no Estadão

O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinaram a suspensão imediata do consumo da água dos poços da região onde foi constatada contaminação por alto teor de urânio na Bahia. A decisão de apuração imediata da situação foi ordenada diretamente pela ministra Izabella Teixeira, assim que ela soube da denúncia em reportagem publicada neste sábado no Estado. (mais…)

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Miçangas no Museu: o mundo se faz de contas, por José Ribamar Bessa Freire

“Aí está a miçanga que nós chamamos de samura. Está certo que é o branco que fabrica, mas quando chega na mão do índio ela vai se transformando. Então, na medida que a mulher vai trabalhando, enfiando a miçanga, ela já está enfiando o conhecimento dela dentro da miçanga” (João Tiriyó).

Em Taqui Pra Ti

Parece até que foi encomendado. O vento forte e a chuva de granizo que caiu nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, perfumou o Museu do Índio com cheiro de terra molhada durante a abertura da mega-exposição “No caminho da miçanga – um mundo que se faz de contas”. O Museu estava até o tucupi de gente. Tinha gente saindo pelo Cunha. Cerca de 500 pessoas se acotovelavam para ver os conhecimentos enfiados pelas mulheres indígenas dentro de 700 peças de rara beleza confeccionadas com miçangas coloridas, além de fotos, filmes, hipertextos e instalações multimídia. (mais…)

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O Cerrado é onde manda quem é forte?

Fronteira agrícola avança no Oeste Baiano e proximidade já preocupa o território do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu

Em Mosaico

Uma atuação descompassada com as políticas de conservação ambiental vem chamando a atenção nos últimos meses no Brasil, no que diz respeito aos conflitos e impactos em torno do ambiente do Cerrado brasileiro e seus povos e comunidades. A mola propulsora desse movimento está atrelada a cultura da soja, como vetor de expansão da fronteira agrícola em áreas do interior brasileiro, nos “gerais”, onde as populações do Cerrado estão constantemente ameaçadas. (mais…)

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Mais de 60 mil pessoas morreram no maior manicômio do Brasil

Por Manuela Castro, da TV Brasil

Ao longo do século passado, a única solução para pessoas com transtornos mentais era o isolamento em manicômios. O maior do Brasil foi o Colônia, que começou a funcionar em 1903, em Barbacena (MG). Lá, pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida numa trajetória de quase um século de desrespeitos aos direitos humanos.

Hiram Firmino foi um dos poucos jornalistas a entrar no hospício, no fim da década de 1970. Ele escreveu diversas matérias com denúncias sobre os horrores que viu no Colônia. “Mulher é um símbolo de beleza. Para mim, foi chocante ver as mulheres do hospício no chão, sujas, igual bicho, quase todas nuas, no meio de fezes, urina, rato, dormindo em capim. Agora ver as crianças no mesmo estado, com um pneu velho o dia inteiro, que era a única coisa que tinham para brincar, foi ainda pior”, desabafa o jornalista. (mais…)

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“A economia verde: a nova cara do capitalismo” – coletânea para baixar

Fundação Heinrich Böll Brasil

“A economia verde: a nova cara do capitalismo” é uma coletânea de artigos crítica à vertente, por considerá-la benéfica apenas para os empresários que se envolvem em projetos tidos como ecologicamente sustentáveis, os quais, na verdade, não gerariam nada além de lucro. A publicação contém diversos boxes didáticos sobre temas como os créditos de carbono e o novo código florestal, e aborda também história da economia verde e as tecnologias a ela relacionadas. (mais…)

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Financeirização da Natureza será debatida de amanhã, 24, a 27/08, em Belém

Fundação Böll

Cerca de 80 pessoas estarão reunidas em Belém para a Conferência Latino-Americana sobre Financeirização da Natureza. O encontro acontece de 24 a 27de agosto com a expectativa de gerar muitos debates e reflexões sobre a mercantilização e financeirização da natureza que gera impactos e violações de direitos das comunidades tradicionais e riscos para os bens comuns. Há uma grande preocupação com os projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais, como REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). Muitas vezes eles invertem a realidade sobre quem é responsável pelo desmatamento, além do fato de que ao ingressarem nesses projetos, as comunidades correm sérios riscos de perderem o direito a tomar decisão sobre o uso e o futuro de seus territórios e pelos impactos em seus modos de vida e identidade. (mais…)

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