Dissertação de mestrado derruba mito do uso seguro de agrotóxicos

morte e agrotóxico

Entre os aspectos levantados em dissertação de mestrado, estão o descarte inadequado e a aquisição do veneno sem qualquer instrução

Por Any Cometti, em Século Diário

A Campanha Contra os Agrotóxicos divulgou uma pesquisa que comprova a inviabilidade do uso seguro de agrotóxicos. A dissertação de mestrado do pesquisador Pedro Henrique de Abreu conclui claramente que  “[não existe] viabilidade de cumprimento das inúmeras e complexas medidas de “uso seguro” de agrotóxicos no contexto socioeconômico destes trabalhadores rurais”.  O trabalho foi aprovado no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A pesquisa foi feita no município de Lavras (MG), onde foram visitadas 81 unidades de produção familiar em 19 comunidades. O pesquisador tentou verificar a viabilidade do cumprimento dos manuais de segurança da indústria química e do Estado na agricultura familiar. Durante a pesquisa, foi possível constatar que a aquisição dos agrotóxicos é feita sem perícia técnica e a receita é fornecida por funcionários das lojas, sem que os agricultores recebam instruções na hora da compra.Além disso, o transporte dos produtos tóxicos é feito nos veículos convencionais, que não atendem aos requerimentos de segurança. Os agricultores também não recebem os documentos de segurança necessários para a operação.

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Inédito: hospital chileno respetó la cultura mapuche y entregó la placenta a la familia de un recién nacido

Cecilia Henríquez y Ramón Llanquileo (Imagen Gentileza)
Cecilia Henríquez y Ramón Llanquileo (Imagen Gentileza)

De esta manera se honró la cultura de los nativos, que creen que la placenta debe ser enterrada bajo un árbol para darle protección al bebé

Los Andes

En un hecho histórico tras nacer un bebé, un hospital chileno entregó la placenta a una familia Mapuche proveniente de la Comuna de Tirúa.

El Hospital de Curanilahue, de la provincia de Arauco, entregó ayer a Cecilia Henríquez y Ramón Llanquileo la placenta de su hijo recién nacido, permitiendo así que los padres pudieran llevar a cabo la tradición mapuche que consistente en enterrarla bajo un árbol nativo con el objeto de fortalecer la salud del pequeño.

El Servicio de Salud dio así un gran paso hacia lo establecido en el Convenio 169 de la Organización Internacional del Trabajo (OIT), ratificado por Chile en 2009 y que señala que los Servicios de Salud deberán ofrecer a la comunidad de pueblos originarios los métodos de prevención, prácticas curativas y medicamentos tradicionales propios de las comunidades originarias, manteniendo al mismo tiempo vínculos con el resto de niveles de asistencia sanitaria. (mais…)

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Com indenizações baixas, Belo Monte ameaça criar geração de sem-teto no Pará

Moradores de Altamira (PA) protestam durante audiência pública para discutir a desapropriação de imóveis. Foto: MPF
Moradores de Altamira (PA) protestam durante audiência pública para discutir a desapropriação de imóveis. Foto: MPF

Por Carlos Madeiro, do UOL, em Maceió

Moradores de Altamira, no Pará, resistem em deixar suas casas para dar lugar ao avanço das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. O problema é o valor das indenizações propostas pelo consórcio responsável pela construção, insuficientes, segundo eles, para compra de novas moradias. O impasse pode gerar uma geração de sem-teto.

Belo Monte é a maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com gastos previstos de R$ 28,9 bilhões. O governo federal diz que a usina, quando pronta, vai beneficiar 18 milhões de pessoas.

Segundo o cadastro feito pela Norte Energia S.A., responsável pela obra –e informado pelo MPF (Ministério Público Federal)–, 8.000 famílias terão de deixar suas casas durante o cronograma das obras. Dessas, 600 são indígenas. (mais…)

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“Não somos uma experimento”, diz líder do partido novato Podemos

Encerramento da assembleia cidadã de Podemos, dia 15 de Novembro. Foto de Uly Martin
Encerramento da assembleia cidadã de Podemos, dia 15 de Novembro. Foto de Uly Martin

Por Francesco Maneto, em El País

Pablo Iglesias pronunciou neste sábado seu primeiro discurso como secretário-geral do partido Podemos, destacando suas prioridades estratégicas e institucionais. Em primeiro lugar, vencer as eleições gerais de 2015. Em segundo, iniciar “um processo constituinte para abrir o cadeado de 78 e discutir tudo”. Essa declaração de intenções está no DNA do partido, que hoje se firmou oficialmente como força política organizada depois de um avanço de dez meses nos quais, segundo todas as pesquisas, foi-se afirmando como nova opção ao bipartidarismo. Nas palavras de Iglesias, o Podemos é uma “alternativa diante de um regime que está caindo”, em referência a PP, PSOE e ao pacto constitucional.

O líder do partido, que ainda não tem um programa definido, quis deixar claro aos seus que agora começa o trecho mais tortuoso de sua trajetória política. “As verdadeiras dificuldades começam agora, e quando ganharmos as eleições em dezembro do próximo ano começarão as dificuldades de verdade”, alertou do palco do Teatro Nuevo Apolo, em Madri, durante o ato de proclamação da direção do partido. Na sala cheia foi feita a entrega do poder interno do partido ao grupo de fundadores, encabeçado por Iglesias, Íñigo Errejón, Carolina Bescansa, Juan Carlos Monedero e Luis Alegre.

A equipe encarregada de organizar a assembleia do partido apresentou os resultados da votação da nova cúpula do Podemos, um órgão chamado Conselho Cidadão, formado atualmente por 62 cargos (além de Iglesias), com número igual de homens e mulheres. A eles se somarão nas próximas semanas os 17 representantes das comunidades autônomas. (mais…)

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Armandinho – um sopro de esperança, por Elaine Tavares

armandinho

Em Palavras Insurgentes

Num país onde o colonialismo mental é a regra, ele é a melhor coisa que aconteceu nos últimos anos. Armandinho, o gurizinho sorridente que, tendo um sapo por amigo pessoal, faz e diz coisas que nos enchem de ternura. O personagem é criação de um florianopolitano, Alexandre Beck, que hoje vive em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Agrônomo, publicitário e ilustrador, Alexandre juntou toda essa diversidade de formação para dar vida a esse personagem que é todo pureza, coisa que vive nele também a considerar sua carinha sapeca, ainda que passando dos 40.

As tirinhas, divulgadas pela página do facebook, viraram um febre nacional, muito possivelmente por conta de sua delicadeza diante da vida. Na linha de mitos como Calvin e Mafalda, Armandinho desvela esse mundo infantil que nunca deveria sair de nós. Sua alegria/leveza/doçura nos atravessa como uma espada flamejante a pedir que o coração assuma a condução do barco da vida. E é o que fazemos.

Armandinho desperta em nós todas as coisas boas que existem no humano e que vão se petrificando conforme a vida corre. Assim, se debruçar sobre as tirinhas é fazer esse movimento de amolecimento da crosta, permitindo que a criança que fomos volte a viver. E, sem que nos demos conta, através de suas pequenas travessuras e rompantes de belezas, vamos ficando melhores. O sorriso se abre, a lágrima cai, a ternura brota.

O Armandinho já é eterno. Viverá para sempre…

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Aldeias indígenas começam a sofrer com doenças típicas das cidades, como obesidade, hipertensão, diabetes e alcoolismo

Grupos do Uaçá

Por Guilherme Rosas, na Unesp Ciência

Desde o início da colonização, as doenças do homem branco têm representado um flagelo para as populações indígenas das Américas. Junto com os primeiros exploradores portugueses e espanhóis, desembarcaram no continente vírus típicos da Europa, como os do sarampo, da varíola, da rubéola e da gripe. Aqui, encontraram populações que careciam de imunidade contra esses males. O resultado foi uma devastação. O Brasil, antes de 1500, possuía mais de 5 milhões de habitantes. A partir da chegada dos portugueses, a população indígena começou a declinar rapidamente, principalmente por causa dessas epidemias, segundo a Fundação Nacional de Saúde. Nos anos 1970, não passavam de 100.000 em todo o território nacional. De lá para cá, medidas como a vacinação e o avanço no reconhecimento de terras indígenas conseguiram reverter esse quadro. Hoje, segundo dados do censo de 2010, a população já alcançou a marca de 800.000.

Nos últimos anos, no entanto, novas doenças do homem branco começam a se fazer presentes dentro das terras indígenas. Desta vez, não são patógenos que se alastram em uma população sem defesas, mas problemas causados pela adoção de um estilo de vida mais urbano, semelhante ao das grandes cidades. O antropólogo Laércio Dias, da Unesp de Marília, estuda como essas alterações afetam a saúde de grupos que vivem na região do rio Uaçá, no norte do Amapá, e já constatou um índice maior de obesidade, hipertensão, diabetes e abuso de álcool entre eles. “São doenças ligadas a mudanças na forma de trabalhar, de beber e de se alimentar, causadas principalmente pela presença de produtos industrializados produzidos fora da aldeia“, diz. (mais…)

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Hospital do Exército: Procuradores suspeitam que militares esconderam documentos da ditadura

Foto: Roberto Parizotti/CUT
Foto: Roberto Parizotti/CUT

Supressão de documentos é crime, previsto no Código Penal, e prevê pena de dois a seis anos de prisão

Folhapress/O Tempo

Ao realizarem buscas no Hospital Central do Exército (HCE), na zona norte do Rio, nesta sexta (14), procuradores da República e policiais federais descobriram numa garagem e em um prédio anexo ao hospital documentos de pessoas que passaram por lá entre 1940 e 1983. Não há registros de pacientes do HCE entre 1970 e 1974, em que há denúncias de presos do regime militar que passaram pela unidade.

Anteriormente às comissões estadual do Rio e nacional da Verdade, os militares haviam informado não dispor de tal documentação. Parte deste período compreende a ditadura militar (1964-1985). Por suspeitar de ocultação dos documentos, os procuradores da República, no Rio, irão sugerir até a segunda (17) a abertura de inquérito para apurar o caso.

A supressão de documentos é crime, previsto no Código Penal, e prevê pena de dois a seis anos de prisão. (mais…)

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