Caso Grêmio: O silêncio nos torna responsáveis pela ignorância dos outros, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Ontem foi um dia para entrar para a história. A 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva excluiu o Grêmio da Copa do Brasil, nesta quarta (3), por conta das ofensas racistas de torcedores contra Aranha, goleiro do Santos, em partida das oitavas de final, conforme noticiou o UOL. O clube ainda foi multado em R$ 54 mil e os envolvidos nos xingamentos proibidas de entrar em estádios por 720 dias. Árbitro e auxiliares foram punidos e suspensos por não relatarem o ocorrido.

À decisão, cabe recurso. Mas ela tem o potencial de repercutir em partidas de campeonatos nacionais ou regionais pelos próximos anos.

Uma punição rigorosa não vai resolver o problema por decreto. Federações, times e torcidas ainda farão vistas grossas ou mesmo darão apoio de forma velada ao preconceito. Mas é uma indicação de que há coisas que não podem e não devem ser toleradas.

Durante a Copa do Mundo, postei aqui que seria fabuloso se alguma seleção perdesse os pontos que conquistou em campo ou fosse desclassificada da Copa do Mundo caso sua torcida presente no estádio apelasse para a homofobia, transfobia ou racismo.

– E se alguém usar uma camisa de outro time e xingar? (como se até uma ameba em coma não fosse capaz de descobrir isso…)
– Cadê minha liberdade de expressão?
– Ah, mas que radicalismo!
– Deixa o povo se divertir.
– É só brincadeira.
– É só futebol. (mais…)

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Festa de comemoração dos 4 anos de criação do Museu indígena Jenipapo-Kanindé

festa jenipapo-kanindé

Nós, Jenipapo-Kanindé temos a honra de convidar todos os parentes, amigos e colaboradores para a festa de comemoração dos 4 anos de criação do Museu indígena Jenipapo-Kanindé.

Programação das atividades:

  • Roda de conversa sobre a trajetória do museu indígena Jenipapo-Kanindé
    Debatedores: Cacique Pequena, Preá Alves (coordenador do Museu Indígena Jenipapo Kanindé) e João Paulo Vieira (Consultor do Programa Pontos de Memória/Ibram, Projeto Historiando e Rede Cearense de Museus Comunitários)
  • Apresentação cultural do grupo Kunhã Spyara
  • Exibição do vídeo sobre a história do povo Jenipapo-Kanindé
  • Ritual sagrado do Toré
  • Pratos tradicionais Jenipapo-Kanidé.

Local: Lagoa da Encantada
Data:dia 12 de setembro de 2014
Horário: A partir das 17 horas.
Contatos: Preá (85) 8736 5696

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Amianto: un genocidio impune

amianto - livro de Baquet

Fernanda Giannasi*, para Combate Racismo Ambiental

O livro Amianto: Un Genocídio Impune, de autoria de Francisco Báez Baquet, retrata os casos de trabalhadores vítimas do amianto na Espanha e traz uma vasta e profunda pesquisa sobre os meandros desta indústria mortífera em todo o mundo, para a qual modestamente pudemos contribuirÉ sem dúvida uma importante fonte de informações para aqueles que se debruçam sobre o espinhoso tema do amianto.

O autor é ex-empregado da empresa Uralita, ex-membro do Comitê Nacional do Amianto e sindicalista ativo, com mais de 30 anos dedicados à investigação dos efeitos da exposição ao amianto. Por isto, Baquet é considerado um pioneiro na luta contra a indústria desse mineral na Espanha.

Em sua detalhada pesquisa, ele aborda o que chama de a “conspiração do silêncio” ou “pacto de silêncio” sobre o amianto, fazendo uma viagem histórica através de suas consequências desastrosas à saúde humana, nos mais diversos contextos geográficos. (mais…)

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Carta aberta à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) do Brasil

eucaliptos

Para: Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) do Brasil

Nós, abaixo assinados, fomos informados de que a FuturaGene, firma de biotecnologia de propriedade exclusiva da empresa de papel e celulose Suzano, apresentou uma solicitação para o plantio comercial de eucalipto geneticamente modificado (GM).

A Suzano/FuturaGene e outras empresas, como Fibria (ex-Aracruz) e ArborGen, vêm realizando experimentos de pesquisa e de campo com árvores GM há anos. O interesse da Suzano/FuturaGene tem sido o de aumentar a produtividade de suas plantações de árvores. A empresa argumenta que a nova árvore GM irá resultar em um aumento de 20% na produtividade e, assim, elevar “a competitividade e os ganhos ambientais e socioeconômicos por meio de maior produtividade, usando menos terra e, portanto, menos insumos químicos em geral, com menor liberação de carbono, bem como tornando a terra disponível para a produção ou a conservação de alimentos, e aumentando a renda dos produtores integrados”.(1)  Essas afirmações contradizem os fatos que serão tratados a partir das informações a seguir.

Árvores transgênicas agravam os problemas provocados por plantações industriais de arvores, em vez de reduzi-los

O uso de árvores GM de crescimento mais rápido em plantações industriais vai exacerbar os já conhecidos impactos sociais e ambientais negativos causados pelas plantações industriais de árvores, além de introduzir outros, devido aos riscos adicionais inerentes à engenharia genética. (mais…)

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Nota sobre cartas que serão entregues hoje à CTNB sobre pedido da empresa FuturaGene/Suzano para plantar e comercializar eucalipto transgênico

eucalipto portugal,

260 organizações do Brasil, América Latina e de outros continentes entregam hoje cartas à  Comissão Técnica Nacional de Biosegurança do Brasil (CTNBio) manifestando sua profunda preocupação  e instando a Comissão a não autorizar o pedido da empresa FuturaGene, propriedade da Suzano,  para plantar e a comercializar árvores de eucalipto transgênico

Brasilia, 4 de setiembre 2014

Hoje, em Brasilia, um  grupo composto por integrantes do MST, MPA, da Via Campesina e  Terra de Direitos entregam duas cartas(1) nas quais 260 grupos de mais de 40 países exigem da CTNBio rejeição ao pedido da empresa Suzano Papel e Celulose, através da FuturaGene, de liberação do uso comercial de árvores transgênicas.

As cartas serão lidas e entregues durante uma audiência pública organizada pela CTNBio especialmente para tratar deste pedido da Suzano/Futuragene 2). O interesse da Suzano/FuturaGene é, com as árvores transgênicas, aumentar a produtividade de suas plantações da monocultura de eucalipto. A empresa argumenta que a nova árvore geneticamente manipulada (GM) irá resultar em um aumento de 20% na produtividade e, assim, elevar “a competitividade e os ganhos ambientais e socioeconômicos por meio de maior produtividade, usando menos terra e, portanto, menos insumos químicos em geral, com menor liberação de carbono, bem como tornando a terra disponível para a produção ou a conservação de alimentos, e aumentando a renda dos produtores integrados”. (mais…)

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