Nas UPPs, cidadania de segunda classe

140827_ilustração-Alberto-Costa-485x282Lógica perversa orienta ideia segundo a qual Estado deve, nas favelas, “garantir segurança”. É como se moradores pudessem receber proteção, mas jamais reivindicar direitos

Por Gabriel Bayarri | Imagem Alberto Costa – Outras Palavras

Desde a chegada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), as favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro afetadas pela política de segurança têm visto, além de muita Polícia Militar, a criação de um turismo nacional e internacional, do desenvolvimento de novos modelos de negócio locais, e de uma lenta chegada dos serviços paralelos à segurança com a presença do Estado.

As categorias dos moradores dessas favelas têm se alargado para incluir novos referentes (1), e cabe discutir as novas relações entre as categorias, assim como o princípio de acesso à categoria “cidadão”, entendida como a do indivíduo com admissão aos mesmos serviços que o indivíduo do “asfalto”. Assim, o debate atravessa o alargamento de categorias para dar um salto na discussão, pois o acesso pleno a novas categorias está submetido a uma autêntica “transformação estrutural” (2) nas relações entre os moradores. (mais…)

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Exército deve desculpas à nação, diz ex-agente acusado de tortura

Homero Machado durante depoimento à CNV. Ele diz que só cumpria ordens e que o Exército deve desculpas à nação
Homero Machado durante depoimento à CNV. Ele diz que só cumpria ordens e que o Exército deve desculpas à nação

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, atual coronel que atuou na Oban negou ter torturado guerrilheiros da luta armada

por Marsílea Gombata — Carta Capital

Agente do complexo Oban, que mais tarde daria origem ao DOI-CODI de São Paulo, o coronel Homero Cézar Machado disse em depoimento à Comissão Nacional da Verdade que é o Exército quem deve desculpas à nação pelas torturas cometidas contra os guerrilheiros contrários ao regime militar.

Confrontado pelo advogado e membro da CNV José Carlos Dias sobre o fato de não haver até hoje um “pedido de desculpas dos agentes públicos que praticaram violações contra cidadãos” na época da ditadura civil militar (1964-1985), o atual coronel do Exército disse ser apenas um cumpridor de ordens dentro da cadeia de comando. “Eu pediria para que o senhor questionasse o comando do Exército para que ele pedisse desculpa como instituição”, disse Machado nesta segunda-feira 1º. “Porque nós éramos agentes, delegados da instituição. Ele (o comando) é quem tem de pedir desculpas à nação”, disse. (mais…)

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Aluno é barrado em escola municipal do Rio por usar guias do candomblé

guia_candomble‘Ele foi muito humilhado’, disse a mãe sobre o ocorrido no dia 25 de agosto. Jovem caracterizou o episódio como discriminação e mudou de escola

Mariucha Machado – Do G1 Rio

A rotina de ir à escola virou motivo de constrangimento para um aluno que estava se iniciando no candomblé. Aos 12 anos, o estudante da quarta série do ensino fundamental Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, na Zona Norte do Rio, foi barrado pela diretora da instituição por usar bermudas brancas e guias por baixo do uniforme, segundo a família. A denúncia foi publicada nesta terça-feira (2) pelo jornal “O Dia”.

“Antes de ele entrar para o candomblé, eu avisei para a professora e ela logo disse que ele não entraria no colégio. Eu expliquei que ele teria que usar branco e as guias, mas ela não aceitou”, contou indignada a mãe do estudante ao G1, Rita de Cássia.

G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação e até o horário de publicação desta reportagem não obteve resposta. (mais…)

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STF mantém ação de R$ 1 bi contra Eternit por expor trabalhadores a amianto

Do UOL, em São Paulo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello cassou nesta segunda-feira (1º) liminar que suspendia ação civil pública contra a Eternit, fabricante de coberturas e caixas d’água. A ação pede condenação da empresa em R$ 1 bilhão por danos causados a ex-empregados de uma fábrica em Osasco (SP) por exposição ao amianto. 

A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na Justiça do Trabalho de São Paulo (SP). 

Contatada pelo UOL, a Eternit informou que não foi oficialmente comunicada e que não tem conhecimento do inteiro teor da decisão.

A decisão do STF também derrubou a liminar que suspendia outra ação contra a Eternit, de iniciativa da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea).

Na semana passada, a empresa foi processada novamente pelo Ministério Público do Trabalho e pode ser condenada em até R$ 1 bilhão, também por expor os trabalhadores ao amianto, só que na fábrica de Guadalupe, na zona norte do Rio.  (mais…)

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