“Mafalda, la película”, é uma animação com áudio original em espanhol e legendado em português. Não há uma única história, mas várias, às vezes relacionadas entre si. Baseado nas tiras da turma da Mafalda, personagem do argentino Joaquín Salvador Lavado, conhecido por Quino.
Month: setembro 2014
Grupo Móvel de Fiscalização resgata 17 trabalhadores no Ceará
Ação ocorreu em parceria com outros órgãos. Vítimas foram flagradas em situação de trabalho análogo a escravo
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgataram nesta sexta-feira (26), 17 trabalhadores em situação de trabalho análogo a escravo em duas fazendas localizadas nos municípios de Viçosa do Ceará e Granja, no interior do Ceará. Os resgatados desenvolviam atividades relacionadas à extração do pó da carnaúba.
Os trabalhadores estavam instalados em alojamentos muito precários, em péssimas condições. Os alojamentos não tinham condições de conforto e higiene. Em uma das fazendas, os trabalhadores só ocupavam o alpendre de uma casa abandonada e na outra, havia trabalhadores dormindo ao relento debaixo de árvores. Não havia, ainda, disponibilização de instalações sanitárias e elétricas, e os alimentos eram armazenados de maneira inadequada, dentre outras irregularidades.
A operação é um desdobramento de ações já realizadas no final do ano passado e que tem por finalidade buscar a regularização do uso da mão de obra na cadeia produtiva advinda da extração do pó da palha da carnaúba, que tem, em sua etapa final, produto economicamente viável e de extrema importância na balança comercial no Estado do Ceará.
A ação fiscal teve inicio no último dia 17 de setembro. Foram pagas as verbas rescisórias devidas aos trabalhadores, o que resultou em valores superiores a R$ 30 mil – e a emissão dos autos de infração. Todos os trabalhadores resgatados receberão três parcelas de seguro-desemprego especial em razão das condições a que estavam submetidos, independente do tempo em que estavam trabalhando nas propriedades.
O artesanato Krahô
Por mentuwajê
A proposta do vídeo surgiu da necessidade de mostrar como se produz o artesanato Krahô. O Centro Cultural Kajrè, que é responsável pela venda do artesanato produzido na aldeia Pedra Branca, pediu ao Grupo Mentuwajê que preparassem um vídeo explicando todo o processo de confecção de uma peça, assim seria mais fácil a divulgação do trabalho e a venda das peças. Este vídeo é o resultado desse processo, e mostra as diferentes etapas necessárias para a confecção de um colar de tiririca, principal matéria prima do artesanato Krahô e uma das jóias do cerrado brasileiro.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Ruben Siqueira.
Vídeo Rio com MEDO
Dia 04 celebraremos mais um “Dia de São Francisco”, Santo e Rio. Aproveitando este momento em que muito se fala sobre a saúde do nosso velho rio, momento também eleitoral, decisivo para nosso país, segue a música “Medo”, que metaforiza o São Francisco relatando seu estado de saúde. A música é de Wilson Duarte (Zé Brocoió), cantada por Neto, Mundinho e Juninho, e caiu muito bem com as fotos do nosso saudoso João Zinclar Lima Silva. A montagem foi feita pelo jornalista Luis Osete há uns anos. (Érica Daiane – SFVivo – Submédio – Juazeiro-BA)
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Ruben Siqueira.
MST apresenta reivindicações e reafirma lutas para o próximo período aos candidatos de AL
Por Gustavo Marinho (texto e foto)
Da Página do MST
Reunindo cerca de 500 Sem Terra, o último encontro da coordenação estadual do MST, em Alagoas, aprovou uma carta aos oito candidatos ao governo do estado.
Para os camponeses e as camponesas esse é um importante momento para a reflexão e resolução dos problemas centrais na vida de cada alagoano.
“Os períodos eleitorais devem ser momentos de debate sobre as grandes questões estruturais da sociedade alagoana e brasileira, apontando a natureza de nossos problemas e as soluções necessárias”, pontuam na nota.
Dividida em dois eixos gerais, terra e assentamentos, a carta traz os principais elementos que vão nortear as lutas e o diálogo no período de mandato do próximo governo estadual, entre eles a exigência da desapropriação das fazendas endividadas com órgãos do governo, indícios de trabalho escravo e as terras às margens do Canal do Sertão à Reforma Agrária. (mais…)
Projeto para índios e comunidades tradicionais seleciona instituição até o dia 3
O processo de seleção da agência executora nacional, que irá gerir o projeto Mecanismo de Doação Dedicada para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais no Brasil (DGM-Brasil), ganhou novo prazo. As instituições interessadas podem enviar as propostas até 3 de outubro para o e-mail brasildgm@gmail.com. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é parceiro do Banco Mundial nesta iniciativa, juntamente com a Fundação Nacional do Índio (Funai). A instituição selecionada atuará como secretariado do Comitê Gestor do Projeto.
O DGM-Brasil, desenvolvido pelo Programa de Investimentos Florestais (FIP), tem como objetivo financiar ações visando reduzir os processos de desmatamento e degradação florestal em países tropicais. O projeto está sendo estabelecido para apoiar a participação dos povos indígenas e comunidades locais no desenvolvimento das estratégias de investimento, programas e projetos do FIP, além de promover modos de vida sustentáveis e adaptativos.
Critérios – A proposta da instituição interessada deve conter descrição das atividades já realizadas, apresentação da metodologia de trabalho e a lista e currículos de profissionais por área de especialização. A comissão de avaliação analisará as propostas recebidas dentro do prazo com base na adequação aos termos de referência.
A instituição que tiver maior pontuação, entre os critérios de experiência, metodologia de trabalho, qualificações e competências da equipe, será convidada para as negociações e apresentação de proposta financeira. O Banco Mundial assinará um acordo de doação com a instituição selecionada. (Fonte: MMA)
Candidatos ignoram maior crise hídrica da história, diz ambientalista
Embora o Brasil viva a maior crise hídrica de sua história, o tema está à margem do debate eleitoral, afirma o geógrafo Mário Mantovani, diretor da organização SOS Mata Atlântica. Nenhum candidato tem dado à questão a atenção que ela merece, o que diz muito sobre o forte retrocesso que tem havido na agenda ambiental brasileira”, ele afirma. A crise hídrica só entrou no debate eleitoral nos estados que enfrentam situação mais crítica, como São Paulo.
João Fellet – BBC Brasil
Em entrevista à BBC Brasil, Mantovani cita duas ações humanas que, segundo ele, ajudam a explicar o cenário atual. Uma delas é o desmatamento na Amazônia, que teria alterado o regime de chuvas no Centro-Sul do país. A outra, o afrouxamento das regras de proteção florestal nas margens de rios, chancelada pelo novo Código Florestal.
“Desde 1973, não conheço momento que foi pior para o meio ambiente. Este governo riscou o setor ambiental do mapa”, diz Mantovani. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff encara a área unicamente como empecilho para a autorização de grandes obras.
O governo federal rejeita as críticas (leia abaixo a resposta do secretário Executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani).
A SOS Mata Atlântica elaborou 14 propostas para os presidenciáveis. Das quatro que tratam da gestão das águas, Mantovani destaca duas: incluir a sociedade nos comitês que gerem as bacias hidrográficas e cobrar pelo uso de água de todos os usuários, especialmente agricultores. Hoje isento de custos, o grupo é responsável por 80% do consumo de água no país, segundo ele. (mais…)
Nova oportunidade para o Supremo Tribunal Federal mudar de posição e punir torturadores
“Não importa avaliar se a denúncia pretendeu mostrar ao/a juiz/a que, política ou não a motivação de um homicídio doloso, homicídio é e, como tal, tem de ser processado e julgado. Não importa, igualmente, se a ação criminal vai ser julgada como prescrita ou não. O que importa, mesmo, é o fato de se refletir nessa iniciativa judicial toda a inconformidade das vítimas de atrocidades praticadas pela ditadura e da mesma Procuradoria, com a impunidade dos criminosos”, escreve Jacques Távora Alfonsin, advogado do MST, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul. É mestre em Direito, pela Unisinos, onde também foi professor e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos.
E citando um torturado, ele afirma: “Esquecer a morte, pretender matá-la, desprezá-la como um cadáver retido sob pedras no fundo mais escuro dos oceanos, é adicionar ao crime físico o crime hermenêutico. As abominações não prescrevem e, ainda que todos os arquivos tenham sido incinerados, a injustiça cometida exige reparação”. Eis o artigo
IHU On-Line – A Comissão Nacional da Verdade e as estaduais estão concluindo os seus trabalhos de recuperação dos dados relacionados com a ditadura brasileira para apresentação dos seus relatórios. Análises de documentos, audiências de pessoas vítimas de tortura e de familiares de mortas ou desaparecidas, contatos com organizações da sociedade civil empenhadas, igualmente, em trazer a luz esse passado vergonhoso, visitas aos locais onde o terrorismo de Estado assassinou opositoras/es do regime então vigente ou destruiu pistas e provas das sevícias policiais, indícios dos lugares onde podem se encontrar os corpos de quem morreu sob esse holocausto, indicação de responsabilidades e nomes de torturadores, tudo tem sido feito com muita dificuldade, enfrentando as vezes até a má vontade de quem tem a obrigação de facilitar essa indispensável prestação de serviço.
Quem recorda a decisão do Supremo Tribunal sobre a Lei de Anistia, entendendo como anistiados também os agentes públicos responsáveis por aquelas atrocidades, pode duvidar desse esforço todo e se perguntar: ele está valendo a pena? Por resumida que seja uma análise crítica dos efeitos jurídicos decorrentes daquela lei (6683 de 1979), pode-se responder que sim. (mais…)
UnB abre inscrições para o PAS, pela primeira vez com cotas raciais

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
A Universidade de Brasília (UnB) abre hoje (29) as inscrições para o Programa de Avaliação Seriada (PAS). Serão ofertadas 2.106 vagas em 97 cursos de graduação distribuídos entre os quatro campi da instituição – Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina.
As inscrições podem ser feitas até 13 de outubro, exclusivamente no site www.cespe.unb.br/pas. A taxa para todas as etapas é R$ 100. Alunos matriculados no ensino médio, nas escolas da rede pública do Distrito Federal, e candidatos de baixa renda são isentos.
O PAS consiste em três avaliações, feitas ao final de cada série do ensino médio. Trata-se de uma modalidade de acesso ao ensino superior gradual e progressiva. (mais…)
A homofobia de Levy Fidelix doeu tanto quanto o silêncio dos candidatos, por Leonardo Sakamoto
Um dos pontos mais baixos da campanha presidencial foi protagonizado por Levy Fidelix (PRTB), na madrugada desta segunda (29), durante o debate dos presidenciáveis organizado pela TV Record.
Questionado por Luciana Genro sobre direitos homoafetivos, ele soltou um rosário de impropérios que fariam corar até os mais fundamentalistas dos parlamentares religiosos. Começou afirmando que “dois iguais não fazem filho”, que “aparelho excretor não reproduz” e ainda teve tempo para comparar homossexuais a quem pratica o crime de pedofilia. Ao final, conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los”.
Algumas considerações:
1) Levy Fidelix era visto por parte da população como um personagem caricato e por parte dos jornalistas como um aproveitador à frente de uma legenda de aluguel. Após esse discurso incitador de violência contra homossexuais, poderia muito bem entrar na categoria de criminoso.
2) Nas redes sociais, parte dos leitores apoiaram Levy Fidelix “por ele ter a coragem de dizer o que pensa”. Isso não é coragem, é idiotice. Se ele pensa aquele pacote de sandices, que guarde para si e não propague isso em uma rede nacional de TV, concessão pública, sendo visto por milhões de pessoas, difundindo e promovendo o ódio contra pessoas. (mais…)