Dados divulgados pela coordenadora do Distrito Sanitário Indígena do Leste de Roraima perante mais de 1.200 lideranças indígenas presentes na 44ª Assembleia Geral do CIR: a SESAI conta hoje com um orçamento de mais de Um Bilhão de Reais para assistência à saúde das comunidades indígenas, dos quais 650 Milhões vão para recursos humanos (em grande parte repassados para somente três grandes convênios com Ongs escolhidas sem nenhuma transparência). No mesmo evento foi apresentado o orçamento total disposto pela FUNAI em 2014: 170 Milhões de Reais, para políticas de regularização e gestão das terras indígenas em todo o país, o que demonstra claramente as prioridades e artimanhas utilizadas pelo governo federal no uso do dinheiro público. (mais…)
Month: março 2015

Nossos direitos são sagrados
Católicas pelo Direito de Decidir
Este vídeo faz parte de nossa campanha “O Direito de Decidir é Sagrado” produzida especialmente para o Dia Internacional da Mulher. Trata-se de uma saudação a todas as brasileiras e mulheres no mundo que lutam por seus direitos. Mesmo aquelas que não são ativistas sabem dos desafios de ser mulher em um mundo marcado pelo capitalismo, machismo, racismo, bifobia, lesbofobia e transfobia. E cada uma do seu lugar luta para subverter estas lógicas e para a garantia de um mundo melhor. (mais…)

Democracia através da tecnologia: o acesso à internet nas favelas do Rio
Este artigo inaugura a coluna do pesquisador convidado Jeffrey Omari*, sobre tecnologia da informação e comunicação nas favelas do Rio.
Por Jeffrey Omari, no RioOnWatch
Um morador de uma favela na Zona Norte contou uma história de como o proprietário do imóvel em que reside lhe deu um aviso para desocupar seu apartamento e exigiu que ele se mudasse rapidamente. O morador tinha outras opções de moradia na favela e não estava muito preocupado. Ele achou cômico, entretanto, o proprietário ter enviado o aviso através do Facebook. Segundo ele, receber esse tipo de correspondência formal através das informais redes sociais, como o Facebook, é cada vez mais comum em favelas pelo Rio de Janeiro. (mais…)

O STF escolhe: o cidadão ou o poder econômico?, por Kenarik Boujikian
“… a soberania popular (que cada magistrado exerce, em cada caso e sempre em nome do povo) não pode ficar na mão de uma pessoa, em um órgão colegiado. (…) O Tribunal não pode ficar ao talante de um de seus membros”.
Kenarik Boujikian, especial para o Viomundo
Cada dia fica mais claro que o Brasil necessita de uma real reforma política, a ser feita por eleitos para este fim específico e sem que o sejam às custas de empresas. Este desafio não pode ser exercido por este Congresso e nem se está a imaginar que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa fazê-lo. Evidente que não, mas cabe ao STF dizer se a lei, que permite que as empresas e os ricos mandem nas eleições, deve valer ou não para as próximas campanhas. (mais…)

Conversão ou morte social, pela cruz e pela bala
Por Leo Moreira Sá, especial para os #JornalistasLivres
Depois da bizarra propaganda pela intervenção militar que se assistiu dentro do ato pelo impeachment do dia 15/03, a artilharia pesada da bancada da bala (políticos ex-policiais e militares), aliada aos fundamentalistas religiosos, volta a mirar as populações socialmente vulneráveis.
Pessoas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) sempre foram os alvos prioritários dessa turma, mas, desta vez, é a comunidade Trans que está mais fortemente na linha de tiro, depois que apenas alguns poucos direitos foram conquistados a duras penas. (mais…)

A violência implícita nos “desertos verdes”
Ao destruir mudas transgênicas de eucalipto, MST chama atenção para cultivos que deslocam agricultores familiares, ampliam crise hídrica e devastam biodiversidade
Por Daniel M. Demeter, no Petripuc/Outras Palavras
Em 5 de Março, um grupo de aproximadamente mil mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST ocupou, na cidade de Itapetininga (SP), área da FuturaGene, destruindo um número não divulgado de mudas de eucalipto transgênicas. (mais…)

Conselho Regional de Psicologia SP contra redução da maioridade penal: ‘Estado deve promover direitos de crianças e adolescentes, não criminalizá-los’
Quando alguém morre, ou é assassinado, ou tem um direito violado por um ato cometido por um adolescente, isso ganha visibilidade na mídia imediatamente, com a maior força! Mas, todos os dias, adolescentes são assassinados nas periferias das grandes cidades, e isso não ganha visibilidade na mídia!
Por Laura Capriglione, especial para o Jornalistas Livres, no Opera Mundi
Os psicólogos lidam com as questões do desenvolvimento humano de uma perspectiva profissional e científica. Nesta medida, é importantíssimo o posicionamento do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, contrário ao projeto de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. (mais…)

Ainda a escravidão
Na Bahia, porta de entrada dos conquistadores portugueses, resiste um sistema de trabalho do período colonial. Veja o ensaio do fotógrafo Marcio Pimenta
por Marcio Pimenta, A Pública
Na década de 80, a cada quinze dias eu cruzava as estradas do Recôncavo com os meus pais em direção ao sítio onde passávamos o tempo livre. Saindo da capital do estado, Salvador, nos meses de janeiro a março, eu sabia que quando surgisse no ar o odor das queimadas nas plantações de cana de açúcar atravessaríamos a bela Ponte Imperial Dom Pedro II – inaugurada com a presença do próprio imperador – e logo estaríamos em nosso destino. Percorríamos as queimadas das plantações de cana por quilômetros e mais quilômetros e, do carro, eu podia ver dezenas de homens de um vigor que impressionava, todos eles negros e sujos de fuligem, cortando ou carregando grandes troços de cana. (mais…)

O bom combate de Marilena Chauí
Pedro Leal David, Informe ENSP
Do lado de fora, já era possível ouvir o burburinho. Era dia de casa cheia. Na quarta-feira, 18/03, estudantes, pesquisadores e funcionários da Fiocruz lotaram o auditório do Museu da Vida para assistir à aula inaugural do ano letivo da Escola Nacional de Saúde Pública. O motivo de tanta mobilização tinha um nome: Marilena Chauí. A professora de filosofia da Universidade de São Paulo foi recebida com entusiasmo pelo público, que, meia hora antes de sua palestra, já ocupava as cadeiras do salão e passou a se espalhar pelas laterais, em pé, ou sentado no chão. Todos queriam ouvir essa senhora que, aos 73 anos, não foge ao combate ao qual se dispôs a lutar durante sua vida com sua arma mais afiada: o pensamento. Assista ao final da matéria a íntegra da palestra. (mais…)

O desafio de ouvir um grito indígena em meio ao indizível da catástrofe
Por Michele Gonçalves e Susana Dias, ClimaCom Cultura Científica
Para os Yawanawa, povo de língua Pano da Amazônia Ocidental, no começo do mundo não havia nada, mas já havia pessoas. Os Aikewara, Tupis que vivem no outro extremo da Amazônia, dizem que na origem do mundo só havia gente e jabotis. Os Ashaninka, povo Campa que vive no sudoeste do Acre, explicam que o desenvolvimento do universo se deu com a humanidade como substância primordial, que foi se diversificando e transformando em corpos celestes, plantas, animais e outras coisas e seres do universo. Os conceitos de humano, natureza e cultura são completamente distintos dos não-indígenas, ditos ocidentais e brancos. (mais…)