Eles cobraram esclarecimentos sobre doença que já matou três crianças. Órgãos de saúde explicaram sobre vírus que estão provocando doenças.
Do G1 PA
Índios da etnia Assurini ocuparam o prédio da vigilância sanitária de Tucuruí, no sudeste do estado, para cobrar esclarecimentos a respeito da doença que já matou três crianças da aldeia Trocará, na última semana.
Os representantes da saúde do município, do estado e da Secretaria de Saúde Indígena que estavam no local se reuniram com os índios e informaram que o resultado dos exames do Instituto Evandro Chagas, divulgados na última terça-feira (26), comprova que o que tem acometido os índios da aldeia Trocará são vírus respiratórios comuns, que são agravados na comunidade indígena devido à baixa resistência dessa população.
Uma ação conjunta entre os órgãos da saúde e os próprios índios será realizada nos próximos dias na tentativa de conter a doença. O Instituto Evandro Chagas divulgou o resultado dos exames de 20 índios. Dez deles apresentaram três tipos de vírus respiratórios: adenovírus, rinovírus e coronavírus, e todos causam doenças respiratórias comuns, como resfriados, corizas e conjuntivite. Ainda de acordo com o instituto, o quadro dos índios teria sido agravado por se tratar de uma doença urbana.
Entenda o caso
Cinco crianças da etnia Assurini foram transferidas do Hospital Regional de Tucuruí, sudeste do Pará, para tratamento de saúde na capital na tarde no último sábado (23). Segundo o hospital de Tucuruí, as crianças apresentam os mesmos sintomas de outras três crianças que morreram recentemente no município.