Podemos, contra o sistema, porém no governo?

Reflexões sobre o partido-movimento espanhol, a partir do livro de Pablo Iglesias. Inovação: ser pós-capitalista, sem ser autoritário. Problema: poesia suprirá lacunas teóricas?

Por Benedetto Vecchi, no Il Manifesto | Tradução: Antonio Martins| Imagem: Deih, em Valencia, Espanha – Outras Palavras

Populismo 2.0 é a expressão usada habitualmente para qualificar a experiência política do Podemos, o partido espanhol que sacudiu o panorama político ibérico. Os analistas, como sempre, colocam em evidência as distâncias, os elementos de descontinuidade em relação ao pensamento político clássico. Ao fazê-lo, procuram inscrever esta jovem formação na família do populismo de matriz latino-americana, demonizado na Europa. A leitura de Desobedientes – de Chiapas a Madri, de Pablo Iglesias, explode tal simplificação em mil pedaços. Com uma ressalva: não se desmente a qualificação de antissistemaatribuída ao partido – ela é enriquecida, ao contrário, de novos elementos, que incluem o Podemos na crítica à democracia representativa. O que não exclui, porém, uma forma institucional fundada num equilíbrio dinâmico entre a democracia direta e sua forma representativa – além do reconhecimento de processos de autogoverno articulados pela sociedade civil por meio de projetos como cooperativas sociais, organizações de mútuo socorro e sindicalismo de base, coordenados em rede. (mais…)

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“Parlamento reconhece existência do racismo institucional e genocídio contra juventude negra”, afirma deputado

Declaração foi feita pelo presidente da CPI da Violência Contra Jovens Negros durante a 51ª reunião ordinária do CNPIR, realizada nesta quarta e quinta-feira

SEPPIR

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e o desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), esteve reunido com o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) nesta quarta-feira (29). O encontro aconteceu no âmbito da 51ª Reunião Ordinária do CNPIR. (mais…)

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Indígenas e quilombolas de Oriximiná (PA) entram em acordo sobre limites de terras

Resolvido impasse sobre áreas, expectativa das comunidades é de que regularização fundiária possa ser concluída

MPF/PA

Lideranças indígenas e quilombolas de Oriximiná, no noroeste do Pará, assinaram nesta quinta-feira, 30 de julho, acordo que resolve impasse relativo à sobreposição de áreas da comunidade quilombola de Cachoeira Porteira e da Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana. O acordo determina que uma área onde estão cinco aldeias indígenas continuará com os índios, que cederão aos quilombolas área de mesmo tamanho. (mais…)

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Matadores de Índios: como agem os neo-bugreiros no sul do Brasil

O Indigenista

Bugreiros é o nome pelo qual ficaram conhecidos os indivíduos especializados em atacar e exterminar indígenas brasileiros e que eram contratados pelos colonos imigrantes e pelos governos provinciais do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O termo se origina da palavra bugre, como eram conhecidos pejorativamente os indígenas do sul do Brasil. Atualmente eles continuam agindo com outras armas. Entenda como pensam e o que fazem os neo-bugreiros. (mais…)

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Observatório de Remoções: conflitos fundiários, lutas e histórias de vida

Por Equipe do Observatório de Remoções*

Tendo como paradigma a experiência “Por um observatório das Remoções no Município de São Paulo”, que reuniu, em 2012, diversas pesquisas em andamento no LabHab (Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos) e no LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade), da FAUUSP, iniciamos um projeto de mapeamento de processos que envolvem despejos e remoções, visando também o apoio a comunidades afetadas e o intercâmbio de informações com outros observatórios nacionais e internacionais. (mais…)

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Justiça acata ação do MPF e determina a retirada do ar do site “Tudo Sobre Todos”

Site tem domínio registrado no Reino da Suécia, enquanto a empresa responsável, a Top Documents LLC, seria sediada na República de Seicheles

por Emily Canto Nunes, iG São Paulo

A Justiça Federal deferiu integralmente a liminar pedida pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) e determinou a retirada do ar do site que divulga informações pessoais de brasileiros, o Tudo Sobre Todos. (mais…)

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Nota do Cimi Amazônia Ocidental sobre a morte da liderança Txate Ashaninka

Por Rosenilda Nunes Padilha, Coordenadora Cimi Regional Amazônia Ocidental

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Amazônia Ocidental vem, por meio desta nota pública, externar seu profundo pesar pelo falecimento do lider indígena Txate Ashaninka (foto), do povo Ashaninka, aldeia Kokaçu, Terra Indígena Ashaninka e Isolados do Envira, Alto Rio Envira, município de Feijó. (mais…)

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Por expulsão de madeireiros, indígenas Ka’apor bloqueiam BR-316 no Maranhão

Por Carolina Fasolo, Assessoria de Comunicação – Cimi

Cerca de 100 indígenas do povo Ka’apor bloqueiam, desde as 5 horas desta quinta-feira (30), os dois sentidos da rodovia BR-316, entre os municípios de Nova Olinda e Zé Doca, noroeste do Maranhão. Os indígenas protestam contra a exploração ilegal de madeira na Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu e a morosidade nas investigações acerca do assassinato de Eusébio, liderança morta em abril a mando de madeireiros. “A polícia não dá nenhuma resposta, parece estar resguardando os suspeitos. Não intimou nenhum madeireiro a depor”, diz uma liderança. (mais…)

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Ação urgente: Comunidade indígena Apika’y em risco de despejo forçado

“A gente só pode ‘ser’ aqui, no lugar onde sempre vivemos”

Anistia Internacional

Quinze famílias da comunidade indígena Apika’y na região centro-oeste do Brasil serão despejadas à força no início de agosto caso uma decisão judicial pela Justiça Federal de Dourados, emitida em 21 de maio, seja levada adiante.

O despejo forçado da comunidade Apika’y, que faz parte dos Guarani-Kaiowá, está prevista para o início de agosto. A comunidade recebeu inicialmente uma notificação com antecedência de apenas 10 dias sobre a decisão de expulsá-la, não foi consultada e não lhe foi oferecida qualquer alternativa de alojamento. Isto significa que a operação prevista será um despejo forçado, o que é ilegal sob a lei internacional e contrária às obrigações de direitos humanos do Brasil. (mais…)

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