As comunidades de fundo de pasto têm um prazo curto, até o final de 2018, para informar ao governo que vivem desta forma tradicional. Isso é o que estabelece a nova lei estadual de regularização fundiária 12.910 de 2013. Em Casa Nova, as famílias camponesas de fundo de pasto estão em processo de organização para defender suas terras frente à nova regulamentação.
Nesse sentido, no último dia 21, moradores de comunidades como Algodão de Cima se reuniram para debater os procedimentos para que a área de fundo de pasto da comunidade seja garantida. Além de discutirem os procedimentos legais para a autodefinição da comunidade, os/as presentes falaram também de problemas relacionados a mineradoras.
Participantes das reuniões relataram que em comunidades vizinhas há funcionários de empresas de mineração colocando variantes nas áreas das famílias sem pedir autorização. Por ameaças como estas, o processo de organização comunitária se torna cada vez mais importante.
Para o camponês José Souza, as reuniões têm sido importante para formação. “Através de uma reunião como essa é que a gente vai tendo cada vez mais esclarecimentos”, avaliou.
No dia 26, aconteceu em Casa Nova uma reunião da União das Associações de Fundo de Pasto. O momento serviu para levar informações às comunidades e tirar algumas dúvidas com a assessoria jurídica de organizações populares pró campesinato.