Indígenas caminham por 3 km em cortejo de liderança morta em conflito

Por Priscilla Peres e Antonio Marques, no Campo Grande News

Cerca de 40 índios fazem neste momento, uma cerimônia fúnebre em torno do corpo do indígena Kaiowá Guarani Semião Fernandes Vilhalva, 24, morto ontem durante conflito por disputa de terra em Antônio João – distante 279 km de Campo Grande.

O corpo está sendo levado por um carro da funerária para a fazenda Fronteira, onde ele foi morto. Os indígenas acompanham o veículo em caminhada, sob um sol de 35°C por cerca de 3 quilômetros, enquanto fazem suas orações. (mais…)

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Índios isolados saem da aldeia sem resistência para doenças comuns

Vídeos obtidos pelo EL PAÍS mostram parte do grupo que deixou o isolamento em 2014

Por Talita Bedinelli, de Santa Rosa do Purus (AC), em El País

Há um ano, um vídeo que mostrava sete homens quase nus, com cabelos cortados à tigelinha e que tentavam uma aproximação com índios ashaninka em uma terra indígena do Acre, na fronteira do Peru com o Brasil, causava alvoroço no país. Eles faziam parte da etnia Sapanahua, que até aquele momento tinha escolhido viver de forma isolada, no meio da floresta, mas procurava ajuda para fugir de pistoleiros peruanos que atacaram seu povo.

Desde aquela primeira aparição, em 27 de junho de 2014, quase 30 índios da etnia decidiram deixar o isolamento. Entre eles, mulheres e ao menos seis crianças. Neste período, um bebê nasceu. E todos pegaram gripe, doença para a qual não têm imunidade. (mais…)

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Vídeo: Com criança baleada e fome, índios estão acuados em Antônio João

Índios, que tiveram motos queimadas, garantem fazenda preservada

Por Evelin Araujo e Jéssica Benitez, de Antônio João, no Midiamax

São cerca de 300 os índios que estão na Fazenda Fronteira neste domingo (30), em Antônio João, a 402 quilômetros de Campo Grande. Por lá, a cena é de desolação após a troca de tiros com os fazendeiros: índios acuados, sem acesso a comida e dezenas de crianças com fome.

Uma delas, de um ano de idade, foi ferida com um tiro de borracha na cabeça. Um homem, na sobrancelha. Outra índia mostra as marcas pelo corpo das agressões sofridas. Aos poucos, eles chegam e se abrem para contar suas histórias e pedir por um socorro: comida. (mais…)

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Lançada revista Animus sobre “Comunicação, Identidades Raciais e Racismo” (para baixar)

Nota editorial

Curadores: Liv Sovik e Thiago Ansel*

O convite da revista Animus aos pesquisadores em Comunicação para submeter trabalhos para um dossiê sobre o tema “Comunicação, Identidades Raciais e Racismo”, veiculado pela lista da COMPÓS, recebeu um numero recorde de submissões na experiência da revista. O tamanho da vontade de publicar sobre o tema fala, ao nosso ver, de uma demanda represada, principalmente entre pós-graduandas e
pós-graduandos que constituíram a maioria desses autores. Demanda represada porque o tema está muito vivo na sociedade brasileira e nas experiências de um crescente número de estudantes negros e negras, matriculados nos programas de pósgraduação em Comunicação, mas pouco discutido na área. (mais…)

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A Universidade e os crimes contra os índios, por José Ribamar Bessa Freire

Em Taqui Pra Ti

“Nesta hora que estamos conversando aqui alguém deve estar matando um índio, só que nós só vamos saber muito mais tarde, quando o índio já está morto. É a cobiça da terra, a cobiça do subsolo e a cobiça das riquezas naturais” (Noel Nutels, CPI do Índio, 20/11/1968).

A universidade começa a pesquisar o Relatório Figueiredo, um conjunto documental de 30 volumes com mais de 7 mil páginas que ficou esquecido durante quarenta e cinco anos e que trata dos crimes cometidos contra os índios. Na quinta-feira (27), uma dissertação de mestrado foi defendida na Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) por Elena Guimarães. Antes, na terça (25), foi o exame de qualificação de André Luís Sant’Anna no Mestrado em Relações Étnicorraciais do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-RJ). (mais…)

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Nota Pública: Ruralistas comandam Estado Paramilitar no Mato Grosso do Sul

Secretariado Nacional do Conselho Indigenista Missionário

Há alguns anos, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) passou a denunciar a atuação de forças paramilitares, comandadas por grupos ruralistas, em ataques contra povos indígenas no Brasil e, particularmente, no Mato Grosso do Sul. A impunidade e a complacência das autoridades brasileiras com estes grupos possibilitaram que os mesmos radicalizassem em suas estratégias, alheias ao Estado Democrático de Direito.

O ataque perpetrado por fazendeiros contra o povo Guarani e Kaiowá, que culminou no assassinato de Simão Vilhalva, na manhã deste sábado, 29, no município de Antônio João, demonstra que o ruralismo organizou e comanda um verdadeiro Estado Paramilitar no Mato Grosso do Sul. Fica evidente que o objetivo do Estado Paramilitar ruralista é o de eliminar os povos originários e seus aliados e continuar invadindo e explorando os territórios destes povos. (mais…)

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Pequena contribuição ao STF do ‘marco temporal’ x o revoltante esbulho de Ñande Ru Marangatu

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Gostaria de poder fazê-lo, mas não pretendo, em absoluto, ir além de uma mera contribuição para os debates que envolvem parte dos integrantes do Supremo Tribunal Federal e os povos indígenas do território hoje chamado Brasil.  Para isso, resgato abaixo um pequeno fragmento do laudo antropológico e histórico de  Ñande Ru Marangatu, “terra kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul”, de autoria de Jorge Eremites de Oliveira e Levi Marques Pereira, elaborado em 2009.  (mais…)

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Líder indígena é assassinado em ataque de fazendeiros no Mato Grosso do Sul

O ataque contra os Guarani Kaiowá foi organizado na sede do sindicato dos ruralistas do município de Antônio João (MS) e resultou no assassinato do líder Simião Vilhalva

Por Cristiano Navarro, em Le Monde Diplomatique

Hoje [Ontem] pela manhã, um grupo de fazendeiros reuniu-se no sindicato rural na cidade de Antônio João (MS), fronteira com Paraguai, e decidiu realizar um ataque contra a comunidade indígena de Nhanderu Marangatu.

Segundo informações do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), dezenas de homens armados saíram da sede da representação ruralista em cerca de 40 caminhonetes para expulsar as famílias indígenas que ocupavam a Fazenda Barra. Dezenas de pessoas ficaram feridas e, até o momento, está confirmada a morte do líder Simião Vilhalva. (mais…)

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Cadê o Parque Municipal da Serra da Misericórdia?

Rio On Watch

Em 16 de dezembro de 2010 o Prefeito Eduardo Paes assinou o Decreto 33.280 criando o Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia, na região da Leopolidina, na Zona Norte do Rio. Em 2012, o projeto recebeu um investimento R$15 milhões, dos quais cerca de R$11 milhões vieram da fundação socioambiental da Caixa Econômica Federal. No entanto, foi descoberto recentemente que o projeto foi abandonado e os fundos devolvidos.

Moradores e grupos ambientais da Zona Norte estão exigindo a resposta da prefeitura, perguntando: “Cadê o Parque Municipal da Serra da Misericórdia?“ (mais…)

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Ñande Ru Marangatú: novas violações de direitos

Omissão do Estado brasileiro e milícias de fazendeiros produzem mais mortes

Por Rogério Batalha Rocha, advogado, no Cimi

Como foi falado por lideranças indígenas do estado de Mato Grosso do Sul, durante a cúpula dos povos/Rio+20 realizada na cidade do Rio de Janeiro no dia 21 de junho de 2012, “o Estado brasileiro não mede esforços para mostrar ao mundo um Brasil que não existe”.

Não bastasse os já assegurados direitos indígenas em nossa Constituição Federal de 1988 (artigo 231), para o mundo, o Brasil é signatário da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Autóctones, de 13 de setembro de 2007, que reconheceu importantes direitos em Assembleia da ONU. Fundamentalmente, o Artigo 26 do pacto internacional assegura o reconhecimento e demarcação dos territórios tradicionais indígenas de todo o mundo. (mais…)

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